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Do centro do RS para o mundo: a Quarta Colônia no protagonismo turístico – por Luís Henrique Kittel

“E Agudo está pronto para dar boas-vindas a esse novo ciclo de prosperidade”

Enquanto na Serra Gaúcha e no litoral, muitas pessoas enfrentam a superlotação, uma nova joia começa a brilhar no mapa turístico do Rio Grande do Sul: a Quarta Colônia. Reconhecida pela Unesco como Geoparque, essa região rica em história, cultura e belezas naturais começa a atrair olhares – inclusive das grandes operadoras de turismo do Brasil.

O turismo regional tem se mostrado uma das mais promissoras estratégias de desenvolvimento econômico e social. Na nossa região, a Quarta Colônia de Imigração Italiana desponta como um verdadeiro poder turístico e econômico, que vem ganhando cada vez mais protagonismo no cenário estadual e nacional.

Considero dois fatores principais que potencializaram essa ascensão recente. Primeiro, a própria pandemia da Covid-19, que fez com que as pessoas passassem a valorizar os destinos próximos, redescobrindo o que está ao seu redor. Segundo, o reconhecimento da Quarta Colônia pela Unesco como território de Geoparque, o que chancela a riqueza natural, cultural e geológica da região como única do mundo.

Esse novo momento abre um horizonte promissor: a Quarta Colônia tem potencial para se consolidar, nos próximos anos, como uma região próspera e reconhecida, moldada nos mesmos padrões de sucesso da Serra Gaúcha. Prova disso é a recente inclusão da Quarta Colônia em roteiros turísticos promovidos pela CVC Viagens, uma das maiores empresas do ramo, colocando a região no radar de visitantes de todo o país.

Terra do Moranguinho e da Cuca e Berço dos Dinossauros

Dentro desse cenário de crescimento, Agudo se destaca como uma das principais portas de entrada da Quarta Colônia e do turismo regional. A cidade, que carrega forte influência da colonização alemã – em meio a um reduto predominantemente italiano -, se apresenta como um destino acolhedor e diverso, fortalecendo ainda mais o turismo regional.

Hoje, Agudo já conta com duas rotas consolidadas: a Caminhos da Pommern Serra e a Rota Jacuí. Ambas oferecem ao visitante a oportunidade de explorar belezas naturais, conhecer propriedades rurais, experimentar a gastronomia local e vivenciar a história da colonização. Além disso, o município é conhecido como Terra do Moranguinho e da Cuca, com festas tradicionais que celebram a produção agrícola e a cultura local, atraindo turistas de toda a região.

Ainda, o município carrega o título de Berço dos Dinossauros, graças aos seus sítios fossilíferos de relevância internacional, o que amplia ainda mais as possibilidades de roteiros turísticos e educacionais voltados à paleontologia e à ciência.

O empreendedor local precisa de apoio, não de obstáculos

Mas é impossível falar em turismo de verdade sem olhar para o que sustenta essa engrenagem: infraestrutura e investimento. Não se faz turismo só com paisagem bonita – é preciso estrada boa, sinalização, internet funcionando e, acima de tudo, menos burocracia para quem quer empreender e acreditar na região.

O turista não quer atolar no barro nem se perder no caminho. E o empreendedor local precisa de apoio, não de obstáculos. Por isso, é urgente que o Governo do Estado reconheça a Quarta Colônia como a potência que ela é – e invista pesado para transformar essa vocação turística em desenvolvimento real, sustentável e próspero para todos.

A Quarta Colônia tem tudo para se tornar uma referência no turismo regional, gerando emprego, renda e qualidade de vida para sua população. E Agudo, com sua história, cultura e hospitalidade, está pronto para dar boas-vindas a esse novo ciclo de prosperidade.

(*) Luís Henrique Kittel, 39 anos, é jornalista formado pela então Unifra, atual UFN). É prefeito reeleito do município de Agudo (o único do PL na região), foi vice-presidente do Consórcio de Desenvolvimento Sustentável da Quarta Colônia e atualmente é vice-presidente da Associação dos Municípios da Região Central (AM Centro). Ele escreve no site às quintas-feiras.

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2 Comentários

  1. Sim e não. Turismo tem uma competição intrinseca. Colonização alemã no centro do pais lembra Blumenau. Que fica a 50 minutos do aeroporto de Navegantes. Viajar só para ver pedras é coisa muito nichada. Há que ter mais atrações. Gastronomia tem que ser bastante qualificada para ser atrativo. Faculdade Meneghetti tem o curso, bacharelado que já é um diferencial. Normalmente oferecem tecnologo.

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