Por Maiquel Rosauro
O segundo semestre de 2024 inicia com a surpreendente notícia de que o tradicional MDB ingressou na coligação liderada pelo Novo à Prefeitura de Santa Maria, uma legenda que jamais disputou uma eleição municipal na cidade. Mas antes de chegar até aqui, o semestre anterior já foi repleto de novidades. E não faltou animação.
Os seis primeiros meses do ano foram agitados, sobretudo, devido ao período de troca de legenda partidária e pelas definições dos pré-candidatos ao Executivo. Abaixo, relembre alguns momentos marcantes dos últimos meses que terão repercussão na campanha eleitoral.
Saída de Paulo Ricardo do PSB
O Site abre a lista com a abrupta saída do vereador Paulo Ricardo Pedroso do PSB. Em 5 de abril, no último dia da janela partidária, ele ingressou no PSD. Até então, o parlamentar não dava nenhum indício que trocaria de legenda, sempre participando das reuniões da agremiação.
Em seu primeiro discurso na Câmara após trocar de partido, em 9 de abril, Paulo Ricardo disse que estava abraçando a novidade. Na sequência, seu ex-colega de bancada, Danclar Rossato (PSB), não citou o nome de Paulo Ricardo, mas disse que lá no lugar de onde ele vem, a Linha Soturno, em Nova Palma, as pessoas têm palavra, caráter e ética.
Nota bombástica do MDB
O MDB largou uma bomba em 16 de março. Naquela data, a legenda tornou público um comunicado – datado de 15 de março – no qual convidava o seu vereador mais combativo, Tubias Callil, a buscar filiação em outro partido.
De certa forma, uma saída de Tubias já era até esperada, uma vez que há tempos ele abraçou o bolsonarismo (tanto é que se filiou ao PL). Mas a nota da legenda, naquele momento, foi um dos momentos mais marcantes do semestre.
Roberta à Prefeitura
O Partido Liberal (PL) surpreendeu, em 14 de junho, quando anunciou a vereadora Roberta Pereira Leitão (PL), presidente municipal da sigla, como pré-candidata à Prefeitura. A legenda tinha no páreo outros três nomes mais conhecidos dos santa-marienses: o pastor Jader Maretoli e os vereadores Tubias Callil e João Ricardo Vargas.
O fato de Roberta ter aceitado o desafio também surpreende, já que, em teoria, por ser um dos principais expoentes do bolsonarismo em Santa Maria, ela não teria dificuldade em se reeleger na Câmara.
Maneco firme no UB
O presidente da Câmara de Vereadores de Santa Maria, Manoel Badke – Maneco (UB), manteve-se firme no União Brasil (UB) mesmo após a legenda ter anunciado o médico José Haidar Farret como pré-candidato a vice-prefeito na chapa liderada por Valdeci Oliveira (PT).
Na sessão da Câmara do dia 9 de abril, pós-fechamento da janela partidária, ele informou que lutará com todas as suas forças para não ver seu partido junto ao PT no pleito de outubro. Também disse que ajudará a coordenar a campanha do Republicanos ao Legislativo, sigla que tem seu filho, Guilherme Badke, como pré-candidato ao Parlamento.
Éramos quatro
A maior bancada da Câmara de Vereadores, do Progressistas, com quatro parlamentares, minguou. Roberta Pereira Leitão e João Ricardo Vargas foram para o PL, enquanto Anita Costabeber se filiou ao Podemos. Para contar a história, só sobrou o presidente municipal da sigla, Pablo Pacheco.
Das três saídas, a mais inesperada, sem dúvida, foi a de João Ricardo Vargas. Ele não estava cotado para trocar de partido, mas deixou o PP com a esperança de ser candidato a prefeito pelo PL. Porém, os planos não saíram conforme o planejado e Roberta foi o nome escolhido para representar a legenda na corrida ao Executivo.
Fantinel, o breve
Apenas 67 dias. Esse foi o tempo que durou a pré-candidatura de Beto Fantinel (MDB) à Prefeitura de Santa Maria. Após um animado lançamento em 27 de março, o secretário estadual de Desenvolvimento Social confirmou, em 2 de junho, que seguiria na pasta. Oficialmente, ele disse que seguiria no posto para não interromper o trabalho de apoio às vítimas de enchentes.
Com a desistência de Fantinel, o MDB não perdeu tempo e anunciou a ex-vereadora Magali Marques da Rocha como pré-candidata à Prefeitura. Ao que tudo indica, Magali será a vice de Giuseppe Riesgo (Novo).
Cida no PDT
A ex-vereadora Cida Brizola jogou um balde de água fria no badalado União Brasil de José Haidar Farret, Marcelo Bisogno e cia quando anunciou, em 28 de março, sua filiação ao PDT. A chegada da ex-presidente da Câmara em 2019 ocorreu durante um chá de mulheres, que contou com a presença da vereadora Luci Duartes – Tia da Moto e do pré-candidato a prefeito Paulo Afonso Burmann.
“Tenho minha origem nas bases trabalhistas pela minha mãe, prima de Leonel Brizola. Enquanto vereadora, fiz um trabalho voltado à educação, quando tratava de projetos de resíduos sólidos, e na saúde com trabalho direto na comunidade. Há tempos já estava sendo convidada para ir para o PDT”, disse Cida ao trocar de legenda.
PSDB e PP juntos
O PSDB e o PP vão repetir, este ano, a vitoriosa dobradinha das eleições de 2016. A notícia surgiu no início do mês passado, quando a professora Lúcia Madruga deixou a Secretaria Municipal de Educação para concorrer nas eleições de outubro.
Filiada ao PP, ela deverá ser a vice na chapa liderada por Rodrigo Decimo (PSDB) ao Executivo. Há oito anos, tucanos e progressistas conquistaram a Prefeitura, respectivamente, com Jorge Pozzobom e Sergio Cechin.
PSDB e PP juntos é a tal geléia geral. Falta de vergonha. Falta de opções.
Cida Brizola entra no PDT pela esquerda. Discurso dela é mais para PSOL. O ‘carteiraço’ com o sobrenome (que ‘deu certo’ para muita gente) só denota o nivel cognitivo.
Fantinel, o Nota de Tres Reais, uma especie de Possochato ‘genérico’ querendo pular etapas. Para o Calça Apertada em SP ‘deu bastante certo’.
Progressistas, o ultimo que sair apaga a luz. Virou pilar da ponte.
Meneco ficou por conta do filho? Tipico da politica nacional, vaga no estamento é hereditaria. O ‘fico sob protestos’ é cascata, obvio.
Como dizem em SP, Roberta Leitão é uma comédia.
MDB mostrou o ‘vies democratico’ e a total acefalia. Estão precisando de GPS para ver se conseguem se encontrar.
Saída de Paulo Ricardo é irrelevante. Tem os proprios votos, é radialista.