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VOLEIBOL. “Essa inclusão é importante”, comenta bicampeão do “Festival Internacional LGBTQIA+”

Edição de 2024 será grandiosa, para Eduardo Rossini, capitão do ‘Galáticos’

Fundado nos tempos da pandemia, o Galáticos Volley, de Porto Alegre, venceu o Festival nos dois anos de disputa (Foto Divulgação)

Por Pedro Pereira

Santa Maria será sede, nos dias 22 e 23 de junho, do 3º Festival Internacional LGBTQIA+ de Voleibol. As partidas acontecem no Centro Desportivo Municipal (CDM) e, entre os participantes, o time do Galáticos Volley, de Porto Alegre, chega à cidade com o fardo de brigar pelo tricampeonato consecutivo, como também manter a hegemonia da competição. Nas duas últimas – e únicas – edições, o esquadrão da capital conquistou o título em cima do elenco A da agremiação santa-mariense Viva Vôlei.

Apesar das chuvas que assolaram o Rio Grande do Sul, a equipe pôde se estruturar e cumprir com os planos de fazer parte do torneio no Coração do Rio Grande. Dessa forma, “as expectativas são as melhores possíveis”, conforme conta Eduardo Rossini, levantador, capitão e um dos coordenadores do clube porto-alegrense, que revela: “a gente vai basicamente com a mesma equipe do ano passado. Conseguimos seguir com a nossa base sem perder ninguém”.

Eduardo Rossini é levantador, capitão e um dos coordenadores do Galáticos (Foto Divulgação)

Assim como nas duas primeiras temporadas, a atleta da Superliga, Tiffany Abreu, primeira mulher trans a disputar jogos oficiais na elite do voleibol feminino no Brasil, será “madrinha” do Festival. Segundo o bicampeão pelo Galáticos, a presença da histórica jogadora, combinada à evolução esperada dos adversários de 2023 para este, engrandece o nível da edição deste ano: “certamente será um evento grandioso”.

A competição é realizada justamente no Mês do Orgulho LGBTQIA+ com o propósito de promover a equidade social e o respeito por pessoas que se sentem representadas por alguma letra da sigla. O evento é promovido pelo gestor esportivo Jean-Pierre Ávila e a tabela de jogos, como também o formato do torneio e demais informações, serão divulgados em breve.

Galáticos Volley

Fundada entre 2020 e 2021, a agremiação duas vezes vencedora do Festival surgiu em meio à pandemia a partir de um grupo de amigos que já jogava junto, com o propósito de ser um grupo diverso que competisse em certames Rio Grande do Sul afora. De acordo com Rossini, o time participou de alguns campeonatos em seu ano inaugural e, em certas oportunidades, chegou a conquistar títulos.

Contudo, uma vez que esta base sempre teve amigos héteros por perto, foi decidido que não fossem disputados apenas ligas voltadas para o público LGBTQIA+ mas, também, eventos “abertos”. “Com essa mudança, o elenco do Galáticos cresceu. Atletas de outros estados pediram para jogar conosco. A gente começou a viajar e participar de torneios de nível nacional. Já fomos a São Paulo, Curitiba, Rio de Janeiro, Santa Catarina, entre outros”.

Galáticos Volley, da capital, chega em SM nos dias 22 e 23 para buscar o tri (Foto Divulgação)

Ao todo, em cerca de três anos de existência, são 20 competições com a presença do time de Porto Alegre e 16 pódios alcançados – sendo 14 na 1ª posição. Entretanto, vale destacar que o grupo se junta apenas para jogar determinados campeonatos, visto que cada jogador tem uma equipe primária em que atua normalmente.

Bicampeões do Festival

Nas duas edições já realizadas do Festival, o pódio foi o mesmo: Galáticos com o ouro; Viva Vôlei A com a prata; e Viva Vôlei B com o bronze. Na visão do capitão, porém, os santa-marienses duas vezes vice-campeões devem chegar mais fortes neste ano. Em busca da terceira taça, Rossini elogia a organização do certame: “a gente se sente bem em jogar. O professor Jean pensa nos atletas. Isso faz muita diferença”.

Antes de representar os porto-alegrenses no voleibol, o jogador conta que morou um ano e meio no Coração do Rio Grande e defendia as cores do Clube Dores no handebol. “A nossa estadia em Santa Maria ano passado foi tranquila. A gente conseguiu chegar com mais tempo, aproveitamos a cidade, saímos à noite. Eu particularmente amo a cidade, tenho um carinho muito grande por Santa Maria. O Festival é um torneio que já entrou no nosso calendário anual”, destacou o bicampeão.

Para Rossini, a competição retrata a necessidade de se promover o respeito através da prática esportiva, visto que existem atletas da comunidade LGBTQIA+ que muitas vezes não se sentem à vontade para jogar torneios sem distinção de gênero. Ele ainda ressalta que atletas habilidosos podem acabar se perdendo nesse processo. “No aspecto social, essa inclusão é importante”, relatou.

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