Primeiro escalão. Schirmer mostra um governo ainda em montagem, e com dois nomes diferentes
Norma Moesch, professora e coordenadora do curso de Turismo na Unifra, consultora e grande experiência acadêmica no setor. Será ela a nova titular da pasta, claro, de Turismo.
Sérgio Renato de Medeiros, com ampla experiência acadêmica e profissional na área de transporte e trânsito. Será o titular da hoje secretaria de Trânsito, Transporte e Mobilidade Urbana – e que deverá mudar de nome, segundo as idéias que nortearão o governo a assumir em 1º de janeiro.
Norma e Medeiros. São essas as únicas surpresas efetivas, em torno de nomes, apresentadas no fim da tarde de ontem, pelo prefeito eleito Cezar Schirmer (foto), durante entrevista concedida no escritório de transição, no prédio da SUCV.
As informações básicas, com os nomes noticiados (além dos citados, também Jorge Pozzobom e Nabor Ribeiro), as secretarias a ser criadas (Integração Regional e Relações Institucionais e Ação Social), as suprimidas (Captação de Recursos, Secretaria Geral, Comunicação e Segurança) e as que serão reestruturadas (Desenvolvimento Econômico, Habitação, Assistência Social e Proteção ambiental), você conhece desde perto pouco depois das 6 da tarde de ontem (pode reler clicando aqui).
Afora isso, há um fato inequívoco e subjacente às declarações de ontem. Schirmer, que pretende municipalizar o Distrito Industrial, propor a criação de uma Fundação (Santa Maria Verde é o nome sugerido) para substituir, com mais atribuições, a atual pasta de Proteção Ambiental, e criar uma Agência de Desenvolvimento (pública, privada ou mista), é evidente que ainda está na fase de montagem do governo.
Menos pelos nomes, talvez, embora um dos que ele convidou e que seria uma verdadeira grife da administração, o padre Xico Bianchin, tenha recusado a secretaria de Assistência Social. E mais pela dificuldade em deixar claro para a comunidade o organograma que será adotado. E muito, também, pelo rastro de natural descontentamento que está chegando a partir dos militantes. Isso ainda terá que ser resolvido. Até para dar forma efetiva à futura administração.
Competência e experiência não faltam a Schirmer e a vários dos agora listados. Mas há muitos interesses, especialmente no interior dos partidos aliados e também nas dissidências que se juntaram à campanha. E isso foi visível ao repórter (e certamente ao futuro prefeito, que até os citou, na abertura da entrevista), notadamente em relação ao PTB e ao PDT. Isso sem falar nos grupos de pressão para além dos partidos, e que também apoiaram o peeemedebista. Eles estão concentrados basicamente no empresariado, que por certo ainda não se considera contemplado. Se é que pretendia isso.
Mas haverá tempo de equacionar essas questões. Para isso, também, Schirmer foi eleito. Só que não será até 1º de janeiro. E talvez nem mesmo até 15 de fevereiro, quando termina o recesso da Câmara. Caaalma! É o que se pedirá. E não demora.
PS: não há, por enquanto, Procurador Jurídico escolhido. Pelo menos um ex-magistrado teria sido convidado, mas recusou. O grande problema é de ordem legal. O titular do cargo está impedido de exercer a advocacia, com o que, se aceitar um convite, perde renda. Portanto, a menos que seja alguém que não esteja em atividade (operador do Direito aposentado) ou que seja do quadro de procuradores do Executivo, trata-se de missão impossível convencer quem quer que seja a perder dinheiro. É a alegação mais comum, nesse caso.
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