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O DIA SEGUINTE. Antes mesmo da definição sobre impeachment, os petistas já articulavam um “Plano B”

Constranger Temer e Cunha e propor, via emenda popular, novas eleições. Seria o contragolpe petista. Funcionará?
Constranger Temer e Cunha e propor, via emenda popular, novas eleições. Seria o contragolpe petista. Funcionará?

Afinal, com votos além até do que se poderia imaginar, a Câmara dos Deputados acolheu o relatório da Comissão Especial e assim, aprovou a admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Agora, o Senado é que terá que decidir sobre isso e, até, abrir o processo que, nesse caso, será presidido pelo presidente do Supremo Tribunal Federal.

Antes, porém, de uma decisão da Câmara, os petistas e o governo já imaginavam possibilidades. Como essa, noticiada no poral iG, com informações d’O Estado de São Paulo e foto de Reprodução. Acompanhe:

PT prepara PEC para convocar novas eleições em caso de derrota no plenário

O PT e o governo planejam uma campanha nacional de coleta de assinaturas em apoio a uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para convocar novas eleições, caso o Congresso aprove o impeachment da presidente Dilma Rousseff. A ideia, que até agora era cogitada apenas em conversas reservadas, passou a ser defendida abertamente por aliados próximos à petista.

“Se o impeachment de fato for decretado, (se) passar pelo Senado nós vamos defender eleições gerais, porque não reconhecemos no vice-presidente (Michel Temer) condições morais e jurídicas para vir a presidir o Brasil. O caminho para isso é apresentar uma PEC com amplo apoio popular, recolher milhões de assinaturas”, afirmou o deputado Wadih Damous (PT-RJ), um dos principais articuladores da reação anti-impeachment. “Eu vou defender isso dentro do PT e acredito que o PT vai defender também. Nós vamos conviver com um golpe? Não. Assim como não convivemos com a ditadura.”

A tese é corroborada por ministros palacianos e ganha adeptos entre aliados de Dilma. Na quarta-feira, em conversa com jornalistas, a presidente admitiu “respeitar” uma proposta alternativa que passe pelo voto popular.

As poucas divergências são quanto ao momento em que a campanha deveria ser deflagrada. Alguns petistas defendem que seja logo após a votação na Câmara, em caso de derrota do governo. Eles apostam que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), vai “esfriar” a disputa quando o impeachment chegar a suas mãos e retardar o processo, o que daria tempo para a coleta de assinaturas.

Aliados de Dilma se fiam em pesquisas de opinião que mostram aversão a Temer igual ou maior à da presidente por parte da população e acreditam que não seria impossível, com ajuda dos movimentos sociais ligados ao partido, coletar milhões de assinaturas em poucas semanas para pressionar o Congresso a aprovar a PEC.

No Palácio do Planalto e entre aliados de Dilma, a ideia tem sido chamada de “contragolpe” contra Temer, alvo da fúria de petistas que prometem desestabilizar um eventual governo do vice. “Se o impeachment for admitido aqui, acho muito difícil que o doutor Michel Temer tenha condições de governar, porque obviamente terá se tratado de um golpe. Ele, da nossa parte, não merecerá o tratamento de presidente, ele é um usurpador, um conspirador, um traidor”, disse Damous…”

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2 Comentários

  1. A maior roubalheira da historia da republica proporcionada pelo PT, maior que a dos Portugueses. Plano b , c , d ,e , f, g todos serao inuteis e o povo vai mostrar isso nas proximas eleiçoes.

  2. Estão batendo cabeça. PEC precisa de 3/5 em dois turnos em ambas as casas.
    Valdir Raupp saiu com esta história há duas semanas. Perguntada, Dilma, a humilde, respondeu: “São propostas. Não rechaço, nem aceito, mas convença a Câmara e o Senado primeiro a abrir mão dos seus mandatos e aí vem conversar comigo.”
    Isto aí é pura cortina de fumaça para tentar amorcegar o impeachment.

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