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ESPORTE. Obra sobre a história da Maré Vermelha, torcida do Inter-SM, será lançado nesta quarta-feira

Evento será realizado na Feira do Livro, às 15h, na Praça Saldanha Marinho

Por Pedro Pereira / Com imagem de Divulgação

Nesta quarta-feira (4), na 51ª Feira do Livro de Santa Maria, na Praça Saldanha Marinho, será realizado o evento de lançamento da obra “Torcida Organizada Maré Vermelha: uma trajetória de resistência das arquibancadas de Santa Maria”. A produção foi escrita por Eduardo Bortolotti e publicada pela Câmara de Vereadores, através da Lei do Livro de Santa Maria. O evento inicia às 15h e os exemplares podem ser obtidos de forma gratuita.

O livro conta a história da Maré Vermelha, torcida-organizada do Inter de Santa Maria que apoiou o clube das arquibancadas entre 1979 e 1992, formada por pessoas da comunidade LGBTQIA+. A ideia da publicação, segundo o autor, é dar visibilidade ao grupo, que para muitos foi um refúgio em meio ao preconceito, e aos seus integrantes, devido a coragem em simplesmente viver diante do cenário adverso para minorias sociais.

A obra nasceu do Trabalho Final de Graduação (TFG) de Bortolotti no curso de História da Universidade Franciscana (UFN). O escritor relembra que, embora tenha apresentado e se formado em 2021, a pesquisa em si começou em 2015, quando descobriu a existência da torcida-organizada através de um bate-papo com colegas e professores sobre a falta de trabalhos acerca da associação.

Obra foi escrita pelo santa-mariense e historiador formado pela Universidade Franciscana, Eduardo Bortolotti (Foto Divulgação)

Natural de Santa Maria e então graduando, ele passou a investigar a história da Maré Vermelha e, desde 2017, apoia o Inter-SM das arquibancadas do Estádio Presidente Vargas. Para desenvolver o estudo que, neste ano, se tornou livro, a primeira pessoa que o autor foi atrás para tirar suas dúvidas foi Marquita Quevedo, ativista da comunidade LGBTQIA+ na cidade, que fazia parte do grupo. A partir disso, começou a dialogar com outras pessoas envolvidas de alguma forma com o movimento.

Contudo, Bortolotti conta que, em 2020, foi “todo empolgado” para se inscrever para a disciplina do TFG pois queria começar a realmente “botar a mão na massa” e, por conta da pandemia, se tornou refém do distanciamento social. O santa-mariense, que valoriza a oralidade das histórias – ou seja, gostaria de conversar com os indivíduos pessoalmente -, precisou esperar certo tempo para iniciar o processo de entrevistas.

Quando a UFN autorizou o escritor a trabalhar presencialmente no projeto, ele chegou a visitar o arquivo de documentos do Inter-SM mas, em função das péssimas condições de armazenamento, pouca coisa foi útil. Orientado pela professora Janaína Teixeira, o agora torcedor alvirrubro admite que, apesar de cansativo, o esforço valeu a pena: “a Maré não está apagada no tempo. Estou bem satisfeito com isso, mas acho que é só o início. Tem muitas coisas que ainda podem ser feitas sobre a Maré, que merece muito reconhecimento. Surgirão outros projetos sobre a Maré Vermelha”, destacou Bortolotti.

Além do lançamento, nesta quarta-feira, a partir das 19h, o autor irá promover, junto de Marquita, uma roda de conversa sobre a obra e sobre a história da Maré Vermelha. O encontro acontece no Left Rock Bar, que fica localizado na Rua Manuel Ribas, 1991, na Vila Belga. Após a Feira do Livro, o livro será distribuído na Câmara, também gratuitamente.

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