A mesa – por Alice Elaine Teixeira de Oliveira
Fui marcada em uma foto no Facebook. Creio que seja desnecessário dizer que o Facebook é o nome de uma rede social e que podemos ter nossos nomes vinculados a algumas postagens, se assim o permitirmos. No entanto, o que preciso dizer é que se tratava da foto da suposta mesa de nada menos do que Albert Einstein em seu escritório. O texto dizia: “Se uma mesa bagunçada é sinal de uma mente desordenada, o que é, então, o sinal de uma mesa vazia?”. Eu ri e me senti elogiada pela marcação.
Minha mesa não é nenhum exemplo de esmero em organização aparente. Ela é um acúmulo de minhas coisas importantes. Nela estão o monitor do meu computador pessoal, uma impressora, meu remédio de desobstruir o nariz, minha bombinha para as crises asmáticas, um porta-fotos de metal com duas fotos do casamento da minha amiga/irmã/filha presa com imãs e outro com uma foto da minha infância no Rio de Janeiro, dentro do Bondinho. Sobre a minha mesa eu descanso minha câmera Nikon, meu flash com as pilhas descarregadas, um espelho de dois lados, meu celular e o controle do Home Theater. Ainda, por incrível que pareça, cabe sobre ela, minha Bíblia, meu arquivo de anotações, um porta-canetas com meus lápis de desenho, moedas, pilhas, anéis, brincos e uma lixa de unhas, os livros da campanha atual da Avon, e um estojo cor-de-rosa com todas as aparelhagens para cortar unhas.
Sobre a minha mesa, eu mantenho a minha inseparável Kombi-WV, que nada mais é do que um rádio portátil, no qual ouço minhas músicas preferidas, seja por meio do cartão de memória, FM ou por um cabo ligado até meu computador ou celular. Eventualmente, tenho em minha mesa alguns cremes, óleo ou escova de cabelo. Tenho um cristal de quartzo branco, presente de um dos meus filhos e um bilhetinho de desculpas, escrito e desenhado por outro filho. Minha régua de 40 cm fica embaixo do teclado do computador e muitas vezes preciso disputar lugar com algum filhote de gato sobre meu mouse-pad com o meu mouse. Guardo sobre a mesa os papeis de rascunho e algumas folhas em branco. Tenho um lugar reservado para o carregador e base do telefone sem fio, e o carregador da bateria da parafusadeira elétrica do marido.
Hoje, tenho em minha mesa uma lista numérica de fotos de uma cliente, trabalho por fazer, são as fotos que ela deseja que eu disponibilize na rede social para ela. A minha frente, enrolado próximo ao meu remédio e escondendo uma caneta de ponta molhada, há um elástico que uni as duas pontas para brincar de pular com um dos meus filhos. Embaixo da calculadora tenho uma lâmpada auxiliar de led, que uso no notebook. Mas, por mais que pareça improvável e impossível, ainda tenho lugar para meu copo de caipirinha ou taça de vinho…
Minha mesa tem 1,20m x 0,80m de minhas coisas pessoais. É minha área de trabalho e meu ponto de encontro comigo mesma. Minha mesa é um sistema solar dentro de meu universo complexo e em expansão. E repito o que muitos como eu dizem: “Há uma ordem na minha aparente desordem!”. Não sou um gênio como Einstein, nem tenho uma mesa tão maravilhosa quanto a dele, e antes que me perguntem, não deixo meu cabelo desgrenhado como o dele, porém, acredito que minha mesa é tão útil e com tudo no qual preciso. Para mim, uma mesa vazia só serve para uma coisa: colocar coisas sobre ela!!!
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