Por Maiquel Rosauro
O secretário municipal de Infraestrutura, Wagner Rosa, não deixou uma boa impressão nos vereadores de Santa Maria. Na sessão extraordinária realizada na tarde desta terça-feira (9), Rosa foi cobrado e não conseguiu dar as respostas esperadas pelos parlamentares. Por outro lado, o secretário também deixou registrado seu descontentamento com os vereadores.
Ao contrário do secretário municipal de Saúde, Guilherme Ribas, que ao ser convocado ao Legislativo, na semana passada, realizaou uma explanação Técnica e apresentou inúmeras ações que estão sendo realziadas pela pasta, Rosa apostou em um discurso com tom mais político. O titular da Infraestrutura ressaltou ações de sua gestão, citou a recuperação de algumas vias e as dificuldades que enfrentou nos cemitérios municipais.
“O secretário veio aqui, falou, falou, nem os vereadores estavam ouvindo porque não falou nada com nada”, criticou o vereador Tony Oliveira (Podemos), autor do requerimento que obrigou a participação do secretário na Câmara.
Na sequência, o vereador Danclar Rossato (PSB) cobrou um cronograma de obras para que o Parlamento possa fiscalizar as ações. Valdir Oliveira (PT) disse não ter queixa do secretário, mas questionou por que a infraestrutura da cidade, sobretudo nas vilas e no interior, está tão precária. Tubias Callil (MDB), que no governo de Cezar Schirmer (MDB) foi titular da pasta de Obras, disse que o secretário não tem condições de fazer todas as solicitações porque faltam recursos e questionou se existe a possibilidade de o Executivo comprar uma usina de asfalto.
Outros vereadores também fizeram perguntas, com inúmeras questões específicas sobre diversas vias de Santa Maria. Ao final, no tempo reservado para respostas, o secretário informou que produzirá um documento para responder com detalhes todos os questionamentos.
Ao adiantar algumas respostas, Rosa alfinetou os vereadores. Ao responder ao comentário de Tony sobre a falta de interesse em seu discurso, disse não ter domínio de falar em público e chamou atenção para um hábito bem comum no Parlamento.
“Eu venho para mostrar dados e trabalho. Muitos também não estavam prestando atenção porque estavam no celular rindo. Talvez esse seja o motivo. Entendo o seu descontentamento, mas da minha forma também”, disse Rosa.
O secretário ainda comentou que uma usina de asfalto custa, no mínimo, R$ 2 milhões, e que o tema é discutido pelo Executivo. No curto prazo, sinalizou que a aquisição não deve ser realizada.
Felippe D’Oliveira
O vereador Tubiasinformou, na tribuna da Câmara, na sessão desta terça-feira (9), que possui imagens do furto do busto do escritor Felippe D’Oliveira, retirado da Praça Saldanha Marinho.
“Eu já tenho o nome de quem roubou, tenho as imagens de quem roubou e o Ciosp (Centro Integrado de Operações de Segurança Pública) não tem?”, questionou o emedebista.
Lei
A quem interessar possa, é uma contravenção deixar de comunicar à autoridade competente “crime de ação pública, de que teve conhecimento no exercício de função pública, desde que a ação penal não dependa de representação”.
Visita
Quinta-feira (11), o prefeito Jorge Pozzobom (PSDB) estará na Câmara de Vereadores. Trata-se da tradicional visita que o chefe do Executivo realiza nos primeiros meses do ano para fazer um balanço de sua gestão.
O ato é protocolar. Apenas o tucano terá direito a fala e nenhum parlamentar terá a possibilidade de fazer questionamentos.
Indigesto Nãosoubom e o ‘State of the Union’. Kuakuakuakua!
Ciosp conforme aumentarem o numero de cameras vai ter que aumentar o pessoal monitorando. Obvio.
Hummm….Aparentemente o secretario caiu de paraquedas na pasta. Vereadores deveriam convocar o adjunto que deve ser quem carrega o piano. Alas, teatro à parte, vereadores já foram instrumento de fritura de secretario de infraestrutura. Não existe ‘isonomia’, secretario caiu.