IGREJA. Dom Leomar proíbe comercialização de bebidas alcoólicas em todos os eventos católicos
Leia a íntegra do documento que oficializa a medida. E bailes seguem vetados
Por Maiquel Rosauro
A Arquidiocese de Santa Maria divulgou, nesta segunda-feira (18), um documento reafirmando a proibição de bailes em festas dos padroeiro a partir do ano jubileu de 2025. Além disso, a nota oficial veda a comercialização de bebidas alcoólicas em todos os eventos da Igreja Católica. O comunicado, datado de 16 de novembro, é assinado pelo arcebispo Dom Leomar Brustolin e pelo chanceler da Cúria, padre Junior Lago.
O ano jubilar, realizado normalmente a cada 25 anos, é período especial de celebração durante o qual são concedidas indulgências e realizadas práticas religiosas específicas pela Igreja. O objetivo, em 2025, é estimular iniciativas que promovam a “esperança”, que será o tema do ano santo para os católicos.
“A mais contundente será a postura de toda a nossa Arquidiocese neste Ano Santo em não promover ‘reuniões dançantes’ nas festas dos padroeiros das comunidades, bem como a não comercialização de bebidas alcoólicas em todos os eventos da Igreja Católica. Apontando, com isso, que uma nova forma de celebração e valorização da vida é possível e, de modo algum, inclui práticas que destruam a família e a dignidade humana”, diz trecho da nota.
No início do mês, os padres da Arquidiocese divulgaram uma nota de apoio a Dom Leomar. Na ocasião, havia repercutido nas redes sociais trecho de uma homilia na qual o religioso havia criticado as “músicas bagaceiras” das reuniões dançantes promovidas pelas paróquias.
Abaixo, leia na íntegra o comunicado divulgado pela Arquidiocese de Santa Maria.
Nota Oficial do Arcebispo Metropolitano de Santa Maria referente ao Jubileu de 2025
“Aos Presbíteros, Diáconos, Religiosos e Religiosas, Cristãos Leigos e Leigas de nossa Arquidiocese de Santa Maria, aos quais estimamos com paternal consideração
O próximo Ano Jubilar na Igreja Católica será um importante momento de celebração da Graça e da Misericórdia de Deus, pois, se trata dos 2025 anos do nascimento de Nosso Deus e Senhor Jesus Cristo. Por isso, convocamos a todos os irmãos e irmãs, em Cristo, a se prepararem adequadamente para esta ocasião singular.
A celebração dos Jubileus ao longo da História da Igreja sempre marcou profundamente a caminhada cristã, especialmente renovando a moral e os bons costumes. Os jubileus sempre aconteceram dentro da história humana e, por isso, brilharam com especial fulgor justamente quando, ao “proclamar o Ano da Graça do Senhor” (Is 61,1; Lc 4,19), exortaram aos fiéis católicos a “remover o vosso modo de vida anterior – o homem velho, que se corrompe ao sabor das concupiscências enganosas – e a renovar-vos pela transformação espiritual da vossa mente e revestir-vos do Homem Novo, criado segundo Deus, na justiça e santidade da verdade” (Ef 4,22-24). A celebração jubilosa de um Ano Santo estende-se para toda a Igreja Católica, desde Roma até a mais humilde das capelas, na qual os fiéis se reúnem devotamente para celebrar a Palavra e a Eucaristia. O Jubileu é o tempo da Graça (Kairós) que é celebrado no tempo da história (Kronos), favorecendo o encontro com “Cristo ontem e hoje, princípio e fim, alfa e ômega. A Ele o tempo e a eternidade, a glória e o poder, pelos séculos sem fim. Amém”.
O tema deste Ano Santo é a Esperança, por isso, o pedido de nosso Sumo Pontífice, o Papa Francisco, para que neste Jubileu de 2025 sejamos todos “peregrinos de esperança”, recordando-nos assim que “a esperança não decepciona”. Recomendamos a todos a leitura da Bula do Jubileu, Spes non confundir, onde o Papa apresenta os motivos da escolha deste tema. Citamos apenas a conclusão: “Portanto, o próximo Jubileu há de ser um Ano Santo caracterizado pela esperança que não conhece ocaso, a esperança em Deus. Que nos ajude também a reencontrar a confiança necessária, tanto na Igreja como na sociedade, no relacionamento interpessoal, nas relações internacionais, na promoção da dignidade de cada pessoa e no respeito pela criação. Que o testemunho crente seja fermento de esperança genuína no mundo, anúncio de novos céus e nova terra (2Pd 3,13), onde habite a justiça e a harmonia entre os povos, visando a realização da promessa do Senhor”.
Este Jubileu, segundo o Papa Francisco, deve ser celebrado não apenas em Roma, mas em todas as dioceses no mundo. Na Cidade Eterna, o Papa fará a Abertura da Porta Santa da Basílica de São Pedro, na noite do Natal de 2024 e o encerramento será no dia 28 de dezembro de 2025. Em cada diocese, conforme as circunstâncias locais, o Jubileu deve ter início no dia 29 de dezembro de 2024, festa da Sagrada Família e findar no dia 28 de dezembro de 2025.
