Por Claudemir Pereira / Editor do Site
– Afinal, o que estaria faltando para Manoel Badke, eleito pelo finado DEM e que está filiado protocolarmente ao União Brasil (UB), ir de mala e cuia para o Republicanos?
– Sim, como este editor antecipou na página que assina no Diário deste final de semana, não será mais o PL o destino do combativo vereador de direita, como ele próprio apregoava não faz muito tempo.
– Voltando à questão: quando Badke se vai, ele que inclusive já participou, com direito a ficar na mesa e discursar, do enconto regional das mulheres republicanas, neste sábado?
– A resposta: a menos que seja liberado pelo UB, o que hoje é improvável, a mudança acontece mesmo em março, o conhecido “mês da traição”, em que trocar de partido não significa perda de mandato.
– De todo modo, o batalhão precursor já foi. Estão filiados ao Republicanos todo o time da assessoria de Badke, sua esposa e seu filho, Guilherme, que inclusive é pré-candidato a vereador.
– Não só pela amizade, que existe há um tempão, mas também por conta da eleição, o presidente do PP, Pablo Pacheco, e o ex-deputado Giuseppe Riesgo, do Novo, têm feito agenda conjunta.
– Sem mandato e já em Santa Maria, Riesgo corre atrás do “tempo perdido”, em que ficou mais em Porto Alegre com compromissos “nichados” e falando apenas com setores ditos produtivos e empresariais.
– Essa (re)imersão na boca do monte é feita com o auxílio de Pacheco, que tem incluído Riesgo até em atos oficiais da Prefeitura para os quais é sempre e protocolarmente convidado.
– O que tudo isso quer dizer? Que o que parecia tende a ser. Isto é, PP e Novo juntos no pleito de 2024. Remanesce, porém, a dúvida: Riesgo estará filiado ao novismo ou ao pepismo?
– O encontro do PSB, na manhã da sabatina, sacramentou a saída de Fabiano Pereira da Presidência e a assunção de Celso Carvalho, presidente, e Danclar Rossato de vice.
– Mas o evento também serviu para dois líderes importantes da cidade fazerem um ato de cortesia política, além, claro, de cortejar um possível aliado eleitoral.
– Um deles é Paulo Burmann, presidente do PDT. Acompanhado de sua executiva, fez questão de divulgar a chegada à Câmara (na foto acima à esquerda).
– O pedetista, que falou na ocasião, bem que gostaria de repetir a aliança das duas agremiações, que aconteceu em 2020 – então com a dobradinha Marcelo Bisogno/Fabiano Pereira.
– Curiosidade da política: três anos depois, um (Bisogno) não está mais no PDT; e outro (Fabiano) se afastou das lides partidárias.
– Nome importante na reunião do PSB, e também com direito a discurso (na foto acima) foi o deputado estadual licenciado e secretário de Assistência Social, Beto Fantinel, do MDB.
– O líder emedebista já disse, em grupos pequenos, que quer concorrer a prefeito. Mas está conversando da direita (PP) à centro-esquerda (PSB e mesmo o PDT) visando a formar uma aliança competitiva.
– Sem isso, a chance de o MDB apresentá-lo como candidato se reduz bastante. Que se diga, porém: Fantinel não está parado. A ida ao encontro do PSB é um exemplo.
– Aliás, e para fechar, quem não para de jeito nenhum, é a dupla Valdeci Oliveira (PT) e Rodrigo Decimo (a caminho do PSDB). Eles parecem se multiplicar e estão em “todos os lugares”.
– O petista, a parte a agenda estadual/regional (RS contra a fome e RSC 287) pode ser visto em Santa Maria, especialmente nos finais de semana, em inúmeros compromissos “onde o povo está”.
– O mesmo acontece com o vice-prefeito, que a parte os eventos oficiais, em que vai solito ou com Jorge Pozzobom, também tem ampliado sua participação nos mais variados acontecimentos.
– Resumo da ópera; algumas coisas não são de graça, definitivamente. Uma delas é a condição de, até aqui, principais candidatos a assumir o comando do Centro Administrativo Municipal.
Problema de Riesgo é ser nichado. Até no possivel eleitorado não é muito conhecido.
Lembra uma pesquisa na Ianquelandia. Se for Trump vs Biden, nos estados que decidem a eleição Trump ganha por uma margem apertada. Se for Trump contra outro democrata, incluindo a KaMala, ganha o democrata por margem estreita. Se for qualquer outro republicano contra Biden ganha de lavada. Conclusão segundo eles: eleitorado não quer Trump e Biden. Na aldeia mais do mesmo. Se nada muda, nada muda.