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BARRACO DA ALEMOA. O adeus de Frida Zenkalo. Quem era o autor da coluna nos últimos 15 anos?

Para alívio de alguns… coluna não será mais publicada neste Site

Por Maiquel Rosauro

Não, não é uma piada de 1º de abril. O Barraco da Alemoa não será mais publicado neste Site, às sextas-feiras, como era costumeiro pelos últimos 15 anos. A coluna satírica da política santa-mariense, cujo autor assinava com o pseudnônimo Frida Zenkalo, é, finalmente, revelado. Trata-se do jornalista Fritz Nunes.

Com 34 anos de profissão, formado na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), iniciou em fevereiro de 1990, no semanário ‘O Expresso’; passou pela redação do jornal ‘A Razão’ por duas vezes, atuou em assessoria parlamentar, assessoria política, e está há mais de duas décadas em assessoria de imprensa sindical.

Abaixo, em uma entrevista com o Fritz, entenda como surgiu o Barraco, os fatos que fizeram a coluna ser suspensa e o motivo do seu encerramento.

Jornalista Fritz Nunes aposentou o Barraco da Alemoa. Foto Italo de Paula

Como surgiu a ideia do Barraco?
O título da coluna surgiu com a ideia de brincar. A inspiração mesmo, ainda que bem de longe, foi o antigo colunista, José Simão (que se autointitulava ‘Macaco Simão’), e fazia sátiras políticas na Folha de São Paulo, além de comentários em rádio e tevê. Então, Barraco, porque a intenção era mostrar que o objetivo era bagunçar. E ‘Alemoa’ justamente porque a ideia era não revelar a autoria das colunas, mas ao mesmo tempo, deixar pistas: alemoa, Frida. Tudo a ver com Fritz.

Quando iniciou?
A coluna iniciou quase ao final de 2008. Portanto, são mais de 15 anos assinando o Barraco. Quando iniciamos, nem eu imaginava que duraria tanto tempo. Sobre o número de edições, só o Claudemir para responder…(risos)

Por que o anonimato?
Era uma forma de se preservar. No meu modo de ver, para que a Frida pudesse tirar sarro, zoar de todo mundo, sem sofrer “pressões”…(risos)

Pelo que sei, muita gente achava que era o Claudemir a mente por trás da Frida. Não era. O Claudemir não parece ter muito esse feeling do deboche. (risos)

Há quem suspeitasse que a Frida é uma feminista de esquerda. O que você diz a respeito?
Na verdade, o que sei da Frida é que ela não simpatiza com valores como o fascismo, o racismo, o machismo. Entretanto, se pegares nos mais de 15 anos, ela direcionava suas ironias aos políticos de plantão, fossem eles de direita ou de esquerda. Claro que coincidiu que a coluna passou por 8 anos de governo Schirmer, agora mais 8 anos de governo Pozzobom. Então, certamente que esses políticos, por estarem mais próximos, sofreram mais a virulência (ou seria o deboche?) da alemoa.

O que mais te marcou em todos esses anos?
Eu acho que foi uma experiência bem interessante. A coluna não era um espaço apenas para sátiras. Muitas vezes servia de espaço para pequenas reivindicações, tais como mostrar o buraco na rua, a sujeira dos galhos de árvore colocados em lugar errado. Havia uma certa liberdade de trabalho para a dona Frida. Contudo, em tanto tempo, lembro também de algumas edições que resolvemos suspender. Por exemplo, alguns dias após a tragédia da Kiss, quando não tínhamos vontade alguma de rir. E, já mais recentemente, quando do auge da Covid-19. A Frida é uma debochada, mas também bastante sensível.

E por que o fim agora?
Depois de mais de 15 anos, comentei com o Claudemir que era momento de dar um tempo para a Frida. Ela não está totalmente aposentada (risos). Mas, vai se dedicar a outras tarefas. Fica um agradecimento a todas, todos e todes (não posso esquecer da “ideologia de gênero”) (risos), que aturaram o Barraco ao longo dos anos. Um agradecimento especial a nossa briosa Câmara, aos nossos briosos edis, nas mais diferentes legislaturas, que sempre foram a maior fonte inspiração para as notas da Frida. Os momentos mais tristes eram o período de recesso legislativo, pois a matéria prima para a coluna diminuía sensivelmente.

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