Por Claudemir Pereira (texto e foto) / Editor do Site
Logo após a convenção municipal, na segunda passada, dia 2, o site encaminhou ao presidente local do PDT, Paulo Burmann, um conjunto de cinco perguntas. Duas foram publicadas na coluna do editor no Diário de Santa Maria, neste sábado.
Nas respostas, o dirigente expôs a disposição de, se for o caso, contribuir com o governo municipal eleito, além de ter opinado sobre uma possível federação a ser criada, envolvendo também o PSB e o PDT. Para conferir exatamente o que disse Burmann, clique AQUI.
A seguir você confere as perguntas e as respectivas repostas às outras três questões postas ao líder pedetista de Santa Maria. Acompanhe:
Claudemir Pereira – Pode fazer uma avaliação sucinta do resultado da eleição, do ponto de vista do PDT?
Paulo Burmann – O PDT, mesmo numa fase de reconstrução se colocou com um real plano municipal de desenvolvimento para Santa Maria, diante de um cenário político de figurinhas carimbadas por décadas de uma política fisiologista e antidesenvolvimentista. A proposta é de desenvolvimento econômico e humano num município com extremas desigualdades.
É verdade que não consegui levar esta mensagem ao povo de Santa Maria, pela estrutura partidária, pela competência política e por fatores outros.
Mas precisamos ter claro que os detentores do poder político, econômico e midiático não fizeram cerimônia. Basta relembrar as campanhas em 2024. Muita gente deve ter visto o volume das campanhas nas ruas. Quanto se imagina, por exemplo que custa instalar e remover mais de 3 mil “Wind banners” das ruas todos os dias? Qual o custo de manter um numeroso exército de contratados por mais de sessenta dias nas esquinas da cidade? Os gabinetes dos detentores do poder, do executivo ao legislativo, deveriam ser honestos e se reportarem ao judiciário com seriedade. Gabinetes inteiros, às custas do dinheiro público a rodo sempre fazem a diferença. E muita diferença.
Afora estes aspectos, é preciso considerar esta loucura de anti isto ou anti aquilo, onde princípios, ética e compromisso com o povo, há muito se perderam pelo caminho tortuoso da desastrosa luta do poder pelo poder.
Pode ser utopia, sonho ou devaneio, mas os princípios do trabalhismo, as opções que fizemos e os meios que usamos nesta eleição, apesar de não terem alcançado o êxito desejado, que reverteria em bem estar e melhor qualidade de vida ao povo de Santa Maria, ainda serão lembrados como uma chance de prosperidade perdida em 2024.
CP – Como o senhor vê o partido em Santa Maria, hoje, especialmente a partir da convenção?
PB – Um partido político dever ser tratado como uma instituição democrática com objetivo de discutir, propor e disputar o poder para transformar a realidade de um povo, completamente comprometido com os interesses da coletividade. É assim que estamos tratando o PDT. Plantando sementes para a colheita a ser feita pela população santa-mariense.
A convenção do PDT, que há 15 anos não acontecia, amplia a participação dos trabalhistas e oferece oportunidade para que mais e mais pessoas se agreguem a esta causa com responsabilidade sobre o presente e sobre o futuro das nossas crianças e dos nossos jovens. A educação, o trabalho, a moradia e a renda digna no caminho da prosperidade. Temos um longo caminho a percorrer, mas ele é seguro e vai surpreender positivamente.
CP – O que não foi perguntado e o senhor gostaria de falar?
PB – Acho que prá esta hora está de bom tamanho. Mais um aspecto que oportunamente gostaria de abordar – falei num debate sobre isto.
Para ser candidato, um servidor público precisa se afastar da sua função três meses antes da eleição. Por que os servidores públicos eleitos – sim, os eleitos também são servidores públicos (ou deveriam ser), podem se manter nos mandatos sem a necessidade de se licenciarem? Estes sim usam de toda a potência e influências dos seus gabinetes.
É legal, mas do ponto de vista da ética e do equilíbrio da disputa é de uma injustiça sem igual. E assim se perpetuam os espaços de poder. Quem tem coragem de mudar esta situação? Da mesma forma que a festa das emendas parlamentares – corrupção oficial a céu aberto (ou seria a inferno aberto?). Quem tem coragem de mudar ou, minimante, de questionar nos espaços de decisão? É o ferrolho do poder, meu caro.
‘Um partido político dever ser tratado como uma instituição democrática […]’. Kuakuakuakuakuakua ! Diz quem acabou com o vestibular da UFSM de supetão para seguir orientação do governo petista. Quem não conhece que compra.
Desenvolvimento economico é algo muito falado e pouco praticado. Aldeia vive de anuncios ‘bala de prata’. Arranjos produtivos locais, plano estrategico, ESA que não veio (cidade ficou em terceiro lugar e vendem que não ganhou por motivos politicos) e, por ultimo, Distrito Empulhativo. Cidade é dominado pelas patotinhas e tem causidicos(as), ‘intelectuais’ de esquerda e picaretas demais para ir adiante. Unica coisa certa é a decadencia.
‘Desenvolvimentismo’ municipal sem orçamento é algo para ser visto.