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ELEIÇÕES 2026. Indefinição do PP embaralha a centro-direita e o cenário eleitoral no Rio Grande

Sigla se divide entre candidatura própria ao Piratini e aliança com MDB ou PL

Palácio Piratini, o objeto do desejo de 10 entre 10 partidos gaúchos em 2026. E, para isso, trabalham desde agora, um ano antes

Reproduzido do site do jornal Correio do Povo / Texto assinado por Flávia Bemfica

Com o ano entrando na reta final, a indefinição do PP gaúcho sobre qual rumo vai tomar no pleito de 2026 no RS mantém em aberto o cenário eleitoral, atrapalha as pretensões do MDB para o Piratini e tem chances de virar o ano sem alteração. Porque, segundo o presidente estadual do PP, o deputado federal Covatti Filho, “tudo está vinculado ao cenário nacional, e tem muita, muita, muita água ainda para passar debaixo da ponte.”

Covatti diz esperar que o quadro nacional se resolva este ano, e que o sentimento na sigla no RS é também o de fazer encaminhamentos em 2025. Mas não dá garantias. Justifica que o momento, internamente, é de conversas individuais com lideranças, e de ouvir as bases. As duas expressões, na política, costumam representar a estratégia de quem se movimenta sem pressa.

No RS, o PP, dividido, adotou a ‘jogada de três pontas’. Ante o crescimento das rusgas internas sobre o que fazer, no último dia de junho Covatti Filho lançou sua pré-candidatura ao governo. Simultaneamente, o partido, que está na base de apoio do governador Eduardo Leite (PSD), seguiu negociando ingressar em uma coalizão encabeçada pelo MDB, que tem como pré-candidato ao Piratini o vice-governador Gabriel Souza, ou naquela do PL, que apresentou para o Executivo o deputado federal Luciano Zucco.

Caso entre em uma aliança, a legenda tem dois nomes postos para a vaga de vice. O da deputada estadual Silvana Covatti, mãe do dirigente, e o do secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo. As tratativas com PL e MDB se arrastam desde o final de 2024, sem evolução significativa.

O presidente do diretório gaúcho nega haver, no momento, inclinação por uma ou outra composição. Mas não esconde uma avaliação que preocupa emedebistas. “Com o MDB a aproximação se torna muito complicada, porque o partido é um dos nossos maiores adversários no interior. Vamos ouvir a base para tomar uma decisão. E isso pode cada vez mais afastar a hipótese de uma aproximação com o MDB”, adianta.

Sobre o PL, o deputado admite que a base também “torce o nariz, porque somos maiores”, mas ressalva que o PL é uma referência por ser a sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro, e que há uma aproximação “de linha ideológica, afinidades, posicionamentos e bandeiras partidárias.”

Legenda é essencial para o MDB, mas PL aposta em afinidade ideológica

Os ativos reunidos pelo PP, maior e mais tradicional partido de direita no RS, ajudam a explicar por que ele é considerado estratégico tanto pelo PL como pelo MDB. Com forte estrutura partidária local, a legenda elegeu no ano passado 164 prefeitos, 137 vices e 1.300 vereadores nas 497 cidades gaúchas. Na Assembleia Legislativa, com oito cadeiras, a sigla é a maior bancada da base governista.

Internamente, lideranças do MDB admitem que a união com o PP é crucial para alavancar a pré-candidatura do hoje vice-governador, Gabriel Souza, ao comando do Executivo. Ele enfrenta fogo amigo e dificuldade nas pesquisas. Por isso, o partido ‘engoliu’ a definição do governador Eduardo Leite de que o vice não era o único nome a ser considerado para a sucessão.

“Queremos muito o PP. E eles têm uma disputa interna que pode nos afetar. Se não abríssemos a possibilidade de debater nomes para a cabeça, corríamos o risco de afastá-los, e o que precisamos é que conduzam seu processo interno e venham com a gente, pelo menos a maior fatia deles”, elenca um dos articuladores de Gabriel.

Na outra ponta, o PL aposta na afinidade ideológica, com ou sem coligação. O presidente estadual do partido, o deputado federal Giovani Cherini, se diz otimista. “O MDB está fazendo uma grande pressão sobre o PP, porque é a única chance deles de não morrer, mas nossas conversas estão muito boas. O PP, no interior, tem muitas brigas com o MDB. E a base partidária vai votar no Zucco (o deputado federal Luciano Zucco, pré-candidato do PL ao governo), já temos inclusive muitas declarações de apoio de prefeitos”, anuncia o dirigente.

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