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UFSM. Pesquisa sobre uso do óleo da cannabis em doença canina é aprovada em revista internacional

Estudante da Universidade arrecada fundos para conseguir publicação oficial

Canabidiol é aplicado em cães para aliviar as coceiras causadas pela “dermatite atópica” (Foto Gustavo Salin Nuh/UFSM)

Por Pedro Pereira

A doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária da UFSM com ênfase em terapia canábica, Carollina Mariga, teve um artigo de sua dissertação aprovado para publicação na revista europeia “Frontiers in Veterinary Science”, da editora Frontier. O periódico tem Qualis A2, que diz respeito a obras de excelência internacional, e o tema da pesquisa é o uso da cannabis medicinal no tratamento da dermatite atópica canina.

Agora, a aluna está arrecadando fundos para que seu trabalho seja lançado de forma oficial. O valor que precisa ser obtido é de R$ 17 mil. No momento em que este texto está sendo escrito, restam R$ 15 mil para alcançar a meta estipulada. Caso o leitor queira contribuir, a vaquinha pode ser conferida clicando aqui ou pelo pix – chave: [email protected].

Cada frasco de CBD custa aproximadamente R$ 300 (Foto Arquivo pessoal)

O orientador de Carollina foi o professor do curso de Medicina Veterinária, Saulo Tadeu Filho. A estudante, que é médica veterinária e mestre em clínica médica, formada em ambas as graduações pela Universidade, fala sobre o momento em que descobriu que seu trabalho havia sido aprovado na revista. “É difícil colocar em palavras a sensação. Ainda não caiu a ficha. Quando a gente começou a querer pesquisar sobre a cannabis, tivemos milhares de dificuldades e burocracias. Cada conquista, cada passo, cada etapa… era tudo muito grande”.

A pesquisa consiste na aplicação do canabidiol (CBD) – que é o óleo extraído da planta – em cães que sofrem de dermatite atópica canina que, embora não seja uma doença fatal, causa coceira excessiva na pele. Como a doença não tem cura, este é um método alternativo estudado pela médica veterinária para aliviar os efeitos do problema e impedir que os animais se machuquem ao tentarem se esfregar para acabar com a sensação de incômodo.

Carollina revela que a aquisição do CBD, que foi doado por instituições nacionais – com cada frasco do óleo tendo o valor aproximado de R$ 300 -, foi um dos impasses que ela e o orientador tiveram durante o estudo. Entretanto, as dificuldades financeiras “de ser pesquisador brasileiro, que é uma atividade extremamente desvalorizada”, também dificultaram o progresso do trabalho.

De qualquer forma, eles conseguiram desenvolver a solução e, agora, estão desfrutando dos resultados. “O sonho de qualquer pesquisador é ter o seu estudo publicado em uma revista internacional, que tem grande impacto te dá visibilidade para mostrar que a ciência brasileira não está aqui só para completar vagas. A gente tá aqui para fazer um trabalho sério”.

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