
Por Paulo André Dutra (texto e fotos) / Da Assessoria de Comunicação do Sinprosm (*)
Em dois atos, durante esta terça-feira (1), o funcionalismo público municipal de Santa Maria demonstrou força de mobilização para enfrentar os desafios da reforma previdenciária em gestação pelo governo municipal. O movimento unificado dos Sindicato dos Professores Municipais e Sindicato dos Municipários mudou a dinâmica do centro da cidade durante o dia de paralisação.
Pela manhã, a concentração na Praça Saldanha Marinho começou cedo, identificados com a camiseta dos sindicatos ou adesivos. A convite da coordenação do Sinprosm, representantes das escolas municipais exibiram cartazes em que denunciavam os seus números sobre falta de professores, estagiários e monitores, uma das pautas do dia. “Depois que publicamos o nosso levantamento, vieram nos dizer que os números estavam errados. Mas os números não são do sindicato, são das direções. Estão dizendo que as escolas estão mentindo? Não estão. Viemos mostrar a verdade da educação neste 1º de abril”, afirma a coordenadora de Comunicação e Formação Sindical, Celma Pietczak. Segundo o levantamento divulgado pela entidade em 20 de março, faltam 54 professores regentes e 140 professores de planejamento no município, e também 232 estagiários para a educação infantil.

Após as falas iniciais no palco na praça, o movimento deslocou-se em caminhada pela Rua Venâncio Aires até a frente do Centro Administrativo Municipal, com parada em frente ao prédio onde funciona o Instituto de Previdência dos Servidores de Santa Maria. Representantes de aposentados e de grupos específicos tiveram espaço de fala, como da Câmara de Vereadores, saúde e dos fiscais.
O ato contou com o apoio de movimentos sociais, estudantes do Centro de Educação da UFSM, lideranças políticas como os vereadores Sidi Cardoso (PT), Valdir Oliveira (PT), Luiz Fernando Cuozzo Lemos (PDT) e Alice Carvalho (PSol) e representantes de entidades sindicais de outras áreas.
Câmara

No início da tarde, a mobilização foi à Câmara de Vereadores. Novamente, o funcionalismo participou ativamente, fechando o trânsito da Rua Vale Machado. O movimento mudou o funcionamento do Legislativo, inclusive com a interrupção da sessão plenária em seu início. Os vereadores deslocaram-se até a rua para ouvir as demandas do funcionalismo, sob coordenação do presidente Admar Pozzobom. Ele garantiu, ao fazer uso da palavra no carro de som, que nenhum projeto tramitará sem um debate amplo, com a participação dos servidores.
“Sem dúvida fizemos história hoje. Mostramos que estamos preparados para enfrentar a luta. A forte resposta à convocação dos dois sindicatos é um recado importante ao governo, mas não termina aqui. Até o fim desta tramitação, continuaremos mobilizados e prontos para responder a qualquer ataque aos direitos. Reafirmamos: esta conta não é nossa”, conclui a coordenadora Juliana Moreira.
(*) Acréscimo do editor do Site:
No final da tarde passada, o prefeito municipal, Rodrigo Decimo, que está em Brasília para tratar da questão do aeroporto municipal, divulgou nas redes sociais um vídeo em que se manifesta sobre a ação dos professores e dos municipários, se referindo especialmente em relação à reforma previdenciária. Clique abaixo e acompanhe:
O IGAM foi contratado com recursos públicos por qual modalidade de licitação? qual o valor pago? o que reza o contrato? O IGAM é conhecido pelas Câmaras e Prefeituras por ser o Instituto mais caro e seus pareces sempre do status quo, sempre a favor do contratado, independente da matéria analisada. Quando se faz “Reforma ” é para melhorar um imóvel, que não é o caso.