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RSC 287. Valdeci critica o novo pedido de aumento de pedágio, feito pela concessionária da estrada

Deputado cobra, na AL, uma firme posição da agência reguladora do serviço

Valdeci demonstrou indignação, ao falar na reunião (foto) da Comissão de Assuntos Municipais (Foto Christiano Ercolani/Divulgação)

Distribuído pela Assessoria de Imprensa do parlamentar

A solicitação encaminhada pela concessionária Rota de Santa Maria ao governo do estado de receber R$ 27,7 milhões extras para um suposto reequilíbrio financeiro do contrato de concessão da RSC-287, que prevê a duplicação da rodovia entre Tabaí e Santa Maria, provocou uma indignada manifestação do deputado estadual Valdeci Oliveira nesta terça-feira (26).

Durante a reunião da Comissão de Assuntos Municipais (CAM) da Assembleia Legislativa, ele protestou contra a intenção, cobrou esclarecimentos da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do RS (Agergs) e fez duras críticas à empresa.

“Quero aqui registrar o meu protesto e espero, sinceramente, que o governo do estado tenha uma postura verdadeiramente de governante e que a Agergs não se dobre a essas manobras. Este é o momento de fato de a Agência dizer se está ao lado do consumidor ou ao lado do interesse do poder econômico”, pontuou o parlamentar, lembrando que a tarifa já recebeu um reajuste no final de agosto, passando de R$ 4,10 para R$ 4,30. Por conta da solicitação de recursos feita pela empresa, a Agência realizará tanto consultas públicas como uma audiência pública sobre o tema, esta última no próximo dia 16 de outubro.

“É importante que, antes dessa data, a Agergs compareça à Comissão de Assuntos Municipais e preste os devidos esclarecimentos. Não vamos aceitar calados esse movimento. Queremos a estrada, queremos a duplicação, mas o resultado até aqui é muito pouco para uma empresa que disse que faria, inclusive, a antecipação das obras, situação que não estamos percebendo avanço”, criticou Valdeci. A solicitação para que representantes da Agência compareçam à CAM foi acolhida pela presidência do colegiado.

Valdeci também criticou a postura da empresa até o momento. “Essa empresa, em pouco tempo, já aprontou muita confusão. É arrogante, não trata as pessoas como deveria e não respeita as autoridades – como o governo do estado e a Agergs. Inclusive, já criou inúmeras dificuldades com os produtores e agricultores que possuem terras ao longo da 287”, frisou. 

A referência de Valdeci diz respeito aos inúmeros entraves colocados pela concessionária em relação à localização das praças de cobrança, que contraria o interesse de algumas comunidades (por ficarem próximas a escolas), e à impossibilidade, por conta do projeto das obras, de produtores rurais de fazerem a travessia de seus maquinários e animais entre as propriedades e até mesmo acesso a estas.

Segundo a Rota de Santa Maria, a solicitação de mais R$ 27,7 milhões seria para compensar perdas causadas pelos custos de diferentes insumos que tiveram seus preços elevados por conta da pandemia de Covid-19 e pelo conflito na Ucrânia. Enquanto a empresa afirma haver risco de não cumprimento das obras previstas, muitos veem a movimentação como uma ameaça caso não seja atendida em seu pleito. A solicitação, já entregue ao governo estadual, encontra-se em estudo pela agência reguladora.

Caso o pedido da Rota seja aceito, o governo terá que repassar os R$ 27,7 milhões à concessionária ou autorizar que esta realize mais um aumento no valor da tarifa. Há ainda a possibilidade do poder concedente, no caso o executivo gaúcho, ampliar o período da concessão, indo além das três décadas hoje previstas.

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4 Comentários

  1. Não devemo esquecer que Valdeci (e a bancada do PT na assembléia) votou pela prorrogação por mais um ano da majoração do ICMS em 30% em 2020.

    Agora vem criticar aumento em pedágio??

  2. Alguem deveria avisar Aideti que o truquezinho do ‘inimigo externo’ para ganhar votos é muito decada de 70. Quem não tem como usar o racional só pode apelar para o emocional. Funciona com os muito imbecis. Sobra a midia local e uns dentistas que com um pouco de sorte entendem de dentes. Estes podem ficar fazendo barulho, não tem importancia.

  3. No governo Tarso, o intelectual, criaram a EGR. Sumiram os guinchos, as ambulancias seriam substituidas pelo SAMU, etc. Baixaram o valor do pedagio, nada foi duplicado, não melhorou o estado da estrada e o resultado foi a empresa virar um cabide para ‘cumpanheros’. Chega-se no estado atual de coisas. Governo do estado fez o modelo economico, a minuta do contrato e licitou. O ‘poder economico’ aderiu. Na hora do cumprimento acontece o que sempre acontece. Um monte de criação de caso. Acham que com barulho na imprensa e politização vão alterar o instrumento juridico no grito. Obvio que isto não acrescenta nada e cria contas que depois terão que ser pagas. Alas, há que ser verificado se as concessionarias que Tarso, o intelectual, botou a correr não colocaram o estado no ‘pau’. Para restabelecer o equilibrio economico-financeiro. Alas, lei 8997/95 ‘art 8º […] § 2o Os contratos poderão prever mecanismos de revisão das tarifas, a fim de manter-se o equilíbrio econômico-financeiro.’

  4. Duvida: é a ignorancia querendo explorar os mais ignorantes ou é a ‘esperteza’ querendo fazer o mesmo? Não tem a ver com ‘defender o poder economico’ tem a ver com vergonha na cara. Basta ler o contrato. ‘20.1.1.1. Considera-se caracterizado o desequilibrio economico-financeiro do contrato quando QUALQUER DAS PARTES sofrer efeitos, positivos ou negativos, de evento cujo risco não tenha sido a ela alocado.’ ‘20.1.1.2. […] somente caberá a recomposição […] com relação a parcela do desequilibrio pleiteado cuja exata medida for COMPROVADA pelo pleiteante.’

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