28 de junho, Dia Internacional do Orgulho LGBT+ – por Débora Dias

Orgulho de quê?

Segundo o dicionário “Oxford Languages”, orgulho é “sentimento de prazer, de grande satisfação com o próprio valor, com a própria honra”. É sobre isso que deve ser falado hoje. Orgulho, satisfação, de quem se é, saber do próprio valor. Então, na data de hoje, do Dia Internacional do Orgulho LGBT+, é sobre as pessoas de a comunidade LGBT darem-se valor, gritarem, se for o caso, que são seres humanos como todo ser humano, independentemente de sua orientação sexual ou identidade de gênero. Ponto.

Hoje é dia de a sociedade toda saber que pessoas da comunidade LGBT+ são pessoas e o que deve ser levado em consta quando se trata de pessoas é o seu caráter, a sua idoneidade, não a sua orientação sexual (heterossexual, homossexual, bissexual, etc) ou sua identidade de gênero (pessoas que mesmo nascendo com o sexo biológico masculino ou feminino, sentem-se no corpo errado, sua identidade de gênero ( feminino ou masculino) não é a mesma do sexo biológico.

E, pasmem, dentro da comunidade LGBT+, como dentro da comunidade de pessoas cis e heterossexuais (como me identifico), ou seja, aquelas que se identificam com o seu sexo de nascimento e tem atração sexual por pessoas do sexo oposto, há  pessoas boas e más, de bom caráter e de mau caráter, ou seja,  a essência do ser humano vai muito além das questões acima já referidas.

Assim, já dito isso, o que importa em relação a cada pessoa é se ela é um ser humano bom ou não, se ela contribui para a sociedade, para a família, para o mundo e, não com quem ela se relaciona amorosamente/sexualmente, isso não modifica o mundo exterior, isso não atinge a mim e nem a ninguém, isso não altera nada, ou seja, então por que tanto preconceito e discriminação?

Volto ao início, no primeiro parágrafo, dia de orgulho de ser quem se é,  dia respeito a cada ser humano considerando todas as suas peculiaridades.

Feliz dia do ORGULHO LGBT+

Feliz dia do RESPEITO!

(*) Débora Dias é a Delegada da Delegacia de Proteção ao Idoso e Combate à Intolerância (DPICoi), após ter ocupado a Diretoria de Relações Institucionais, junto à Chefia de Polícia do RS. Antes, durante 18 anos, foi titular da DP da Mulher em Santa Maria. É formada em Direito pela Universidade de Passo Fundo, especialista em Violência Doméstica contra Crianças e Adolescentes, Ciências Criminais e Segurança Pública e Direitos Humanos e mestranda e doutoranda pela Antónoma de Lisboa (UAL), em Portugal.