Em nossa Arquidiocese de Santa Maria, ouvindo os Conselhos Presbiteral e de Pastoral, faremos o início do Jubileu no dia 29 de dezembro de 2024, às 16h, em nossa Catedral Metropolitana, antecedido por uma peregrinação que partirá da Paróquia do Bom Fim, às 15h, até a Catedral. Todas as paróquias deverão ter representantes nessa celebração inaugural, manifestando a comunhão e a sinodalidade de nossa Igreja local.
Ao longo de 2025, acontecerão em nossa Arquidiocese as iniciativas do Jubileu, propostas na Bula papal, envolvendo as paróquias, comunidades religiosas, pastorais e outras organizações e expressões da vida eclesial e social. Como é da natureza de um Ano Jubilar, a pregação, a celebração da misericórdia de Deus, do perdão e da reconciliação serão eventos centrais da celebração deste Jubileu de 2025. Já iniciamos a preparação deste momento ímpar com a 81ª Romaria Estadual da Medianeira, desde a Trezena Móvel, com a pregação e a impetração desse sentimento de esperança e de confiança em Nosso Deus e Senhor Jesus Cristo.
Designamos o Santuário Basílica Nossa Senhora Medianeira, para que, depois de nossa Catedral Metropolitana, seja a igreja onde se celebre os jubileus ao longo do Ano Jubilar. As peregrinações, as confissões, as celebrações eucarísticas e a indulgência plenária do Jubileu serão ali celebradas com todo o zelo e a devoção exigidos para a aquisição dos bens jubilares. Divulgaremos em tempo o cronograma das peregrinações e celebrações.
Conforme a Bula, em cada celebração jubilar, muitas iniciativas que mostrem sinais de esperança, inclusive as já realizadas, serão promovidas e estimuladas. A mais contundente será a postura de toda a nossa Arquidiocese neste Ano Santo em não promover ‘reuniões dançantes’ nas festas dos padroeiros das comunidades, bem como a não comercialização de bebidas alcoólicas em todos os eventos da Igreja Católica. Apontando, com isso, que uma nova forma de celebração e valorização da vida é possível e, de modo algum, inclui práticas que destruam a família e a dignidade humana.
Cada paróquia deverá preparar os seus peregrinos, organizando abundantes celebrações penitenciais e fomentando sobremaneira a Formação Discipular, a saber, grupos de cristãos que se reúnem para ouvir e partilhar a Palavra de Deus em seus ambientes e com seus pares. Esta, por sua vez, será a grande meta deste Jubileu em nossa Arquidiocese, formar pequenas comunidades que possam cultivar a verdadeira fé da Igreja Católica, ouvindo a Palavra de Deus, orientados pelo ensinamento dos apóstolos e seus legítimos sucessores, unidos em um só coração, fortalecidos pela comunhão fraterna e pela vida de oração, como aponta At 2,42.
A participação nas celebrações jubilares não deveria ser apenas ‘por representação’, com poucas pessoas, mas devem ocorrer ao Jubileu o maior número possível de fiéis. O Ano Santo é um tempo de graças especiais para todo o povo, portanto, que ninguém se sinta excluído de participar, antes, está vivamente convidado!
Os sinais visíveis do jubileu são: a peregrinação, a confissão, a celebração eucarística, a profissão de fé e a indulgência. Somam-se a estes, alguns símbolos que lembrarão a todos os fiéis que estamos em Ano Jubilar: a Cruz Arquiepiscopal, em destaque na Basílica e na Catedral e a vela com a “chama vida da esperança”, que será distribuída a todas as paróquias do dia da abertura do Jubileu.
Desejamos ardentemente que este Jubileu seja verdadeiramente um “ano da graça do Senhor” e um despertar de todos os cristãos para o verdadeiro seguimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, que a 2025 anos, encarnou-se por nós homens e para nossa salvação, habitou entre nós proclamando a nova evangelização aos pobres, a libertação aos presos, a recuperação da vista aos cegos e a liberdade aos oprimidos.”
Dom Leomar Antônio Brustolin
Arcebispo Metropolitano de Santa Maria
Pe. Junior Lago
Chanceler da Cúria
Outro grande misterio, o que tem a ver bebida alcoolica e baile com religião.
Ele veio para Santa Maria e a primeira atitude que fez foi transferir a Irmã Lourdes Dill para o Maranhão, que hoje está brilhando na África do Sul para atender os comerciantes locais e terminar com o Projeo Esperança/Cooesperança e o legado de Dom Ivo Louschaster. Agora como Ditador, não vai lá no interior de São Martinho da Serra ou Dilermando de Aguiar ouvir o que os coordenadores das capelas tem a falar sobre manter uma comunidade de igreja católica que tem que pagar as missas dos padres, pagar energia elétrica, fazer novas obras, reformas e manutenção, que não é fácil. No interior de Dilermando de Aguiar tem localidades que fecharam as portas e vão entregar a chave para ele. Um absurdo! Sou católico desde que nasci e hoje vejo esse tipo de líder religioso ajudando a crescer as igrejas evangélicas. Ele é declaradamente contra as Cebes e a Teologia da Libertação.