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Interesses humanos e a política: uma reflexão humanista – por Marionaldo Ferreira

Pontes, diálogos produtivos e construção “de uma sociedade mais justa”

Todos os seres humanos têm interesses. É algo inerente à nossa natureza, uma característica que molda nossas relações pessoais, profissionais e, claro, políticas. São esses interesses que impulsionam interações, geram diálogos e constroem vínculos entre as pessoas. Ignorar essa verdade é ignorar a própria essência do ser humano.

Entender que os interesses fazem parte de nossas vidas, e que eles influenciam todas as esferas, é um exercício de compreensão humanista. Somente aqueles que enxergam a política através da lente do humanismo conseguem aceitar e lidar com essa realidade de maneira madura e construtiva. O humanista reconhece os interesses, busca conciliá-los e trabalha para que o bem coletivo seja alcançado, respeitando a dignidade e as necessidades de todos.

Por outro lado, os autointitulados “donos da verdade” operam de maneira diferente. Movidos por um espírito de autoritarismo, eles negam os interesses diversos, impõem uma única visão e ditam o que consideram ser o caminho correto para todos. No fundo, essa postura reflete uma inversão cruel: aqueles que outrora eram oprimidos, quando se veem no poder, muitas vezes reproduzem as mesmas dinâmicas de opressão. É a tirania mascarada de certeza absoluta.

Em um cenário político saudável, o reconhecimento dos interesses humanos é fundamental. Só assim podemos criar pontes, gerar diálogos produtivos e construir uma sociedade mais justa e igualitária. A política que nega os interesses diversos das pessoas, ao contrário, cai no perigoso jogo da imposição, onde a verdade de poucos tenta se sobrepor à verdade de muitos.

Entender a política como uma expressão dos interesses humanos e, acima de tudo, saber lidar com essa realidade, é o que diferencia os humanistas daqueles que buscam controlar e impor. O caminho humanista é o caminho da pluralidade, do respeito e da busca constante por soluções que, de fato, atendam às necessidades de todos.

Essa mensagem ressalta a importância de reconhecer os interesses humanos na política, com um foco no humanismo como uma forma de lidar de maneira construtiva com essa realidade, enquanto critica o autoritarismo disfarçado de “verdade única.”

(*) Marionaldo Ferreira é servidor aposentado da UFSM. Tecnólogo em Processos Gerenciais, Especialista em Administração e Marketing, Psicanalista em formação e  tem, também, MBA em Gestão de Projetos.

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4 Comentários

  1. ‘[…] cai no perigoso jogo da imposição, onde a verdade de poucos tenta se sobrepor à verdade de muitos.’ Segundo o texto pratica dos ‘humanistas’.

  2. ‘ Somente aqueles que enxergam a política através da lente do humanismo conseguem aceitar e lidar com essa realidade de maneira madura e construtiva.’ ‘Por outro lado, os autointitulados “donos da verdade” operam de maneira diferente.’ Olhando daqui parece que os ‘humanistas’ são os ‘donos da verdade’. É dar 5 minutos para um militante de esquerda para ele entrar em contradição.

  3. Comer, beber, dormir, ter um teto, não são interesses, são necessidades. ‘Todos os seres humanos têm interesses.’ Além de ser um chavão, é uma generalização. Pessoas em coma, com doenças neurologicas degenerativas, monges budistas. Todos humanos também.

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