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BRASIL. Relembrar para não repetir: evento recorda os 60 anos do golpe que instaurou a Ditadura Militar

Debate contou com grupo de sobreviventes e familiares de vítimas, na UFSM

Evento foi promovido pelo Cálice, grupo de estudos sobre a Ditadura Civil-Militar na Universidade (Foto Daniel De Carli/UFSM)

Por Milene Aparecida Eichelberger / Da Agência de Notícias da UFSM

Encerrou-se na quinta-feira (31) o evento “Como beber dessa bebida amarga? Os 60 anos do Golpe que inaugurou a Ditadura Civil-Militar no Brasil”, promovido pelo Cálice, grupo de estudos sobre a Ditadura Civil-Militar na UFSM. O último dia do evento foi dedicado à memória e resistência ao regime, e teve a participação de sobreviventes e familiares de vítimas da Ditadura Militar. 

Graciela Franzen, Geisa Obetine, Dartagnan Luiz Agostini, Liniane Haag Brum, Lino Brum Filho, Yuri Rosa de Carvalho, Mara Loguércio e João Nascimento da Silva foram os convidados da mesa. Entre anotações, relatórios e depoimentos comoventes, os convidados falaram para um auditório cheio, e destacaram a importância de a Universidade promover tais debates, principalmente em uma data simbólica: seis décadas desde o início da Ditadura Militar. 

Geisa Obetine tinha 23 anos quando a ditadura levou seu pai. Em um relato emocionado, ela destacou o medo que acompanha a força da resistência ao regime: “é uma história que eu nunca mais quero que se repita”. Em tom de crítica, Geisa também pontuou o processo de apagamento da memória da Ditadura Militar no país. “Estamos do jeito que estamos por conta do golpe de 64, não acredito que as pessoas não levem isso em conta na hora de votar”, pontua. 

Antônia Mara Vieira Loguércio foi presa pela primeira vez em 1970 e anistiada em 1979. Na prisão, Mara sofreu torturas morais e psicológicas e contou do medo que sentia na época: “na prisão, sempre corria o risco da gente não amanhecer”. Para os acadêmicos presentes, Mara ainda destacou a importância de estudar a ditadura levando em conta os anos antes de 1964, o contexto anterior ao golpe. 

João Nascimento destacou o uso da imprensa pela ditadura, a corrupção do período e a falsa narrativa dos “anos dourados”. Graciela Franzen, uma das vítimas da Ditadura Militar Argentina, foi presa, torturada e exilada. Em sua fala, ela destacou a importância da memória e a necessidade de lembrar os horrores da ditadura, para que não se repitam. 

O evento contou com a participação de alunos do ensino médio de Santa Maria e acadêmicos de diversas áreas. As falas instigaram o debate e reflexão entre os presentes.

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Um Comentário

  1. Existe um filme chamado ‘Os fantasmas se divertem’. No caso os quase-fantasmas se divertem. Imagem fechada na fotografia para não aparecer que tinha muito lugar sobrando. Série malandragens jornalisticas.

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