Dia Internacional da Mulher: Celebrando Conquistas e Desafios – por Beto Fantinel
Muitas pessoas consideram o 8 de março apenas como uma data de homenagens às mulheres, mas, diferentemente de outros dias comemorativos, ela não foi criada pelo comércio – e tem raízes históricas mais profundas.
O Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, é uma ocasião significativa para refletir sobre o progresso alcançado e os desafios que ainda persistem na luta pela igualdade de gênero. Esta data remonta ao início do século XX, quando mulheres de diversas partes do mundo uniram-se em protestos por melhores condições de trabalho e direitos civis. Desde então, tem sido um momento para reconhecer a contribuição do público feminino em todos os aspectos do corpo social.
Oficializado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1975, hoje, a data é cada vez mais lembrada como um dia para a reivindicação de igualdade de gênero e manifestações ao redor do mundo e apesar dos avanços alcançados, ainda há muito a ser feito para garantir a igualdade de oportunidades.
A disparidade salarial, a sub-representação nos cargos de liderança e a persistência da violência de gênero são apenas algumas das questões urgentes que continuam a desafiar a plena realização dos direitos. O mundo está enfrentando muitas crises, inclusive níveis crescentes de pobreza. Esses desafios só podem ser abordados por soluções que as empoderem. Ao investir nas mulheres, podemos provocar mudanças e acelerar a transição para um mundo mais saudável, seguro e igualitário.
Se as tendências atuais continuarem, mais de 342 milhões de mulheres e meninas poderão estar vivendo em extrema pobreza até 2030. Para garantir que as necessidades e prioridades das mulheres sejam consideradas, os gestores devem priorizar o financiamento sensível ao gênero e aumentar os gastos públicos com serviços essenciais e proteção social.
Os formuladores de políticas também devem valorizar, reconhecer e considerar a contribuição vital que as mulheres dão à economia em todo o país através do trabalho de cuidado remunerado e não remunerado. As mulheres gastam cerca de três vezes mais tempo em trabalho de cuidado não remunerado do que os homens e, se fosse atribuído um valor monetário a essas atividades, elas representariam mais de 40% do PIB.
Porém, além de destacar as questões de injustiça e desigualdade, o Dia Internacional da Mulher também é uma oportunidade para celebrar os progressos realizados. Mulheres em todo o mundo têm alcançado marcos significativos em diversas áreas, desde a política até a ciência, cultura, esporte e negócios. Suas histórias de coragem, resiliência e determinação inspiram não apenas outras mulheres, mas também homens a se tornarem aliados na luta pela igualdade de gênero.
Ainda, à medida que abordamos a data, é crucial lembrar que a igualdade de gênero não é apenas um objetivo a ser alcançado, mas sim um direito humano fundamental. É necessário um compromisso contínuo e coordenado de todos os setores da sociedade – governos, empresas, organizações da sociedade civil e indivíduos – para garantir que elas possam viver com dignidade, segurança e de igual para igual. Este dia nos lembra que a jornada rumo à igualdade está longe de terminar e que cada um de nós tem um papel a desempenhar na construção de um futuro mais justo e equitativo para todas as pessoas, independentemente do gênero.
(*) Roberto Fantinel é deputado estadual pelo MDB. Oriundo de Dona Francisca, onde foi vereador, é ex-presidente da Juventude do MDB/RS, integrante do Diretório Municipal do MDB/SM e ex-assessor do governo gaúcho, na gestão de José Ivo Sartori. Também é presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa. Ele escreve no site, semanalmente, aos sábados.
‘[…] é crucial lembrar que a igualdade de gênero não é apenas um objetivo a ser alcançado, mas sim um direito humano fundamental.’ ‘Igualdade de genero’ é um ideal, uma generalidade. ‘Objetivo a ser alcançado’, quem decidiu isto? ‘Direito humano fundamental’ no imaginario popular é coisa para ‘aliviar a barra de vagabundo’.
Beto Tres Reais é politico das antigas. Dia Internacional da Mulher é algo que a grande massa da população, incluindo as mulheres, não estão nem ai. Motivo simples, maioria tem que ‘correr atras’. É uma pauta de classe media/esquerda empurrada de cima para baixo (mais uma). O sistema sempre se adapta, não necessariamente ‘evolui’.