O pôr do sol em nossa primavera – por Michael Almeida Di Giacomo
Os poetas Fogaça e Raul tinham toda razão. É o que demonstra o articulista
Ao caminhar pela Orla do Guaíba, na capital dos gaúchos, em especial, durante o pôr do sol de um domingo, você consegue perceber com exatidão o valor da natureza em nosso meio, a calmaria que resta por energizar o vindouro início de uma nova semana.
Na Orla, um espaço público, praticar o ócio – em uma tarde de primavera -, observar a enorme pluralidade de pessoas a conviver de forma harmoniosa, nos faz pensar que o mundo belicoso que vivemos no limiar do século XXI pode sim ser diferente.
E foi o que senti na tarde do último domingo.
Ao pôr do sol, as pessoas que estavam a caminhar, pedalar, andar de skate ou mesmo em animadas conversas entre amigos, pararam para acompanhar a imagem do sol – sem filtro, e que havia visitado muito pouco a primavera dos gaúchos – a nos felicitar com sua presença.
Todo aquele ritual – de deixar de lado o que estavam fazendo e observar o pôr do sol – é claramente um ato, um momento, de pertencimento à cidade, de compreensão que os espaços públicos, nossas riquezas, estão aptos a acolher a cidadania, fonte maior da sua existência.
É, penso um modo de externar que estamos sob um ambiente de constante promoção da paz social.
A esse respeito, na última noite de sexta-feira, ao conversar com o professor José Fogaça, após ele próprio cantar, em reunião descontraída com amigos, versos da música “Vento Negro”, de sua autoria, pude lhe perguntar sobre o significado de um trecho da composição, pois mesmo entendendo o contexto em que José Fogaça escreveu a canção, ainda faltava compreender a parte do texto que diz, “[…] não creio em paz sem divisão”.
Inadvertidamente, talvez até de forma inocente, ao pensar sobre a paz, eu logo procurava o sentido na relação com estado de guerra, mas…
De pronto o professor José Fogaça disse: “Não creio em paz sem divisão da riqueza”. E, claro, tudo passou a fazer sentido.
A riqueza, por certo, sob a minha cognição, não é somente poder ter mais dinheiro – o que também não é um conceito nulo, mas é passível de ser aferida de muitas outras formas, a depender da cultura e das condições sociais que vive uma pessoa, uma comunidade, uma nação.
A divisão da riqueza acredito, entre tantas outras matizes, pode ser mensurada quando a todos sejam tutelados o pleno acesso aos serviços públicos de saúde, educação, cultura, ao exercício do direito de viver em um ambiente sustentável e seguro, a conviver em família de forma haromiosa, como parte edificante da nossa sociedade.
E, sem dúvida, em uma cidade sob um ambiente acolhedor, voltado às pessoas que a fazem viva, que a fazem vida.
A pergunta feita por mim ao professor Fogaça me fez lembrar de um outro autor, Raul Seixas, que em uma de suas muitas canções disse: “[…] Somos a resposta exata do que a gente perguntou”.
É o que compreendi, ao contemplar o pôr do sol na Orla do Guaíba.
(*) Michael Almeida Di Giacomo é advogado, especialista em Direito Constitucional e Mestre em Direito na Fundação Escola Superior do Ministério Público. O autor também está no twitter: @giacomo15. Ele escreve no site às terças-feiras.
Deixando o lirismo de lado, Panama tem uma seca importante. Canal já esta refugando cargas. Vão entrar na estação seca agora, inverno. Comunidade Europeia, Banco Central, pediu 100 bilhões de Euros. Alemanha teria que ‘contribuir’ com um quarto do valor. Não rolou. Corte Constitucional tinha determinado o corte de algo como 60 bilhões de Euros no orçamento. Projetos importantes, inclusive os de ‘energia limpa’, tiveram que ser adiados. Motivo? Limite constitucional da divida. Problemas não se resolvem com ‘boas intenções’.
Desigualdade é um moinho de vento dos vermelhos e uma grande hipocrisia. Muitos não terem o minimo decente, educação de qualidade e saude idem é o mais racional. Por que hipocrisia? Porque farinha pouca meu pirão primeiro. Os ‘socialistas de iPhone’ vivem no melhor dos mundos tem vida no minimo razoavel. Aproveitam o melhor do capitalismo, como disse um comunista que foi candidato a prefeito na aldeia ‘sou comunista mas não fiz voto de pobreza)’. Se ‘a revolução vencer’, ao menos na teoria,, entram na Nomenklatura. Sim, porque paises vermelhos também tem desigualdade e não é pequena.
Brazil tem desigualdade. Mas não é o ‘mais desigual do mundo’ como gostam de mentir os vermelhos. Basta ver o Coeficiente de Gini, olhar os numeros. Africa do Sul fica com o posto. Seguem outros paises africanos e nosso pais esta nos 10 primeiros lugares (depende do ano).
Fogaça, como muitos outros, foi para BSB e se preocupou em resolver os problemas do Brasil. Esqueceu da Provincia. Quando juntar as canelas sua ‘importancia’ sera ressaltada na midia para um publico indiferente.
Fogaça é cria do Simon. Era professor de cursinho, colega do saudoso Clovis Duarte. Tempos mais civilizados (no que um punhado vai reclamar da ditadura, mas é só um punhado) quando Mendes Ribeiro, o pai, terminava seus comentarios com um ‘foi um previlégio ter estado com voces’.
‘Vento Negro’ é musica, teoricamente, em homenagem a Everaldo, jogador do Gremio campeão em 70 que morreu em acidente de automovel e virou estrela na bandeira.
Estamos em Santa Maria da Boca do Monte. POA não é para todos, muito menos passear na Orla. ‘[…] de pertencimento à cidade […]’. ‘Pertencimento’ é mais uma bobagem que os vermelhos inventaram e agora os que não conseguem raciocinar sozinhos utilizam como chavão para preencher tempo quando falam. Eufemismo, ‘pertencimento’ não passa do bom e velho ‘fazer parte do coletivo’.
Da séria série ‘vamos jogar o Jogo do Contente da Pollyana e comer coco de colherinha’.