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CÂMARA. Admar, Vargas e Tubias votam contra moção de congratulação ao filme Ainda Estou Aqui

Edil João Ricardo Vargas defendeu anistia para os golpistas do “8 de Janeiro”

Foram 14 votos favoráveis e três contrários à proposta de Helen Cabral (PT) e Sérgio Cechin (PP) (Imagem TV Câmara/Reprodução)

Por Maiquel Rosauro

Os vereadores de Santa Maria, Helen Cabral (PT) e Sérgio Cechin (PP), defenderam uma moção de congratulações ao filme brasileiro “Ainda Estou Aqui”, na sessão plenária desta terça-feira (11), em razão do recebimento do Oscar de Melhor Filme Internacional e pelas indicações ao Oscar de Melhor Filme e de Melhor Atriz à Fernanda Montenegro. A iniciativa recebeu 14 votos favoráveis e três contrários.

“A história da Família Paiva, retratada no filme Ainda Estou Aqui, é um exemplo trágico dos impactos da Ditadura Militar sobre a vida de milhares de brasileiros e brasileiras. A repressão política não se limitou ao desaparecimento físico de Rubens (Paiva), mas deixou marcas profundas. A Família Paiva viveu anos de angústia, incerteza e luto pela perda de Rubens”, disse Helen na defesa da moção.

Na sequência, o vereador João Ricardo Vargas (PL) fez o uso do espaço de defesa contrário à moção para debater sobre o que ele chamou de “bengala ideológica”. Ele defendeu a anistia aos bolsonaristas radicais que tentaram aplicar um golpe de estado em 8 de janeiro de 2023.

“Justiça e direitos humanos para uma senhora que colocou um batom e que foi condenada a 17 anos de cadeia. Onde está a justiça neste país? Que filme é esse? O que estão querendo fazer hoje com esse país?”, questionou Vargas.

O parlamentar se refere à Débora Rodrigues dos Santos, autora da pichação “Perdeu, mané”, na estátua “A Justiça”, que fica em frente à sede do Supremo Tribunal Federal (STF). Contudo, o vereador erra quando alega que Débora foi condenada a 17 anos de prisão. Ela é ré, mas ainda sem julgamento que a condene ou absolva. Na próxima segunda-feira (17), ela completará dois anos em prisão preventiva.

Em votação nominal solicitada por Helen, apenas Vargas, Tubias Callil (PL) e o presidente da Casa, Admar Pozzobom (PSDB), votaram de forma contrária.

Em sua justificativa, Tubias disse que votou contrário porque essa é uma pauta de esquerda.

Cechin, por sua vez, disse que essa não era uma pauta de esquerda ou direita.

“Estamos reconhecendo aqui o mérito artístico e cultural de um filme brasileiro que com esforço próprio, e sem dinheiro do governo, alcançou um feito histórico”, disse Cechin,

Admar Pozzobom não justificou seu voto.

Abaixo, confira como os vereadores votaram

Admar Pozzobom (PSDB) – Contrário

Adelar Vargas (MDB) – Em viagem autorizada

Alexandre Vargas (Republicanos) – Em viagem autorizada

Alice Carvalho (PSol) – A favor

João Ricardo Vargas (PL) – Contrário

Givago Ribeiro (PSDB) – A favor

Guilherme Badke (Republicanos) – Em viagem autorizada

Helen Cabral (PT) – A favor

Lorenzo Pichinin (PSDB) – A favor

Luiz Carlos Fort (PP) – A favor

Luiz Fernando Lemos (PDT) – A favor

Luiz Roberto Meneghetti (Novo) – A favor

Marcelo Bisogno (UB) – A favor

Marina Callegaro (PT) – A favor

Rudinei Rodrigues (MDB) – A favor

Sergio Cechin (PP) – A favor

Sidinei Cardoso (PT) – A favor

Tony Oliveira – Em atestado médico

Tubias Callil (PL) – Contrário

Valdir Oliveira (PT) – A favor

Werner Rempel (PCdoB) – A favor

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