DestaqueRegião

REGIÃO. Instalados Grupos Reflexivos de Gênero na Comarca de Agudo. Encontros serão semanais

Reuniões têm a duração de aproximadamente duas horas

Juíza Bruna Minuzzi em cerimônia oficial de instalação dos Grupos Reflexivos de Gênero. Foto Norton Avila / Divulgação

Por Maria Inez Petry / TJ-RS

Ocorreu na quarta-feira (10) a instalação oficial dos Grupos Reflexivos de Gênero (GRG), na Comarca de Agudo, região central do Estado. Durante a solenidade, foi realizada a apresentação do projeto que já está em atuação, desde janeiro deste ano, com quatro facilitadores voluntários, todos com certificação pelo Centro de Formação e Desenvolvimento de Pessoas do Poder Judiciário do RS (CJUD/PJRS).

Os encontros dos grupos acontecem semanalmente, às terças-feiras, dentro das dependências do Foro da Comarca. As reuniões têm a duração de aproximadamente duas horas. Cada grupo tem um total de oito encontros, nos quais a temática violência doméstica e familiar contra a mulher é tratada de forma educativa e reflexiva. O comparecimento dos homens encaminhados é obrigatória, sendo a frequência controlada pelos facilitadores e depois informado ao juízo.

Segundo a Juíza de Direito da Comarca de Agudo, Bruna Faccin Beust Minuzzi, a quantidade de demandas envolvendo violência doméstica no Poder Judiciário não é novidade, sendo uma realidade comum em todas as comarcas.

“Assim que passei a trabalhar com essas demandas, notei a necessidade de agir de forma preventiva e educativa, lançando olhar também para o homem. A instalação dos Grupos Reflexivos de Gênero na Comarca de Agudo vem exatamente nesse sentido, com o objetivo de propiciar um espaço de escuta e reflexão que propicia ao ofensor o reconhecimento da prática de violência de gênero, passando pelo processo de autoresponsabilização e, ao final, de transformação de comportamentos e atitudes. Apesar de ser muito recente, já estamos notando resultados positivos, como a diminuição da reincidência de casos”, avalia a magistrada.

Projeto GRG
O Poder Judiciário do Rio Grande do Sul desenvolve o projeto dos Grupos Reflexivos de Gênero desde 2011. A experiência pioneira foi em Porto Alegre, nos Juizados da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, através do Projeto Borboleta.

O Grupo Reflexivo visa a reeducação de homens que se envolveram em situação de violência doméstica, familiar ou conjugal contra a mulher, e se constitui em aliado às ações de atenção e proteção destinadas à mulher, no âmbito da Lei Maria da Penha – Lei 11.340/06. É um espaço de escuta e de reflexão que propicia ao ofensor o reconhecimento da prática de violência de gênero, passando pelo processo de auto responsabilização e, ao final, de transformação de comportamentos e atitudes, promovendo a equidade de gênero.

Artigos relacionados

ATENÇÃO


1) Sua opinião é importante. Opine! Mas, atenção: respeite as opiniões dos outros, quaisquer que sejam.

2) Fique no tema proposto pelo post, e argumente em torno dele.

3) Ofensas são terminantemente proibidas. Inclusive em relação aos autores do texto comentado, o que inclui o editor.

4) Não se utilize de letras maiúsculas (CAIXA ALTA). No mundo virtual, isso é grito. E grito não é argumento. Nunca.

5) Não esqueça: você tem responsabilidade legal pelo que escrever. Mesmo anônimo (o que o editor aceita), seu IP é identificado. E, portanto, uma ordem JUDICIAL pode obrigar o editor a divulgá-lo. Assim, comentários considerados inadequados serão vetados.


OBSERVAÇÃO FINAL:


A CP & S Comunicações Ltda é a proprietária do site. É uma empresa privada. Não é, portanto, concessão pública e, assim, tem direito legal e absoluto para aceitar ou rejeitar comentários.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo