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POLÊMICA? Continente antártico é tão importante para o planeta quanto a Amazônia, diz pesquisador

Negacionismo científico também esteve na pauta de programa da Sedufsm

Antártica é tão importante quanto a Amazônia, diz Jefferson Cardia Simões, no “Ponto de Pauta”, da Sedufsm (Foto Reprodução)

Por Fritz R. Nunes / Da Assessoria de Imprensa da Seção Sindical dos Docentes da UFSM (Sedufsm)

A Antártica ou Antártida é o continente mais próximo do Brasil, possuindo uma extensão de 14 milhões de quilômetros quadrados e sendo banhada por um oceano de quase 31 milhões de quilômetros quadrados. Essa região é identificada pelos cientistas como uma das controladoras do sistema clima do planeta Terra. A definição é de Jefferson Cardia Simões, professor titular de Glaciologia e Geologia Polar da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Atual vice-pró-reitor de Pesquisa da instituição, ele ainda é vice-presidente do Comitê Científico sobre Pesquisa Antártica. Simões já esteve em um total de 26 expedições científicas ao continente antártico. Aproveitando a passagem dele para palestra na UFSM, a assessoria de imprensa da Sedufsm o entrevistou para o programa ‘Ponto de Pauta.

Em um dos pontos de seu depoimento, o docente ressalta que há uma visão equivocada como se a questão ambiental fosse mais importante nos trópicos. “Não, em ciência, sabemos que as regiões polares são tão importantes quanto as demais”, frisa o glaciologista. Em resumo, diz Jefferson Simões, do ponto de vista ambiental, a Antártica é tão importante quanto a Amazônia na questão das mudanças do clima.

A construção do negacionismo

Uma das outras questões abordadas por Jefferson Simões se referiu ao negacionismo científico quando se trata de falar de “mudanças climáticas”. Como explicar que essas mudanças realmente afetam a população, e mais, como convencer quem é leigo no assunto.

O pesquisador comenta que é preciso ter claro que o negacionismo científico, nesse caso específico, parece, mas não é algo novo. Segundo ele, existe uma campanha de desinformação desde as primeiras publicações do primeiro relatório do Painel Intergovernamental da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre mudanças no clima, em 1988.

Conforme Simões, “grupos econômicos, inclusive, alguns governos norte-americanos que não estavam interessados nesse debate”, fizeram questão de gerar desinformação, cujo objetivo era postergar ao máximo essa discussão, pois acreditavam que medidas sobre esse tema poderiam prejudicar a economia, explica ele.

E como iniciou a construção desse processo negacionista? Segundo o professor da UFRGS, a construção passou por uma série de empresas muito conservadoras dos Estados, do Reino Unido, que contrataram as mesmas agências de publicidade que fizeram a campanha que visava negar os males do tabagismo através de comerciais, em meados dos anos 60 e 70. A ideia da indústria do tabaco era exatamente postergar ao máximo a admissão de que fumar causava doenças, e, com isso, ganhar tempo e maximizar lucros.

No caso das mudanças climáticas, argumenta Simões, usou-se a mesma tática, ou seja, “você desinforma, você cria falsos experts no assunto, usa-se o que em inglês chama-se de cherry-pick (supressão de evidências ou evidências incompletas), que consiste em pinçar determinado aspecto para tentar desmanchar o todo…”

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Um Comentário

  1. Polemica nenhuma. É só mais um ‘carteiraço caseiro’. Não é o unico, o mais conhecido e nem mesmo o mais importante a afirmar isto. Alas, falando em ‘carteiraço academico’, veterinario que cansou do cheiro da bosta da vaca andou largando um ‘escrevi muitos artigos, orientei muitas teses, escrevi muitos livros’. Curso que ele leciona é conceito 4 há decadas. Não tem argumento e fica dando carteiraço.

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