MEMÓRIA. Santa Maria perde uma de suas grandes referências na arte visual: morre Reinaldo Pedroso
Professor, mas especialmente um cartunista, é reverenciado por seus pares
Por Claudemir Pereira / Editor do Site
Morreu na madrugada de hoje um dos grandes nomes da história das artes visuais de Santa Maria, Reinaldo Pedroso. Uma espécie de avô de todos os principais cartunistas da cidade, hoje, é considerado como um dos maiores entre os maiores, sem falar no seu pioneirismo.
Pedroso faria 79 anos em 17 de setembro, era professor aposentado do Curso de Desenho Industrial da UFSM, mas, sobretudo, era cartunista. Artista. Dos superiores. Também foi fundador e membro do Conselho de Representantes em várias ocasiões, da Seção Sindical dos Docentes da UFSM (Sedufsm).
Conforme matéria originalmente publicada, há alguns anos, no site da Sedufsm (“Reinaldo Pedroso, uma carreira traçada pelo humor”, no texto de Rafael Balbueno), Reinaldo (Apolônio) Pedroso (da Silva) era natural de Cruz Alta. “Formou-se bacharel em Artes Plásticas, opção artes gráficas e licenciatura plena em desenho e plástica na UFSM. De estudante passou a professor, lecionando no curso de Desenho Industrial/Programação Visual (onde também foi coordenador). Durante a carreira de docente, contudo, seguiu produzindo charges, cartuns, crônicas e textículos (conforme consta no livro), publicados nos mais diversos veículos de imprensa (como no jornal da Sedufsm, por exemplo).
O humor, por sua vez, sempre foi o ponto de partida, mas nunca abordado de maneira simplória. Conforme descreve um dos responsáveis pelo prefácio do livro, o professor/coordenador do curso de Desenho Industrial da UFSM e do Projeto Cartucho (Encontro de Cartunistas Gaúchos), Mário Lúcio Bonotto, o Máucio (também cartunista, ilustrador e afins), “dono de uma linha própria, a obra de Reinaldo mora em um lugar pensante, onde o cômico quase nunca é só pelo humor. Sempre deixa sinais de reflexão e metonímia. Entre pequenos textos, charges e cartuns, o autor comunica inconformidade, desejo de mudança e, quem sabe, esperança. É uma obra referencial e histórica”.
O corpo está sendo velado na capela F do Cemitério Santa Rita, onde será sepultado às 5 da tarde.
A seguir, a nota publicada pela Sedufsm no Instagram, com outras informações pessoais:
Condolencias de praxe. Porém, vamos combinar. Para grande parte da população era um ilustre desconhecido.