Reproduzido do jornal eletrônico SUL21 / Com foto da Agência Brasil
Um estudo produzido pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE), da Secretaria Estadual de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG) do Rio Grande do Sul mostrou que, no período entre 2010 e 2021, o índice que mede o envelhecimento da população apresentou crescimento de 74%. O estudo utilizou dados do DEE, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Departamento de Informática do SUS (DataSUS) e da Secretaria Estadual da Saúde (SES).
No RS, no início do período, para cada cem pessoas com até 15 anos de idade, viviam 43 habitantes com 65 anos ou mais. Em 2021, a proporção passou a ser de 75. A estimativa é que, em 2060, para cada cem moradores com menos de 15 anos, haja pelo menos 207 habitantes com 65 ou mais. Além disso, os dados mostram que a idade mediana dos habitantes do Estado passou de em torno de 32 anos (2010) para 37 (2021). A projeção para 2060 é de pelo menos 45 anos.
Em 2010, a expectativa de vida da população de 60 a 64 anos era de mais 20 anos para homens e mais 24 para mulheres, aproximadamente, já em 2021 saltou para 21,37 e 25, 64, respectivamente. A taxa de fecundidade, entretanto, era de 1,68 filhos por mulher, em 2021, abaixo do nível de reposição da população, que seria de 2,1.
Marilene Dias Bandeira, pesquisadora que elaborou o estudo, explica que a combinação desses fatores gera o envelhecimento populacional. Ela afirma que isso impacta na “necessidade de políticas públicas dedicadas a esse segmento populacional nos mais variados aspectos, como as condições de saúde, lazer e equipamentos urbanos, por exemplo”.
A população mais idosa, de 80 anos ou mais, aumentou de 13,8% do total de habitantes, em 2010, para 15,3%, em 2021. Já faixa etária de 60 a 64 anos teve uma queda de 31,9% do total, no início da década, para 29,7%, em 2021. O estudo também mostra uma predominância de mulheres entre os idosos. Na primeira faixa etária, de 60 a 64, para cada cem mulheres o número de homens é de 87,6, número que se manteve desde 2010. Em idosos de 80 ou mais, para cada cem mulheres, viviam cerca de 55 homens em 2021, alta de 5% em relação a 2010.
Outro índice apresentado é o de óbitos, com 74,3% do total, em 2021, sendo de pessoas idosas. O estudo ressalva que os números foram impactados pela pandemia de covid-19, com doenças infecciosas sendo a maior causa de morte. Em 2019, a cada mil pessoas, 32,5 óbitos eram de pessoas idosas, em 2021 o número passou para 39,2. Assim como nos dados gerais, prevalecem os óbitos masculinos, com 45,2 por mil, comparado a 34,6 por mil de mulheres.
O estudo dá destaque às mortes da população idosa por causas externas, como acidentes, homicídios, suicídios e quedas, que, em 2021, vitimaram 2.426 idosos, sendo 1.488 homens e 937 mulheres. Os óbitos em função de quedas representaram 42% do total e suicídios 19%. Na comparação com 2010, os óbitos por queda tiveram aumento de 181,2% e de 88,2% nos suicídios.
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Os efeitos tendem a aparecer antes. Basta ver outros paises que tem piramide etaria semelhante. Pior, se discriminar por faixa de renda e/ou grau de instrução a foto fica mais feia.
Não precisa ser um genio para ver que o que hoje é uma barriga daqui 20 anos vira um cabeção. E que o numero de pessoas que necessitarão de escola/curso superior vai ser bem menor.