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CONJUNTURA. Saída para crise seria convocação de eleições presidenciais. Mas Temer teria que concordar

“Seria muito melhor para o país convocar eleições. Até com a concordância dele [Michel Temer], defende o ex-governador gaúcho
“Seria muito melhor para o país convocar eleições. Até com a concordância dele [Michel Temer], defende o ex-governador gaúcho
É uma boca entaipada, imaginar que deputados e senadores, por três quintos dos votos, em dois turnos, nas duas casas do Congresso, apoiem a convocação de eleições gerais para o mais rápido possível – o que só seria possível por emenda à Constituição.

É uma boca entaipada um pouquinho menos complicada, mas ainda assim, muito complicada, a convocação de eleições apenas para presidente e vice da República. No entanto, esse discurso ganha corpo entre os políticos, como saída para a crise política vivida a partir do provável, embora não certo ainda, impedimento de Dilma Rousseff, agora nas mãos do Senado.

Entre os que estão defendendo a ideia, de difícil execução, ele próprio reconhece, está o ex-governador gaúcho Tarso Genro, uma das lideranças importantes do PT. Para saber mais, vale conferir o material publicado no jornal eletrônico GGN, com informações da Agência Brasil. A seguir:

Tarso Genro defende novas eleições presidenciais

O ex-governador do Rio Grande do Sul e ex-ministro da Justiça Tarso Genro defendeu ontem (18) novas eleições no país. Segundo ele, um eventual governo do vice-presidente da República, Michel Temer – em caso de impeachment da presidenta da República, Dilma Rousseff – teria legitimidade escassa e poderia aumentar a crise social e política.

“Seria muito melhor para o país convocar eleições. Até com a concordância dele [Michel Temer]. Certamente, jurista que ele é, ele vai reconhecer que sua legitimidade é escassa para terminar o mandato, porque não houve um julgamento de crime de responsabilidade, houve eleição indireta”, disse, referindo-se à votação do processo do impeachment, no domindo (17), na Câmara dos Deputados.

 “Nós não somos ingênuos, sabemos que isso aí [novas eleições] só por acordo. Mas não tenho nenhuma dúvida que é perfeitamente possível. O que eu acho que é muito ruim para o país ter dois anos e meio com um presidente sem legitimidade para governar, que não tenha vindo das urnas. Isso pode gerar uma crise social e política mais aguda que essa que estamos vivendo”, disse em entrevista após uma palestra na capital paulista.

Segundo Tarso, a falta de legitimidade de um governo não escolhido pelas urnas poderá gerar na sociedade um sentimento de anomia, ou seja, ausência de lei ou de regras, uma espécie de “cada um por si e Deus por todos”.

 “Ele [Temer] saiu do governo, esteve todo tempo no governo. O partido que o apoia, sustancialmente, era um partido de governo e tem tanto compromisso com as coisas boas que ocorreram como com as coisas ruins. Então ele tem escassa legitimidade”, disse. “Essa escassa legitimidade em um regime presidencialista pode gerar anomia. Um reconhecimento, por setores da população, de que há uma ausência de normas”.

Golpe

Tarso ressaltou que a votação no domingo na Câmara dos Deputados teve um desvio de finalidade: não julgou o suposto crime de responsabilidade da presidenta e, portanto, segundo ele, pode ser considerado um golpe. “Todos os votos ou 90% dos votos, que inclusive afirmaram o sim, não falavam em crime de responsabilidade, porque não ocorreu, então é perfeitamente natural que se chame de golpe a esse processo com desvio de finalidade”, disse.

De acordo com Tarso, a votação foi um juízo de valor sobre o governo Dilma, uma tentativa de eleição indireta e está em uma “margem de exceção que um regime constitucional permite”. Para o ex-ministro, isso pode ser uma solução provisória para a crise. “Importante que, mesmo tendo ocorrido isso tudo, está sendo feito com controle do Poder Judiciário, com a participação de todas as forças políticas, em uma margem de exceção que um regime constitucional permite”.

PARA LER A ÍNTEGRA, NO ORIGINAL, CLIQUE AQUI.

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2 Comentários

  1. Não entendo por que fazem tanta questão de referenciar sobre o fato de que os deputados ,durante a votação, não terem falado dos motivos para a justificativa dos seus votos. Não precisava, pelo que entendi. Claro, não precisavam terem dito tantas bobagens .Aff

  2. Uma coisa que deve ficar bem clara: os problemas do PT são uns e os do país são outros bem diferentes. Para começo de conversa, o PT não tem legitimidade para falar em eleições. Um dos tesoureiros do partido recém recebeu perdão judicial, estava cumprindo pena. Outro estava (ou está) preso. Condenado em primeira instância. Gostam de “fazer o diabo”!
    Quanto ao resto do que disse o sujeito que gosta de comprar helicópteros, para o pessoal dele até cola. Os votos poderiam ser somente “sim” ou “não”, prescindiam de justificativa ou motivação.
    Enquanto isto, Dilma decretou o reconhecimento de 13 áreas indígenas, sim, o número do partido. Ruim? Uma das áreas engloba o local onde deveria ser construído uma hidrelétrica. Licitação estava para sair, estava parada por motivos óbvios. Como fica o licenciamento para a obra agora? Muito mais difícil.

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