KISS. A dois meses do novo julgamento popular, vítimas e sobreviventes lembrados em nova vigília
Praça Saldanha Marinho recebe quem deseja honrar os 242 jovens mortos
A exatos dois meses de se completar o 11º ano decorrido, e a sensação de impunidade permanece, entre os familiares, amigos e sobreviventes da chacina de 27 de janeiro de 2013, na boate Kiss. O segundo júri popular (após a anulação do primeiro), está marcado para justamente 30 dias depois, em 26 de fevereiro, de novo na capital do Estado, no Foro Central.
Até lá, o que resta à associação que congrega vítimas e sobreviventes? Buscar apoio para hospedar os que desejarem assistir ao julgamento e manter a mobilização.
É, de uma certa maneira, o que se insere da tradicional vigília neste 27 de novembro, na Praça Saldanha Marinho. Ela lembra os 130 meses já passados e, sobretudo, reverencia as 242 vítimas chacinadas (os nomes das 242 estão no alto desta nota) e clama por Justiça.
O convite para as reflexões é mais uma vez feito por Ligiane Righi da Silva, mãe da Adri, e uma das dirigentes da AVTSM (entidade que congrega os familiares e sobreviventes), via Facebook, como você confere a seguir:
“Vigília 27/11
Das 8 há às 17 hrs
130 meses de pura saudade
A injustiça, senhores, desanima o trabalho, a honestidade, o bem; cresta em flor os espíritos dos moços, semeia no coração das gerações que vêm nascendo a semente da podridão, habitua os homens a não acreditar senão na estrela, na fortuna, no acaso, na loteria da sorte, promove a desonestidade, promove a venalidade […] promove a relaxação, insufla a cortesania, a baixeza, sob todas as suas formas.
Rui Barbosa”
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