Reflexões de um Brasil que se aplicam a Santa Maria – por Giuseppe Riesgo
Por aqui,“está em tempo de pararmos de adiar nosso encontro com o futuro”
É cíclico: ao fim de todo o ano, costumamos refletir sobre o que foram os 365 dias do ano que findara. Esse, certamente, é um exercício nada simples. A vida é feita, sobretudo, da capacidade de autocrítica e de saber se reinventar permanentemente. Como diz o ditado, “viver é um ato de coragem”. E em se tratando de Brasil, essa é uma máxima que pode ser levada ao pé da letra. Temos aqui todas as possibilidades de fazer com que as coisas aconteçam. Somos um país que encanta e mexe com o imaginário alheio. Prova disso está numa obra antiga, mas extremamente atual, chamada “Brasil, país do futuro”, do austríaco Stefan Zweig.
Um povo pacífico, se olharmos o cenário internacional permeado por conflitos e guerras. Porém, nossa batalha aqui travada, é outra: lutamos contra a inoperância de um Estado asfixiante e controlador. Temos um (des)governo que empilha quase quatro dezenas de ministérios e um sem-número de companheiros sindicalistas incompetentes que dão as regras do jogo.
Por onde quer que olhemos, a ineficiência impera. Para que sejamos uma nação, de fato, desenvolvida temos que começar a buscar pessoas e quadros políticos que tenham uma agenda de desenvolvimento para o nosso país. O Brasil, salvos raríssimos casos, ostenta péssimos indicadores de inovação, de produtividade e de competitividade global. Esse hiato tem nos custado caro e feito com que gerações após gerações tenhamos uma mão de obra precarizada e à mercê de projetos assistencialistas.
Não há qualquer agenda que busque uma convergência entre produção científica e produção econômica. Isso, aliás, requer visão de longo prazo. Talvez, assim, consigamos nos livrar de um passado (de atraso) que insiste em não passar, e de um futuro que não chega. Aqui, em Santa Maria, podemos e devemos buscar com que sejamos um ponto fora da curva. Está em tempo de pararmos de adiar nosso encontro com o futuro.
É necessária uma agenda que preze pela ambiência junto àquilo que temos expertise – prestação de serviços, comércio, construção civil – com as tendências do mundo atual (a busca, por exemplo, da economia criativa). Temos que dar um basta ao método da autossabotagem.
Santa Maria tem todos as “commodities” necessárias para isso – instituições de Ensino Superior, iniciativa privada, Forças Armadas – para que desenvolver uma forte capacidade científica e tecnológica. Há uma real necessidade de mudança de paradigma, de produção e de comportamento social. E podemos começar essa mudança já em 2024.
(*) Giuseppe Riesgo é ex-deputado estadual pelo partido Novo. Ele escreve no Site às quintas-feiras.
‘ Há uma real necessidade de mudança de paradigma, de produção e de comportamento social.’ Não vai rolar. Tudo será como sempre foi. Brasil se prepara para o voo de galinha já prognosticado. Santa Maria vai continuar sua decadencia, uma cidade do interior com uma ‘elite’ tosca que se acha muito melhor do que na realidade é. Alas, descobri noutro dia que tem gente saindo daqui para fazer tratamento medico em Passo Fundo. O que leva a outro problema, quando a perspectiva é ruim as pessoas tendem a ignorar a realidade. Falar verdades é bancar a Cassandra. ‘Dãããã só pode ter um problema interno dããã’. Santa Maria é facil, basta ignorar a perfumaria e a publicidade e andar na rua. Olhar dentro das lojas. Ver os editais e as chamadas das instituições de ensino laçando alunos(as).
‘[…] desenvolver uma forte capacidade científica e tecnológica.’ Brasil esta entre 60 e 80 anos atrasado em pesquisas que dariam resultados economicos. Gasta em pesquisas no campo do direito, sociologia (que não passam de reprodução de ideologia), educação (que nunca foi pior). Alas, a pesquisa tecnologica em inteligencia artifical no exterior é realizada majoritariamente em instituições privadas. Não seria no Brasil com servidores publicos estaveis que alguma coisa util seria feita. ‘Se matar para que’. https://www.youtube.com/watch?v=cpraXaw7dyc
Forças Armadas. Não é impossivel pensar em transferir unidades do RS para a Amazonia. Ja aconteceu. Saiu um batalhão de Santa Cruz e o Setimo foi para outra cidade substituir. Foi feita a recomposição, mas há que se pensar nas possibilidades.
Iniciativa privada está sendo engolida pela forasteira. Falta competitividade, pararam no tempo. Exceção talvez é a construção civil, resta saber quem vai comprar tantos empreendimentos. O ‘vende-se’ e o ‘aluga-se’ só aumenta. Basta andar na rua.
‘[…] instituições de Ensino Superior,[…]’ que estão com serios problemas. Que vão aumentar conforme a curva demografica começar a mudar. Isto é passado.
‘ Temos que dar um basta ao método da autossabotagem.’ Primeiro passo é enfrentar o auto-engano. Diagnostico realista. Vai acontecer? Não. Perspectiva é que saiam os incompetentes que estão no Paço municipal e entre um governo petista. Ou seja, muito cabide para muita gente, muito dinheiro para publicidade (midia da urb é chapa branca, mas não sai de graça) e foco em problemas inflados de minorias, costumes, ‘realizaçoes’ na periferia que nunca se sabe se são realidade (midia chapa branca e militancia passiva). Uns mesozoicos que vivem de passado porque não tem ferramentas para pensar no futuro.
Afinal, não é todo lugar que tem publicitario cuidando do desenvolvimento e consultor de empulhação na folha de pagamento.
‘[…] uma convergência entre produção científica e produção econômica.’ Não no ‘faz de conta’, nele está ‘tudo certo’ e ‘tudo muito encaminhado’ para um ‘futuro brilhante’. Para estes um monte de butequinho fazendo aplicativos para telefone celular é ‘inovação’, ‘tecnologia avançada’.
‘[…] empilha quase quatro dezenas de ministérios e um sem-número de companheiros sindicalistas incompetentes que dão as regras do jogo.’ Querem ‘acabar com a desigualdade’ entre eles, pastores de uma igreja de otarios, e os muito ricos. Usar o Estado para arrumar a vida dos ‘escolhidos’ dá menos trabalho.
‘Um povo pacífico, […]’. Isto é lenda. Vide que o Estado não controla parte do territorio nacional, esta na mão do crime organizado.
‘[…] “Brasil, país do futuro”, do austríaco Stefan Zweig.’ Tirou a propria vida no inicio da Segunda Guerra. Virou lugar comum. Para quem defende ‘otimismo’ é bom comparar paises em situações semelhantes ao Brasil na epoca na qual foi lançado o livro, como estavam e como estão agora.
É de uma inutilidade impressionante as palavras desse rapaz. Tenho insistido que seja feita análise de suas previsões ao país feitas neste espaço no início do ano. Feliz ano novo Claudemir!