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ESPORTE. Time feminino de handebol da cidade, o Projeto Hand busca atletas que querem aprender

Desde 2022, a equipe de mulheres pratica a modalidade de maneira “livre”

Atividades acontecem durante a semana, à noite, no ginásio do Corintians e no CDM (Foto Camila Londero/Projeto Hand/Divulgação)

Por Pedro Pereira

Um time pensado por mulheres e para mulheres. O Projeto Hand, clube independente de handebol feminino sediado em Santa Maria, está em busca de novas jogadoras para compor seu esquadrão. O time, que existe desde 2022, tem o intuito de ser um espaço receptivo e democrático, em que o principal objetivo é a prática esportiva e o aperfeiçoamento técnico das atletas, sem distinção de idade, faixa etária ou nível de habilidade.

Dessa forma, não é necessário saber as regras da modalidade para participar. A mensalidade, que cobre custos com aluguel de quadras, pagamento de treinadores e eventuais despesas necessárias, varia entre R$ 85 e R$ 110, a depender da quantidade de integrantes. Os treinos acontecem às segundas e quartas-feiras, das 20h30min às 22h, no ginásio do Corintians/ASIBA, e às sextas-feiras, das 19h30min às 21h, no Centro Desportivo Municipal (CDM). Leitoras interessadas podem fazer contato via Instagram.

Eterno “projeto”

Desde a fundação, time tem o objetivo de ser um espaço livre para todas as mulheres (Foto Camila Londero/Projeto Hand/Divulgação)

A equipe, fundada em abril do ano passado, foi criada por um grupo de mulheres que tinham um interesse em comum: a vontade de jogar handebol sem a cobrança encontrada no universo das competições. Conforme relata a vice-presidente do Projeto Hand, Andressa Souza, “havia um sentimento de falta de um espaço que oferecesse acolhimento a adeptas sem que houvesse algum tipo de exclusão por falta de experiência ou desenvoltura em quadra”.

É com isso em mente que, ainda de acordo com a dirigente, os cuidados vão desde a procura por um valor acessível de mensalidade, que custeia somente gastos indispensáveis para a continuação do clube, a horários alternativos e flexíveis de treino. “Visamos a participação de estudantes, profissionais, mães e toda pluralidade de mulheres que quiserem praticar o esporte”, declarou a atleta.

O nome era inicialmente provisório e tinha como finalidade captar novas integrantes de forma mais fácil, em função da objetividade dele. Porém, por conta da pressa que as participantes tinham em formalizar a equipe, o termo acabou se concretizando e, eventualmente, estabelecendo outro significado: o de construção coletiva – como um “projeto”.

Vitorioso e experiente, Marcelo Millani é o treinador das santa-marienses desde agosto (Foto Camila Londero/Projeto Hand/Divulgação)

Neste ano, as santa-marienses disputaram somente dois torneios. No mês de maio, as gurias alcançaram a primeira colocação em uma competição de formato triangular disputada na cidade de Santa Cruz do Sul. Ao longo da temporada, elas também fizeram parte do Citadino, promovido pela Secretaria Municipal de Esporte e Lazer (SMEL), em que terminaram na 4ª colocação ao perderem a decisão da medalha de bronze para o elenco da Liga Interatléticas de Santa Maria (LISM). Na semifinal, a equipe caiu para o HFSM, que conquistaria o título do certame.

Evolução técnica

Apesar de pouco tempo de existência, o Projeto já passou por uma reformulação na comissão técnica. Da criação da iniciativa até a primeira rodada do Campeonato Municipal, realizada no começo de agosto, o fisioterapeuta Guilherme Cereta era o treinador. Depois, as jogadoras optaram por recrutar Marcelo Millani, que acumula passagens por diversos times da cidade.

Segundo a presidente do clube, Etiane Viana, o primeiro comandante foi crucialmente responsável pela evolução das atletas. “No início, muitas das gurias não sabiam nem passar uma bola. O jogo não fluía e foi ele quem mudou a cara da equipe”, afirmou a dirigente. Entretanto, ela revela que “com o tempo, as necessidades vão mudando” e, o que Cereta tinha a oferecer já não era mais o que se esperava.

Então, as integrantes entram no consenso de convidar Millani para comandar o plantel pois, ainda que elas não sejam 100% focadas em disputas, ainda há a intenção em evoluir no quesito competitivo.. Ainda que tenha chegado somente há três meses, Etiane conta que as participantes estão entusiasmadas com o trabalho do novo treinador. “Agora a gente vai encarar mais esse lado dos campeonatos. A ideia é a gente estar presente nos torneios cada vez mais e nos fortalecermos”, falou a presidente.

Multicampeão pelo HFSM, o técnico destaca que, aos poucos, qualidades como a leitura e o entendimento de jogo estão sendo aprimoradas. “São atletas adultas, as quais nem todas tiveram um trabalho nas categorias de base bem desenvolvido ou sequer chegaram a participar destas atividades quando jovens. O grupo tem como característica ainda não ser homogêneo em diversos aspectos. Com paciência e bastante prática estamos buscando isso”, expôs Millani.

Como finaliza a vice-presidente do Projeto, “para além da prática, o time visa a evolução das envolvidas, a fim de que se sintam capazes, vitoriosas e levem a disciplina e confiança que o esporte traz para os outros aspectos de suas vidas”. Para 2024, o treinador declara os seguintes desejos: continuar o desenvolvimento das atletas, participar do máximo de competições possíveis e aumentar o número de integrantes.

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