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VÔLEI. Entre sonhos realizados e promessas para 2025, Festival LGBTQIA+ de SM mostra evolução

Santa-marienses envolvidos no evento destacam as melhorias ano após ano

Viva Vôlei A representou a cidade na grande final mas caiu para o Galáticos, de Porto Alegre (Foto Gabriel Haesbaert/Divulgação)

Por Pedro Pereira

Na noite do domingo (23), o Galáticos, de Porto Alegre, conquistou o título do 3º Festival Internacional LGBTQIA+ de Voleibol ao triunfar sobre o Viva Vôlei A, de Santa Maria, no ginásio A (principal) do Centro Desportivo Municipal (CDM). Entre as 12 equipes que disputaram a competição na edição deste ano, duas, além da vice-campeã, representaram o Coração do Rio Grande: Viva Vôlei B e Black Belt.

Eliane Cristina de Ávila, fundadora da agremiação medalhista de prata do evento, dá detalhes acerca de sua visão sobre o torneio. “Para mim, foi surpreendente essa paixão pelo vôlei, mas a junção dessas pessoas maravilhosas que fazem parte do esporte, com respeito, com seriedade, com valores, de alto nível… da prática do voleibol com pessoas de Santa Maria podendo vir e se servir, digamos assim, desse glamour de vários times diferentes, confraternizando, conversando, trocando ideias, saberes… Hoje eu posso dormir com um sonho realizado”, contou.

Para o Viva Vôlei, que enviou duas equipes às quadras no fim de semana passado, esta foi a terceira grande final seguida do Festival em que perdem para os agora tricampeões do Galáticos. Mesmo com os resultados nos últimos anos, Eliane desabafa: “eu encontro muita dificuldade em achar locais para treino em Santa Maria, pela careza do espaço. A gente tem o ‘Farrezão’ (CDM) quase sempre ocupado. A cidade dispõe de várias quadras, mas poucos ginásios, e a maioria deles é pago. É uma dificuldade muito grande que a gente, como entidade, encontra”.

Elenco do santa-mariense Black Belt, que estreou no Festival em 2024, junto da madrinha Tifanny Abreu (Foto Divulgação)

O torneio desta temporada foi o primeiro com participação do Black Belt, que tem Douglas Rosa como criador e capitão. O líder dos santa-marienses revela ter se surpreendido positivamente com a organização do evento e com o nível “altíssimo” dos times, definindo o campeonato como “sensacional”. “Foram dois dias bem cansativos, jogos muito disputados, em que não tinha como poupar energia. Afinal, éramos estreantes, sem treino, pouco entrosamento… Foi na raça. Reunimos os amigos e resolvemos ‘meter o peito”, afirmou.

Apesar do peso de serem parte de um esquadrão “novato” na competição, os atletas que defenderam as cores da agremiação alcançaram a 4ª posição geral. Com as melhores expectativas possíveis para 2025, Rosa promete: “nós estaremos estruturados, treinados e com a equipe entrosada. Vamos prontos para ‘incomodar’ novamente e, se Deus quiser, chegar ao pódio, de preferência, como campeões”.

Por trás do Festival

Os dois dias de intenso trabalho no CDM foram obra do trabalho realizado pelas mãos do grupo liderado por Jean-Pierre Ávila, gestor esportivo e responsável pela coordenação dos times da Associação Voleibol Futuro. Passado o final de semana, o idealizador do Festival Internacional LGBTQIA+ de Voleibol destaca a evolução dos seguintes fatores na edição de 2024, quando comparada com 2022 e 2023: presença do público, que cresce ano após ano; mais agremiações participantes; e a qualidade técnica dos jogos.

“A gente pôde melhorar porque este é sempre o nosso objetivo. Nós entregamos para Santa Maria, mais uma vez, um festival com qualidade ímpar no Rio Grande do Sul”, disse Ávila. O campeonato acontece anualmente desde 2022 e faz parte do Calendário Oficial de Eventos da cidade, sendo realizado em junho justamente por ser celebrado o Mês do Orgulho LGBTQIA+.

Para a 4ª edição, a atleta da Superliga Nacional, Tifanny Abreu, a primeira mulher trans a fazer parte da elite brasileira do voleibol, já tem presença confirmada como embaixadora oficial – também chamada de madrinha. O número de equipes participantes deve aumentar, com a expectativa de 16 times, podendo chegar a 20. Clubes de São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina, como também do Uruguai, devem marcar presença em 2025 – visto que alguns demonstraram interesse em disputar o torneio neste ano, mas fora do prazo de inscrições.

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