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A campanha. Tem gente de “dieta”. E, sem “apetite”, ninguém ganha a eleição para a prefeitura

Oficialmente, a campanha não iniciou. Como se sabe, todos se consideram pré-candidatos. E é nessa condição que fazem proselitismo, papeiam com militantes e aproveitam todas as oportunidades (e até criam algumas, não raro) para ficar em evidência.

 

É preciso que se afirme, por justiça, que Cezar Schirmer quer ser muito prefeito de Santa Maria. Perdeu duas eleições seguidas, mas não o sonho. Este persiste. Tanto que luta para representar a frente mais ampla possível. E que se autodenomina “frentão” oposicionista. Conquistou o aliado que todos gostariam de ter, o ex-prefeito (e que também perdeu dois pleitos seguidos) José Farret, do PP.

 

No entanto, para um pré-candidato que se sabe quer vencer a eleição, e na comparação com seus adversários, Schirmer, a menos de seis meses do pleito, não demonstra o que alguns chamariam “apetite eleitoral”. Hein? Isso mesmo. Não basta dizer, nem mostrar, apenas. É preciso deeemonstrar.

 

Os fatos: onde estava Schirmer no dia em que os presidentes dos partidos do frentão (PMDB, PP, PPS e DEM) anunciavam a dobradinha com Farret? Em Montevidéu, em reunião do Parlamento do Mercosul, no qual é presidente da Comissão de Economia. Onde estavam seus principais adversários, Paulo Pimenta e Jorge Pozzobom? Um participava de reuniões com filiados de vários partidos aliados que realizavam encontros internos para mobilizar a militância. Outro, afora o encontro do Frentão, com o qual se desentendeu porque pretendia participar da chapa majoritária, fez reunião com militantes do PSDB.

 

E na última semana, onde estavam Schirmer, Pozzobom e Pimenta? O petista participou de três reuniões com militantes de partidos aliados, foi à abertura das obras do PAC na Nova Santa Marta e conduziu plenária com candidatos à vereança. O tucano também foi à solenidade na zona oeste e, no sábado, fez o que ele denominou uma pré-convenção itinerante, visitando nada menos que uma dezena de locais diferentes, conversando com militantes e filiados. Já o peemedebista se encontrava na Amazônia, visitando unidades militares, a convite do Comando da Amazônia.

 

Resumindo: é preciso apetite para concorrer com chances. Não apenas querer ou sonhar.

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