Por Claudemir Pereira / Editor do Site
Certamente, já havia algo acontecendo antes. No entanto, só ficou percetível na última semana, com dois movimentos bastante visíveis, porque tornados públicos pelos protagonistas. No caso, a tentativa de intervenção (ainda não consumada) da direção estadual do União Brasil na seção santa-mariense do partido.
A pronta reação, com todos os alvos reunidos na foto acima, deixa o UB estadual na incrível situação de ceder ou avançar, aparentemente sem meio termo. No primeiro caso, se submete ao status quo local, que já demonstrou ser muito maior por aqui, em peso politico e, talvez, quantidade. No segundo, nomeia algum títere sem representatividade, correndo o risco de levar a sigla à insignificância – ainda que dominada por cima.
Bobagem claudemiriana? Talvez. A politica prega peças e nunca se deve descartar a possibilidade de a direção estadual do UB ter um grupo reconhecido na politica local, interessada em começar beeem do início, por baixo, um trabalho politico minimamente aceitável. Mas não parece provável. Nesse caso, vale o que está escrito linhas atrás: qualquer um assume o comando, obedecendo fielmente à “estadual”.
O que se tem, hoje, 10 dias depois de tornado público o enrosco? De um lado, Rodrigo Decimo, Manoel Badke, Rodrigo Menna Barreto, Cida Brizola, Jair Binotto e outros mais. E de outro… de outro… de outro, o escriba não visualiza (perdão se estiver errado) ninguém com estofo e história politica ligada a Santa Maria.
Resumo da ópera: seja a que pretexto for, por mais legítimo que seja (e é possível entender que ninguém gosta de saber que seus amigos podem virar adversários ali adiante), a “intimada” dos dirigentes estaduais do UB na seção da boca do monte da sigla foi nada além de um tiro n’água.
Faltou bala (política) na agulha, pois para ter alguma chance eleitoral em 2024, o partido nascido dos finados PSL e DEM precisa manter o que tem hoje – o que não é pouco, afinal, considerada a representação parlamentar e no Executio. Do contrário, o risco da irrelevância é de (quase) 100%.
Diferença entre ‘chefia’ e ‘liderança’ (enfase no ‘qualquer um assume o comando’). Primeiro, a media de idade da foto deve ser perto ou superior a 50 anos. Os partidos não fundirams-se a troco de nada. No que se chega a alternativa. Abandonar o partido é, se continuar na atividade partidaria, entrar no fim da fila de outro. Resumo da opera: o fator positivo, não é problema meu.
Bobagem claudemiriana é pleonasmo. Primeiro porque olhando de lá para cá muda o ponto de vista (óbvio). Importancia do municipio nos planos do partido. Chance de conseguir um resultado positivo. Cida Brizola teve pouco mais que 1100 votos na ultima eleição. Maneco Badke pouco mais de mil (diz ele que vai se aposentar). Pessimo tem zero votos. Elegeu-se na carona de uma chapa que só saiu vitoriosa por conta da ajuda petista. Com esta estrutura partidaria não vai longe, iria precisar do apoio de outros partidos (outro motivo para continuar no governo além das tetas publicas a serem mamadas).