
Por Paulo André Dutra (texto e foto) / Da Assessoria de Comunicação do Sinprosm
Não houve cadeiras suficientes no auditório da Escola Municipal de Aprendizagem Industrial (EMAI) na noite desta quinta-feira (13) para os professores presentes na assembleia geral extraordinária convocada pelo Sindicato dos Professores Municipais de Santa Maria. A estratégia de mobilização aprovada, com diferentes itens, carrega um recado claro: os professores municipais não aceitarão perder direitos.
O tom das manifestações durante o encontro, tanto da coordenação quanto da categoria, é de indignação frente à situação em que se encontra a previdência municipal, causada pela omissão de diferentes gestões municipais e tratada, agora, como inevitável pela gestão de Rodrigo Decimo e Lúcia Madruga. “Qual é a melhor estratégia para justificar uma reforma do que esticar a corda ao máximo, para deixar a situação insustentável? Essa conta não é nossa”, resume a coordenadora de Comunicação e Formação Sindical, Celma Pietczak.
A categoria registrará no 1º de abril, Dia da Mentira, as promessas eleitorais e a crise previdenciária. Haverá paralisação geral na data, acompanhada de atividades de rua e nas comunidades escolares. Dentre as propostas aprovadas, constam boicotes a atividades não obrigatórias, campanhas de divulgação e ações na Câmara de Vereadores, como o uso da tribuna livre.
Assembleia
Com cerca de 200 professores presentes, a assembleia começou com a apresentação das ações desenvolvidas desde o início do ano pela coordenação, dentre elas as reuniões com o prefeito em fevereiro, com a presidência dos Ipassp-SM e com a Secretaria Municipal de Educação para tratar de questões para o início do ano letivo.
O trecho que exigiu mais esclarecimentos e debates tratou da formação do Conselho Consultivo da Reforma da Previdência, realizado nesta quarta-feira (12) no gabinete do prefeito Rodrigo Decimo. Composto também por Sindicato dos Municipários, Instituto de Previdência dos Servidores Públicos (Ipassp-SM) e Câmara de Vereadores, o órgão não tem função deliberativa.
“Ele dá um verniz de diálogo e democracia, mas na verdade não tem poder de decisão nenhum. Participaremos ativamente, levando nossa posição. Mas três pessoas representando a categoria na mesa não dizem tanto quanto mil professores manifestando em frente à Prefeitura”, pontua a coordenadora de Organização e Patrimônio, Juliana Moreira.
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