SINAL DE CELULAR. Cacism compra outra briga. Da qual, aliás, vale participar
Depois da Travessia Urbana e da questão do reequipamento do Corpo de Bombeiros, em que foi protagonista na busca de uma solução, aparentemente a Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Santa Maria (Cacism), resolveu entrar noutra pendenga do interesse de, como dizia um amigo do repórter, “miles e miles” de boca-do-montenses.
Na “newsletter” que envia semanalmente aos seus associados, a entidade trata da questão da falta de cobertura de telefonia celular num amplo espaço geográfico, tendo como linha reta a BR 158, entre Santa Maria e Rosário do Sul. Trata-se, aliás, de uma briga boa e que pode ter a adesão de muita gente.
Para saber mais, acompanhe o texto publicado e que entendo vale a pena reproduzir, por sua importância. A reportagem é de Letícia Sarturi Isaia, com foto de Maiara Bersch. A seguir:
“Falha em cobertura telefônica faz CACISM buscar respostas de operadoras
Entidade questiona Anatel e operadoras sobre ausência de sinal de telefonia móvel na BR 158
Você consegue ficar sem celular? Imagine-se em uma viagem de aproximadamente duas horas onde utilizar o aparelho é um empecilho, pois em alguns locais da estrada o sistema móvel está fora de área. Essa é a realidade daqueles que trafegam pelo trecho da BR 158 compreendido entre as cidades de Santa Maria e Rosário do Sul e que permite o acesso da região centro com a fronteira do Estado. Este trecho tão brigado e reivindicado por Santa Maria e região tem cerca de 80 quilômetros onde o sinal de telefonia móvel simplesmente não existe, impedindo qualquer comunicação do usuário que passa na região.
Diante dessa problemática, a Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Santa Maria (CACISM), recorreu à ANATEL e às quatro prestadoras de serviço móvel que atuam no Rio Grande do Sul solicitando ações que sanem essa questão. A iniciativa se deu após reclamações trazidas por associados da entidade, que estavam insatisfeitos com o sombreamento da rede de telefonia celular existente na ligação viária entre os dois municípios.
De acordo com o presidente da CACISM, Paulo Ceccim, as operadoras vendem, através de planos específicos, uma cobertura estadual ilusória, pois o serviço não é disponível em espaços como o trecho da BR 158, fato que não é explicado na hora da venda. “Isso é balela”, critica o presidente, que defende a utilização do telefone móvel em qualquer lugar. No Estado o Serviço Móvel Pessoal (SMP) é utilizado em 486 municípios e por mais de 10 milhões de pessoas.
Ceccim acredita que a ausência de sinal nesta passagem remete uma questão pura e simplesmente econômica. O interesse das telefônicas está voltado apenas nos centros urbanos, onde o uso dos celulares é mais intenso. “É uma posição baseada na economia e que não está levando em conta o conforto e a necessidade”, comenta. Para dar sequência à iniciativa, a CACISM buscará assessoramento jurídico. A manifestação será formalizada junto aos conselhos legais e regulamentadores tais como Ministério Público e o Procon, órgão responsável pela Orientação e Proteção ao Consumidor.
Riscos na estrada – A falta de sinal remete a uma preocupação comum entre quem circula pela estrada, como a necessidade de apelar ao policiamento ou ao auxílio de uma equipe de resgate caso ocorra algum acidente. Nos ofícios entregues às companhias, a CACISM esclarece que a situação é “considerada absurda em tempos modernos, onde a comunicação se tornou algo sem fronteiras, visto as distâncias vencidas e a rapidez dos serviços existentes”.
A comerciante Magali Vallejos, 47 anos, mora em Rosário do Sul e já foi prejudicada pela ausência de sinal na estrada. Há 50 quilômetros de Santa Maria, o carro onde viajava parou devido a falta de gasolina. A espera por auxílio demorou, pois a cobertura do sistema móvel estava ausente. Os celulares daqueles que tentavam ajudar também não funcionaram. “O homem subiu em um morro e o sinal cortava. Ele tentou até que conseguir chamar um táxi”, diz Magali.
A posição das telefonias
Até o momento a única resposta oficial obtida pela CACISM foi da operadora Tim, que informou já apresentar cobertura da rede na área. De acordo com a empresa o serviço pode ser prejudicado por falhas como a de relevo, com a presença de morros ou desníveis.
