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A famigerada saidinha e o caso “Lázaro de São Pedro” – por Giuseppe Riesgo

“Presentão concedido,... governo após governo, a quem deveria estar preso”

Estamos acompanhando no noticiário uma ampla mobilização das forças de segurança de Santa Maria, região e também da Capital para capturar Leandro da Rosa Bráz, que tem aterrorizado os moradores de São Pedro do Sul há quase um mês.

Beneficiado no fim do ano passado com a famigerada “saidinha” da cadeia, o “Lázaro de São Pedro”, como passou a ser chamado, saiu do Presídio Estadual de Júlio de Castilhos, onde cumpria pena no regime semiaberto, e não voltou mais.

Acontece que a tal saidinha é, até hoje, um presentão concedido, ano após ano, governo após governo, àqueles que deveriam estar atrás das grades, cumprindo por seus delitos. Por todo o Brasil, chega o fim do ano, e o Estado promove um “saidão” durante o Natal e Réveillon. Essa bizarrice está amparada na lei, com o entendimento de a soltura ocorre para “proporcionar condições para a harmônica integração social do condenado”.

É isso mesmo. E o cidadão de bem que se vire. Essa situação é vexatória e tem a digital da esquerda, que se mostra “fiadora” e defende, hipocritamente encastelada em seus condomínios com monitoramento, essa bandeira.

O futuro secretário da Segurança Pública do governo federal, Mario Sarrubbo, indicado por Lula e Lewandowski, deixou claro em entrevista recente que, mesmo com recentes casos de crimes cometidos por quem se beneficiou da regra, segue defendendo a saidinha. Mostra, com toda a certeza, que o PT apoia que o Lázaro de São Pedro siga saindo da cadeia e aterrorizando a população todo ano.

Matéria recente da Folha de São Paulo mostra que, em todo o país, foram soltos mais de 56,9 mil presos na saidinha de fim de ano, e menos de 5% não voltaram para a cadeia. O benefício da saidinha é hoje totalmente descabido. Infelizmente não há no cenário uma possibilidade de reversão de tal situação.

Temos um Judiciário caro e ineficiente e que, em parte, dá guarida a esses criminosos, e que acaba por preterir o cidadão trabalhador pagador de impostos. Esses setores e parte da classe política (a esquerda) usam como cortina de fumaça o injustificado argumento de “falência do sistema prisional”, “falência do sentido da pena, da punição” e “necessidade de olhar a questão estrutural dos presídios”.

Essa narrativa, contudo, não cola. Enquanto isso, o “Lázaro de São Pedro” que soma 14 anos por crimes diversos, tem um histórico de violência e agressividade, incluindo acusações de homicídio, latrocínio e sequestro, segue aterrorizando a sociedade. E o PT e a esquerda seguem defendendo esse absurdo.

(*) Giuseppe Riesgo é ex-deputado estadual pelo partido Novo. Ele escreve no Site às quintas-feiras.

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Um Comentário

  1. Bom, para começo de conversa o assunto não se resolve aqui. Logo debater é perda de tempo. Esquerda ou não, pessoal do juridico geralmente vive em Narnia. São autoritarios com filosofias estropiadas que escondem principios religosos. PT e seu descolamento da realidade resolve-se por si só. Leva tempo, muita gente vai sofrer, mas é assim mesmo. Se a realidade contraria os ‘ideais’, a realidade que se lasque.

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