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Uma história de juventude – por Michael Almeida Di Giacomo

Na ditadura, um “espaço de defesa da democracia e luta contra o arbítrio”

No Brasil da década de 1970, sob a ditadura militar, com entidades estudantis postas na ilegalidade, seus lideres sendo perseguidos e presos, o diretório do MDB do Rio Grande do Sul, de forma pioneira na agremiação, organizou o seu núcleo de Juventude.

No ano de 1973, com a presidência de Paulo Ziulkoski, hoje presidente da Confederação Nacional de Municípios, o núcleo consolidou-se como um espaço de expressão, defesa da democracia e luta contra o arbítrio.

Desde então, após ter realizado a sua 26ª Convenção, no último sábado, com quarenta anos de existência, é possível afirmar que a Juventude do MDB é parte importante da vida política partidária do nosso estado.

É, sem dúvida, um referencial de como a transição geracional – a consolidar um núcleo de projeção de novos quadros políticos – ocorre com respeito aos valores e princípios daqueles que lutaram por uma sociedade plural, socialmente justa e democrática.

Uma característica muito presente é causa de sua própria existência, ou seja, eleger jovens aos parlamentos e executivos, pois conta com um número expressivo de vereadores, prefeitos, vice-prefeitos, deputados e, atualmente, com o Vice-Governador do Estado, Gabriel Souza, ex-presidente estadual e nacional da Juventude do MDB.

É a partir da organização municipal e regional que a região Central do estado, composta pela Quarta-colônia, Centro e Vale do Jaguari, mantém há um bom tempo espaço de protagonismo na formação dos diretórios estaduais do núcleo.

O primeiro presidente estadual da Juventude, oriundo da região central, é Marcelo Figueiró, atualmente vereador em Cachoeira do Sul.  A seguir veio Michael Almeida di Giacomo, natural de Santa Maria, Advogado e professor universitário.

A Quarta-colônia elegeu Beto Fantinel, natural de Dona Francisca, hoje deputado estadual e Secretário de Assistência Social do Estado. Por último, tivemos Norton Soares, vereador em Restinga Seca.

No nascer de um novo século, a prática política – em especial dos jovens – é renovada no modo como o segmento vê e se coloca a mudar o mundo, a sua realidade.  A era digital oportuniza novos meios de comunicação e mobilização social.

Ao entender essa dinâmica, esse diálogo contemporâneo, as agremiações partidárias podem trazer para seu âmago os sonhos, os anseios de uma geração que acabam por se confundir com as próprias bandeiras políticas dos partidos.

E cada um, ao seu modo, consolida uma nova história.

(*) Michael Almeida Di Giacomo é advogado, especialista em Direito Constitucional e Mestre em Direito na Fundação Escola Superior do Ministério Público. O autor também está no twitter: @giacomo15. Ele escreve no site às quartas-feiras.

Observação do Editor: a foto que ilustra este artigo (de Rodrigo Ziebell/Divulgação) registra o momento em que ex-presidentes estaduais da Juventude do MDB/RS receberam uma homenagem durante a realização da 26ª Convenção Estadual do Núcleo, no sábado, 8/7.

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4 Comentários

  1. Se aqui virou ‘vice’, coisa que já havia acontecido na presidencia, agora a proeminencia do partido é Calheiros, Barbalho, etc. E no banco de reservas tem Eunicio Oliveira, Jucá, Sergio Cabral Filho, etc. Logo não são discursos genericos e vazios que irão resolver o problema.

  2. MDB já teve Simon, Paulo Brossard, João Gilberto Lucas Coelho, Fogaça. Logo a transição vai além do aspecto geracional.

  3. Gabriel Souza ensaiou uma candidatura a governador. Acabou vice numa chapa que se elegeu marginalmente por conjuntura politica. Vice de um governador que é muito marketing e muita incompetencia na gestão.

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