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BRASÍLIA. PEC pelo fim da escala 6×1 já chega a 134 assinaturas. Assunto repercute na política de SM

Assunto é um dos mais comentados nas redes sociais de internet Brasil afora

Por Maiquel Rosauro

A futura Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que busca acabar com a escala de seis dias de trabalho e um de descanso (6×1) alcançou, na noite desta segunda-feira (11), 134 das 171 necessárias para tramitar no Congresso. A iniciativa é da deputada federal Érika Hilton (PSol-SP). O assunto é um dos mais comentados das redes sociais nos últimos dias, repercutindo entre políticos de Santa Maria.

A proposta de Erika nasceu de uma mobilização do Movimento Vida Além do Trabalho (VAT), liderado pelo vereador eleito Rick Azevedo (PSol-RJ). Até a noite desta segunda (11), a petição pública já tinha sido assinada por mais de 1,8 milhão de pessoas. Seu objetivo é pressionar a Câmara dos Deputados a revisar a escala.

“É de conhecimento geral que a jornada de trabalho no Brasil frequentemente ultrapassa os limites razoáveis, com a escala de trabalho 6×1 sendo uma das principais causas de exaustão física e mental dos trabalhadores. A carga horária abusiva imposta por essa escala de trabalho afeta negativamente a qualidade de vida dos empregados, comprometendo sua saúde, bem-estar e relações familiares”, diz trecho da petição.

O texto de Erika – que necessita da assinatura de, no mínimo, 171 dos 513 deputados federais para tramitar no Congresso – muda o inciso XIII do artigo 7º da Constituição Federal, determinando a duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e 36 horas semanais, com jornada de trabalho de quatro dias por semana, facultada a compensação de horários e a redução de jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho.

Atualmente, a Constituição determina uma jornada não superior a oito horas diárias e 44 semanais. Na prática, se aprovada, a iniciativa abre a possibilidade para uma escala 4×3.

“É verdade que algumas categorias já conquistaram a redução da jornada de trabalho por meio da negociação coletiva. Em muitas outras categorias, a redução da jornada de trabalho incorporou-se definitivamente às pautas de reivindicações, como demonstra a adesão dos trabalhadores ao Movimento “Vida Além do Trabalho”. No entanto, o momento é o de transformar as garantias conquistadas por determinadas categorias profissionais em direito para todos os trabalhadores brasileiros, especialmente, requerendo o fim da escala 6×1 e adoção da jornada de 4 dias no Brasil. A situação atual explicita que é o momento de mais uma mudança na legislação, mas agora em favor dos trabalhadores, empregados e desempregados, que é a redução da jornada de trabalho sem redução de salário”, diz trecho da justificativa.

Nas redes sociais, a vereadora eleita pelo PSol, em Santa Maria, Alice Carvalho, destacou que é importante pressionar os deputados pela aprovação da PEC, uma vez que não trata apenas de direitos, mas de saúde mental e dignidade.

A vereadora Roberta Leitão (PL), por sua vez, postou que essa é uma solução simplista e irreal, que não resolve os problemas da vida do trabalhador. “É uma tentativa desonesta e desesperada de cooptar mais uma vez a classe trabalhadora que acordou!”, publicou a parlamentar.

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3 Comentários

  1. “Especialistas’ não identificados afirmam que ‘melhora a produtividade’. Até parece que com redução de horas trabalhadas brasileiros vão fazer algo a mais ou melhor. Na Alemanha a jornada é de 36 a 40 horas semanais, cinco dias por semana. Só que o Brasil não vai virar Alemanha com base no canetaço. Obvio. Alas, muitos lugares adotam o 5×2, pessoal trabalha 48 minutos a mais durante a semana para não trabalhar meio expediente no sabado. Alas, existe o tal banco de horas ainda por cima.

  2. Bom observar o erro de redação. Oito horas diarias não podendo ser superadas, quatro dias por semana, são 32 horas. Falta para 36 horas. Nesta hora os/as imbecis vão dizer que é para ‘negociar’, ou seja, teatrinho para debiloides.

  3. A deputada que propos nunca teve carteira assinada, saiu do movimento estudantil para a politica. Olhando daqui é um factoide criado pela militancia nas redes sociais e abraçado pela grande midia. Tirou a eleição do Laranjão da pauta e tambem as brigas pelo orçamento.

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