Além dos ofícios, os colaboradores da entidade santa-mariense contataram a Anatel e as companhias de telefonia para registrar, como usuários, reclamações sobre a ausência de sinal. A Agência Nacional de Telecomunicações enviou um comunicado à esses clientes informando que os apontamentos foram encaminhados às operadoras citadas, que deveriam responder sobre o problema em um prazo de cinco dias.
Entre as quatro envolvidas, apenas a Claro e a Vivo responderam aos questionamentos. “A Claro pediu para que eu retornasse à rodovia em 30 dias para verificar se tem sinal”, elucidou Janaina Schlosser, 26 anos. Após voltar a região, ela constatou que o problema não foi resolvido. A equipe de reportagem também foi até local e constatou o mesmo problema.
A funcionária reclama que nas outras companhias a equipe foi hostilizada pelos atendentes, que questionaram o motivo das queixas. Em uma delas, a repórter, que auxiliou no registro das queixas, foi ofendida com adjetivos impróprios. “Além de não atenderem bem, não se importaram com a reclamação”, destacou Janaina.”
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Pois eh, a uns dois meses mandei um “xiste eletrônico” para Rádio Imembui, onde dizia que havia algo errado, que o pacote de bondade dado pelos empresários não era de graça, pois nesse ano, ou ano vem termima o prazo da concessão deles com o tranporte coletivo público. No capitalismo, ainda mais no selvagem que eh esse nosso empresário quer ganhar mais e mais, mas quando sente o medo de perder a galinha dos ovos de ouro abrem mão de algum misero percentual a favor do povo. Acho que o Sr Ceccim eh importante nessa luta, mas essa eh uma luta dos cidadãos Santamariense, pouco importanto a que partido ou organização pertença. Alguem lembra da licitação que PRT ganhou, e porque ganhou? Ninguem ganharia dela naquele momento. Os cantainers invenção da administração anterior, verdadeiro assalto ao erário público que continuam nessa administração. Essa estrovengaque vale no máximno 2.000,00 eh alugado por mais de 400,00 mensais, tem apartamento na cidade que valem mais de 50.000, e não recebem isso mensalmente de aluguel.
voi deixar uma sugestão para cacism . comprar uma briga bem boa para a cidade este novo contrato do transporte publico a magica de um contrato sem licitação ai tem coisa ?
Acho louvável o pleito da CACISM, mas a coisa não é tão simples assim do querer é poder. Quanto mais curta for a onda eletromagnética mais critico fica o sistema, as antenas precisam, usando um linguajar popular, ter visada umas das outras ( celular com a torre, vice e versa. Para quem não sabe há dentro de cada celular uma anteninha), sendo assim sempre haverá zona de silêncio em função da topografia do terreno como alegou uma das operadora questionada. Não estou advogando em favor das Teles, pois prestam um serviço de má qualidade com preços astronomicos, um dos mais caro do Mundo. Esse problema não soh aqui na BR158, acontece em toda a Fronteira Oeste onde as distâncias das cidades chegam ter mais de 100km umas das outras. Vamos torcer para que dê certo tudo isso, mas o LULINHA ( o filho do Presidente, ou mesmo o Pai que mudou a Lei para facilitar a OI na compra da Telecon) poderia dar uma mãozinha junto as teles. kkkkkkkkkkkkk.
Muito bom mesmo.
temos que fazer como a cacism, botar a cara, enfrentar os assuntos, bater de frente, resgatar nossa indignação.
a entidade está tratando de assunto importantes sem medo e independentemente de agradar este ou aquele segmento, esta ou aquela pessoa.
mas precisamos nos unir nestas questões.
Iniciativa brilhante da CACISM.
Parabens Paulo Ceccin,pela visão de trabalho comprometida com os direitos do cidadão.
Salvo um engano muito grande, uma das cláusulas assumidas em contrato pelas operadoras, quando da privatização do setor, era a universalização do uso do celular.
Salvo um outro engano maior ainda, universalização significaria “para todos” e em “todos os lugares”.
Sendo assim, o que a CACISM está fazendo, acertadamente, é exigir que se cumpra o contrato. Ou não é assim?
Alguém tem que dar um basta nisto. Os gringos vem para cá tirar dinheiro dos “trouxas”, apresentam um serviço de péssima qualidade (são campeões de reclamações) e enriquecem mais ainda às nossas custas. E nós inebriados com as “maravilhas” da privatização, também com aparelhos celulares que fazem de tudo (até falam), vamos esquecendo de cobrar nossos direitos. Parabéns pela iniciativa.