Por Claudemir Pereira / Editor do Site
A desistência de Beto Fantinel, que informou domingo, pelas redes sociais, não concorrer mais a prefeito de Santa Maria pelo MDB, provocou um grande tititi nos bastidores politicos da comuna, ao longo desta segunda-feira. E que teve, é bom que se adiante, pronta e ágil resposta do partido que, em menos de 24 horas, alçou um nome à condição de pré-candidata (embora ela ainda negue): a servidora estadual e ex-vereadora e ex-candidata (em 2016) a vice-prefeita, Magali Marques da Rocha.
Mas, até que isso se tornasse público, no meio da tarde passada, foi um deus-nos-acuda nos corredores da política da boca do monte.
Algumas situações o escriba lista a seguir, para, ao final, colocar fatos – sim, eles também existiram:
1) Entre os nomes colocados na berlinda, como possível pré-candidato, esteve o de Rudys Rodrigues, grande defensor da cndidatura própria de forma geral e a de Fantinel, muito especificamente.
2) Armou-se um grande auê nas hostes do Progressistas (PP), ou, no mínimo, em sua periferia. Houve quem imaginasse estar aí um motivo para reduzir a importância da sigla na iminente formação de chapa com o PSDB, para apoiar Rodrigo Decimo. Mais: teve quem sentisse o cheiro de queimado, com o MDB “em busca do lugar” destinado ao PP.
3) Se viu uma verdadeira “caça” a um nome para ocupar o lugar do deputado licenciado e secretário. Entre os cogitados, os vereadores, e Adelar Vargas teria sido consultado, “escapando” porém, pois é apenas candidato à reeleição.
4) Desde o princípio, no entanto, dentre os articuladores emedebistas, emergia a ideia de indicar uma mulher. Além de Magali Marques da Rocha foram citadas Marta Zanella e Manuela Teixeira.
O que você leu acima, em maior ou menor grau, sim, aconteceu. Mas, é o que se imagina agora, foi tudo cortina de fumaça, objetivando convencer Magali, que tem a maior história entre todos e pode, afinal, dialogar com possíveis parceiros.
Então, será mesmo ela a candidata? Até pode ser. Mas é bom levar a sério observações feitas por um graúdo (de identidade preservada) emedebista a este editor.
Questionado bastante objetivamente (“alguma possibilidade de ser um lance para negociar com outros candidatos?”), respondeu: “vamos trabalhar para ter candidatura própria, pois quem briga para ser vice não leva a nada. Mas tudo é possível, até com o Valdeci (Oliveira), afinal o MDB está com o PT no governo federal”. Obviamente, nesse caso, a briga não seria para ser vice do petista, presume-se. Mas…
Resumo da ópera: o MDB mostrou agilidade para decidir uma questão complicada. Se Magali Marques da Rocha será ou não candidata, a convenção que acontece a partir de 20 de julho, ou mesmo negociações anteriores, vão dizer. Mas está colocada. Ou será colocada. E aí o partido resolverá como fica o revés (sim, não há outra palavra) da desistência, por mais justificada que seja, do seu candidato preferido.
Para fechar, fique-se com a palavra do presidente em exercídio do MDB, e que está viajando até a segunda quinzena deste mês. Leia o que declarou Antonio Carlos Lemos ao site e tire tua própria conclusão:
“Semana antes de 24.05, Beto (Fantinel) disse a mim e outros companheiros, em reunião aí em Santa Maria, que continuaria pré-candidato. Depois disso, houve pressão da bancada de deputados, do presidente do MDB/RS e dos bedéis da secretaria e do gabinete parlamentar, não querendo perder seu emprego…”
E então, leitor?
O nome que vai aparecer na urna será Magali Plano B?