Reproduzido do Site Paralelo 29 / Com informações de Andre Richter, da Agência Brasil (*)
A defesa do empresário Eduardo Zeferino Englert, de Santa Maria, alegou que ele não participou de depredações no Palácio do Planalto em 8 de janeiro.
De acordo com os advogados, Englert estava no Palácio do Planalto, onde foi preso, para se abrigar das bombas de gás lanças pela polícia para dispersar os invasores. A informação é da Agência Brasil.
O Supremo Tribunal Federal (STF) vai retomar na semana que vem o julgamento do empresário, que apontou erro no voto proferido pelo ministro Alexandre de Moraes. O julgamento da ação penal contra o santa-mariense foi incluído na sessão do próximo dia 17.
Réu não esteve em acampamento, diz defesa
No domingo (5), Moraes suspendeu o julgamento virtual após a defesa de Englert apresentar uma petição na qual afirmou que o acusado não esteve no acompanhamento montado em frente ao quartel do Exército, em Brasília, local que abrigou parte dos manifestantes que depredaram a sede do Supremo, o Congresso e o Palácio do Planalto.
Na petição encaminhada ao Supremo no dia 31 de outubro, a defesa do empresário de Santa Maria pediu esclarecimentos sobre o voto no qual o ministro condenou o acusado a 17 anos de prisão pelos crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e dano qualificado.
“O laudo pericial, neste ponto, confirma o que foi relatado pelo réu em audiência, de modo a ratificar a saída do réu de Santa Maria, RS em 6/1/2023 e a chegada em Brasília em 8/1/2023, às 13h45min no CTG (Centro de Tradições Gaúchas ) Jayme Caetano Braun, onde ficou por uma hora, sem qualquer passagem pelo QGEx”, afirmou a defesa.
Moraes diz que há provas para condenação
No voto proferido pela condenação, Alexandre de Moraes escreveu que “está comprovado” pelos depoimentos de testemunhas e vídeos feitos pelo próprio acusado a atuação de Englert “como participante e integrante das caravanas que estavam no acampamento do QGEx naquele fim de semana”.
Diante da divergência, o julgamento foi suspenso e será retomado na sexta-feira da semana que vem, dia. A Corte formou maioria nesta terça-feira (7) para condenar mais cinco réus do 8 de janeiro. Até agora, o STF já condenou 20 réus que participaram das invasões.
As manifestações de 8 de janeiro ocorreram em protesto contra a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os manifestantes eram apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que colocou dúvidas na urna eletrônica. Ele também defendiam um golpe de estado com intervenção militar no país.
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(*) Esse material foi publicado com a autorização do editor do Paralelo 29, dentro do acordo de parceria que une os dois sites.
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