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CORSAN. Municipalização da água, cobranças em Itaara e reintegração dos funcionários demitidos 

Prefeito de Santa Cruz do Sul estuda romper o contrato com a empresa

Lideranças de Santa Cruz do Sul fizeram fortes cobranças à direção da Corsan, em reunião na sexta-feira (17). Foto Clarissa Gomes / Prefeitura de Santa Cruz do Sul

Por Maiquel Rosauro

Enquanto em Santa Maria o Poder Legislativo tomou à frente das ações relativas à falta d’água, em Santa Cruz do Sul o prefeito Sergio Moraes (PL) está cogitando a municipalização da água, caso a Corsan não cumpra a promessa de melhorias no serviço.

Na sexta-feira (17), o chefe do Executivo esteve reunido com a presidente do Consórcio Aegea/Corsan, Samanta Takimi, além de outras lideranças do município do Vale do Rio Pardo.

“O antigo governo tinha compromisso com a Corsan, eu tenho com o povo. Se caso não andar na velocidade que a população precisa, nós vamos municipalizar a água, revogar o contrato e discutir na Justiça o que tem que ser feito”, disse Moraes em matéria publicada pelo site Gaz

De acordo com o site Central Santa Cruz, Samanta comprometeu-se em tomar providências. 

“Foi uma conversa propositiva. O nosso compromisso é que vamos entregar mais. O atraso nas ligações novas de água vai ser resolvido. O serviço de repavimentação também estamos resolvendo, pois recentemente trocamos a empresa que presta este serviço, e vamos avaliar a possibilidade de criar um ponto de ouvidoria, que é algo que pode nos aproximar da população”, disse Samanta.

Já o Portal Arauto destacou que a presidente prometeu reuniões quinzenais para acompanhar ponto a ponto as demandas da população santa-cruzense.

Irritado
No Instagram, o prefeito Sergio Moraes demonstrou que está irritado com os serviços da Corsan. Ele postou um trecho da reunião onde cobra a empresa e diz que, até aquele momento, não ouviu dos representantes da Corsan que o problema de desabastecimento seria resolvido.

Itaara
Quem também está na fila dos descontentes com a Corsan é o prefeito de Itaara, Sandro Ferigollo (PT). Em pleno domingo (19), ele divulgou uma nota informativa relatando que entrou em contato com o responsável pela relação institucional da empresa, André  Finamor, para tratar sobre a interrupção no abastecimento, sobretudo, nos finais de semana.

Conforme a nota, Finamor se propôs a tomar providências, prestar esclarecimentos e disponibilizar números de telefone (0800 e um WhatsApp) para a população entrar em contato com a empresa. Além disso, o representante da empresa se comprometeu em visitar Itaara nos próximos dias para tratar do serviço.

Demitidos
A deputada estadual Luciana Genro (PT) encaminhou um ofício à presidente do Consórcio Aegea/Corsan, Samanta Takimi, questionando-a sobre o desligamento de centenas de servidores que, após os 18 meses de estabilidade negociados a posterior privatização da empresa, foram demitidos. 

“Apesar da manifestação da empresa de que as demissões não significam a redução de equipes, é perceptível à população que a falta de funcionários prejudica a prestação de serviços nas cidades onde os desligamentos aconteceram”, diz Luciana.

A parlamentar cita o caso de Santa Maria, onde o desabastecimento tem sido constante. Ela também aponta uma possível carência no quadro de funcionários da empresa atuando no município.

“Na cidade de Santa Maria, por exemplo, relatos apontam que a falta de água é diária em algumas regiões da cidade e que os reparos demoram excessivamente a ocorrer. Em dias quentes, a situação torna-se ainda pior, trazendo prejuízos para o dia a dia dos moradores. De acordo com o informado, hoje são apenas três funcionários no setor responsável pelas redes de distribuição de água, sendo que antes das demissões eram cerca de 200 que atendiam o município”, disse a parlamentar. 

No documento encaminhado à Corsan, Luciana solicitou a reconsideração por parte da empresa da dispensa dos especialistas que, com anos de experiência no atendimento às demandas da sua região, poderiam reverter o quadro de atrasos. 

A petista também reivindicou que a empresa informe o número de funcionários ativos no início do processo de privatização e agora, indicando os cargos, municípios que atuam e setor. Ela também questiona, entre outras coisas, a distribuição de técnicos para os diferentes municípios gaúchos e a quantidade antes das demissões e após o planejamento da reestruturação.

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