Por Maiquel Rosauro
A vitória dupla da vereadora Roberta Pereira Leitão (PP) – que na terça-feira (20) assumiu tanto a presidência da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Câmara quanto a Procuradoria da Mulher do Legislativo – segue repercutindo. Ao menos duas lideranças da esquerda anunciaram ações em relação à Procuradoria.
Na sessão desta quinta (22), a vereadora Helen Cabral (PT) apresentou sua renúncia à Procuradoria da Mulher.
“A vereadora Roberta faz parte de um revezamento das bancadas femininas. A vereadora Marina (Callegaro, do PT) ficou três anos como procuradora, a vereadora Luci (Duartes, do PDT) acabou não querendo fazer parte de nenhum cargo, então ficou a Procuradoria com o PP no revezamento democrático do cargo. E o PP indicou a vereadora Roberta. Mas, infelizmente, é impossível eu fazer parte da Procuradoria com a vereadora Roberta porque eu tenho compromisso com o direto das nossas mulheres”, disse Helen.
O que pesa contra Roberta são, principalmente, duas propostas apresentadas ano passado: o Projeto de Lei 9647/2023, que abre a possibilidade a grávidas vítimas de estupro ouvirem os batimentos cardiácos do feto antes de abortar e o PL 9648/2023, que obriga à afixação de cartazes educativos sobre procedimentos abortivos em unidades hospitalares. As propostas foram aprovadas pelos vereadores na madrugada de 13 de dezembro, com 12 votos favoráveis e seis contrários.
Porém, em 20 de dezembro, o prefeito Jorge Pozzobom (PSDB) anunciou seu veto aos projetos por violarem a Constituição e desrespeitarem a dignidade das mulheres vítimas de violência sexual. Os vetos devem ser votados pelos parlamentares na próxima semana.
Fora Leitão!
A ex-candidata à Câmara, Alice Carvalho (PSol), está promovendo um abaixo-assinado que visa mostrar indignação contra o cargo ocupado por Roberta na Procuradoria da Mulher.
“Não podemos nos calar diante de tal absurdo. Por isso, estamos iniciando um abaixo-assinado para demonstrar para a Câmara o nosso repúdio. Vamos juntas dizer fora Leitão! Ela não nos representa!”, disse Alice.
Na prática, o movimento servirá apenas para mostrar a posição do grupo contrário a Roberta, já que – como bem destacou Helen Cabral – a progressista assumiu o posto de forma democrática.
Tratamento igualitário
Alheia às polêmicas, Roberta comemorou nas redes sociais o fato de assumir tanto a Procuradoria da Mulher quanto a Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Câmara. Em um post no Instagram, ela lembrou que os dois órgãos são de interesse da esquerda, mas garantiu que ambos não atenderão apenas um lado.
“Sob o nosso comando, darei tratamento igualitário a todos, e trabalharei com seriedade e vigilância, atendendo a população não pela ideologia, mas sim, a favor do santa-mariense”, disse a progressista.
Essa é a democracia “relativa” da esquerda, enquanto era uma vereadora petista tudo bem. Mas como determina a lei a presidência é rotativa entre as vereadoras. É assim que a esquerda age. No meu entendimento isto é uma forma de demonstrar todo o desprezo por aqueles que pensam diferente desta gente, da esquerda e de seus neo-aliados.
Essa é a “democracia do PT”, enquanto estão no comanda, pautando só as suas ideias, tudo bem. Mas quando outra pessoa que não tem as mesmas ideias delese assume o comando aí querem renunciar ou forçar quem legitimamente assume o comando. Eles, Ptista e seus aliados gostam mesmo de uma ditadura de esquerda.
queria fazer uma pergunta para leitão, se alguma familiar dela ou ela fosse estuprada e engravidada por marginal ela pediria ao médico para escutar o coração do bebê?
Helen Cabral é suplente, só esta la porque o Blattes se mandou para BSB. Alice Carvalho não tem mandato e nem votos para se eleger, abaixo assinado é só um ‘ato simbolico’.