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BASTIDORES. Decimo, Pimenta, Bolsonaro, silêncio de edis e uma constrangedora entrevista do senador

Seminário para o prefeito eleito e as reações ao indiciamento do ex-presidente

Por Maiquel Rosauro

O vice-prefeito e prefeito eleito de Santa Maria, Rodrigo Decimo (PSDB), participou, nesta quinta-feira (21), em Porto Alegre, do Seminário Reconstruindo o Rio Grande do Sul pela Infraestrutura. O público-alvo do evento eram gestores municipais que iniciarão novo mandato a partir de janeiro de 2025.

“O evento trouxe discussões essenciais sobre mobilidade urbana, infraestrutura resiliente e parcerias público-privadas, temas que impactam diretamente o futuro da nossa cidade. Esses momentos de troca são fundamentais para fortalecer as ideias e projetos que levaremos adiante, buscando transformar Santa Maria em um exemplo de desenvolvimento sustentável e eficiente. Seguimos juntos, pensando no melhor para quem vive aqui!”, postou Decimo nas redes sociais.

O seminário pretendia apontar soluções inovadoras e sustentáveis diante dos desafios de retomada do Estado após os impactos do desastre das enchentes. O seminário foi uma iniciativa conjunta do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e do MBA PPP e Concessões da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP).

Perplexidade e indignação

“Uma audácia quase inacreditável, sem qualquer tipo de limite”. Foi assim que o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República, Paulo Pimenta (PT), classificou o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 36 acusados por golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

Na terça-feira (19), a Polícia Federal deflagrou a Operação Contragolpe, que buscava desarticular uma organização criminosa responsável por planejar um golpe de Estado. A investigação apontou a existência de um detalhado plano, chamado Punhal Verde e Amarelo, que seria executado em 15 de novembro de 2022 com intuito de assassinar o então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

“A gente vê com absoluta perplexidade e indignação as informações que foram reveladas pelo inquérito, onde a gente encontra o próprio ex-presidente da República no topo da cadeia de comando da organização criminosa”, disse Pimenta.

O inquérito da Polícia Federal que indiciou Bolsonaro e outros 36 nomes será enviado à Procuradoria-Geral da República (PGR) nos próximos dias. Esse é o primeiro passo que o inquérito vai seguir após chegar ao gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator da investigação.

Caberá ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, no prazo de 15 dias, decidir se Bolsonaro e os demais indiciados serão denunciados ao Supremo pelas acusações. As defesas dos investigados também deverão se manifestar. Devido ao recesso de fim de ano na Corte, que começa no dia 19 de dezembro e termina em 1° de fevereiro de 2025, a expectativa é a de que o julgamento da eventual denúncia da procuradoria ocorra somente em 2025.

Fora da lei

Bolsonaro se manifestou nas redes sociais e criticou Alexandre de Moraes.

“O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, postou o ex-presidente.

Bolsonaro ainda disse esperar seus advogados tomarem conhecimento do indiciamento e que a sua luta terá início na Procuradoria-Geral da República.

Silêncio

As principais lideranças do bolsonarismo em Santa Maria não se manifestaram sobre o indiciamento do ex-presidente. Até a conclusão desta matéria, na noite desta quinta (21), nenhum dos três vereadores do Partido Liberal (PL) havia feito qualquer post em suas redes sociais sobre o assunto.

Constrangedor

Quem falou e concedeu uma entrevista constrangedora foi o senador Luis Carlos Heinze (PP). À Rádio Gaúcha, nesta quinta (21), ele ignorou todas as provas do plano golpista ao tentar defender Bolsonaro, trouxe à tona todo o seu negacionismo em relação às vacinas contra Covid-19, defendeu golpistas presos no 8 de janeiro e ainda disse acreditar que as eleições foram fraudadas (mas apenas para o cargo de presidente, não para senador).

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7 Comentários

  1. É um pouco constrangedor se isso tudo for verdade. Qualquer uma das centenas de facções criminosas que existem no Brasil, fariam esse trabalho sujo sem nenhuma frescura nem trapalhadas.
    Mas ainda acredito que tudo não passa de uma armação descarada da esquerda, desesperadamente buscando uma forma de tirar o Bolsonaro da disputa política de 2026.

  2. quanto a senador Heize, e agora o Mourão está provando que o gaúcho não sabe votar.

    o que esses dois senadores fizeram pelo RS, principalmente nas enchentes.

  3. verdade, o silêncio das lideranças de direita foi porque o golpe foi sentido.

    mas tem outros dois silêncios que me incomoda:
    – a duplicação da faixa nova

    – e a greve da enfermagem no HCAA

  4. Hummm…. Indiciamento do Cavalão era mais do que esperado. Até demorou. Cereja do bolo é a formatação narrativa que estão começando a apresentar, nucleos, parece o powerpoint da Lava a Jato. Outro aspecto, não importa do que são acusados, serão condenados com penas maximas. Talvez um Valdemar da Costa Neto escape porque tem ‘costas quentes’. Para sair o “viu só, não condenamos todos, logo o processo foi correto, técnico’. O resto é circo e narrativa da imprensa cumpanhera.

  5. Não sou liderança bolsonarista, mas me admira muito o site escrever “silêncio”. Não li nada no site sobre as denúncias de assédio moral contra o ex-vereador blattes e sobre o caso de racismo cometido pela militante do PT no segundo turno. Se foi postado, desde já, peço desculpa pelo lapso.

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