Da Assessoria de Imprensa do Ministério da Justiça
O diretor do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), Ricardo Blattes, recebeu ontem, terça-feira (11), representantes da cadeia produtiva de azeite de oliva do Rio Grande do Sul. Na pauta, pedido para que a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) intensifique as ações de fiscalização para evitar a comercialização de produtos fraudados.
O óleo é considerado o segundo produto alimentar mais fraudado do mundo, atrás apenas do pescado. Uma fraude comum neste mercado é a mistura de óleo de soja com corantes e aromatizantes artificiais. Também são encontrados casos de azeite de oliva refinado vendido como azeite extravirgem.
“Foi solicitada a atuação da Senacon nesses casos, pois muitas vezes é praticamente impossível para o consumidor identificar alterações desses produtos na prateleira do mercado, dentro da embalagem. Vamos dar os encaminhamentos necessários e atuar, em conjunto com outros órgãos, para evitar as fraudes”, afirmou o diretor Ricardo Blattes.
De acordo com o International Olive Council (OIC), o Brasil é o segundo maior importador de azeite de oliva do mundo. Apenas em 2021, o país importou mais de 100 milhões de litros do produto, o que representa quase 100% do azeite consumido no Brasil.
“92,5% dos azeites de oliva consumidos no Brasil estão fora da classificação, sendo considerados virgens. O grande problema é a concorrência desleal. O nosso azeite está escrito extravirgem no rótulo e ele está concorrendo com outro que não está na classificação. O consumidor tem que saber o que está consumindo”, afirmou o presidente Instituto Brasileiro de Olivicultura (Ibraoliva), Renato Fernandes.
Além do prefeito de Caçapava do Sul, Giovani Amestoy, e de Giordano Borba, líder da comitiva, também estiverem presentes no encontro José Waldomiro Jiménez Rojas, dirigente da Unipampa Campi Caçapava do Sul, Eraldo Vasconcelos de Souza, presidente da Associação Comercial e Industrial de Caçapava (ACIC), Carlos Cavalheiro, presidente do Sindicato da Indústria da Extração de Mármore, Calcário e Pedreiras no Estado do Rio Grande do Sul, Ignácio Berroa Lemos, produtor da Festa Nacional do Azeite de Oliva, Roberto Schneider Garcia, produtor de eventos, e Mariano Teixeira, vereador.
Produção nacional
Embora o Rio Grande do Sul seja mais conhecido pela produção de uvas e vinhos, entre outros produtos agrícolas, a região também possui uma importante indústria de azeite de oliva. A produção começou a se desenvolver no começo dos anos 2000, com a introdução de variedades de oliveiras adaptadas ao clima da região. Atualmente, o estado é o maior produtor de azeite do país, responsável por cerca de 75% de toda a produção nacional de azeite, de acordo com o Ibraoliva.
O município de Caçapava do Sul, conhecido como um dos mais importantes centros produtores de azeite de oliva no Sul, busca também o reconhecimento como “geoparque”. O nome, dado pela UNESCO, refere-se a áreas geográficas únicas e abrangentes que visam proteger e promover o patrimônio geológico e cultural da região, promovendo a educação, o turismo sustentável e o desenvolvimento econômico.
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Puxada de saco telescopica. Daqui a BSB.