Assembleia

CPI DA CORRUPÇÃO. Com boicote do governo, oposição “se lava” ouvindo áudios liberados pela Justiça Federal

Não sei até onde vai isso. Aliás, não obstante os reclamos (com boas chances de aprovação na Comissão de Constituição e Justiça) da base governista, o fato é que a CPI da Corrupção, na Assembléia Legislativa, ganha espaços generosos na mídia. E com um lado só, o da oposição.

Nesta quinta-feira, os deputados presentes (do PT, PDT, DEM, PC do B, PSB) ouviram – e divulgaram para a imprensa, claro – áudios constantes da ação de improbidade contra a governadora (e outras oito figuras públicas), que tramita na Justiça Federal, em Santa Maria.

Deputados ouvem áudios da ação de improbidade que tramita na Justiça Federal. Sem governistas por perto
Deputados ouvem áudios da ação de improbidade que tramita na Justiça Federal. Sem governistas por perto

Há de tudo um pouco. Não se sabe, objetivamente, que provas são, nem se serão contempladas pela juíza Simone Barbisan Fortes, na hora em que tiver que decidir algo. Mas é evidente que o impacto é bastante positivo para a oposição, ou no mínimo constrangedor para o governo, que não faz o contraponto.

Um áudio, inclusive, chega a citar o ex-relator da CPI do Detran, o tucano Adilson Troca. Que se viu obrigado a se manifestar. Para saber mais sobre ocorreu na mais recente sessão (de lado único) da Comissão, acompanhe material distribuído pela Agência de Notícias da Assembléia Legislativa. O texto é de Michele Limeira, com foto de Marco Couto. A seguir:

CPI da Corrupção ouve áudios liberados pela Justiça

A CPI da Corrupção ouviu hoje uma nova seleção de áudios disponibilizados pela juíza Simone Barbisam, da 3ª Vara da Justiça Federal de Santa Maria, e que compõem a ação civil de improbidade administrativa do Ministério Público Federal. As gravações apresentam conversas entre o empresário Lair Ferst e o ex-assessor do governo em Brasília, Marcelo Cavalcante, morto em fevereiro deste ano; entre o ex-presidente do Detran, Flávio Vaz Netto, e o ex-diretor da CEEE, Antonio Dorneu Maciel; e entre Vaz Netto e um assessor.

A presidente Stela Farias afirmou que as escutas tem por objetivo demonstrar se houve ou não participação da governadora e esclarecer a relação entre os supostos participantes da fraude do Detran e da Operação Solidária. O primeiro áudio ouvido, e o mais longo com 11 minutos, refere-se a uma carta escrita por Lair Ferst, tendo como destinatária a governadora. Essa carta, alertando sobre fraudes no uso de dinheiro público, teria sido entregue a Yeda Crusius por Marcelo Cavalcante.

Em determinado trecho, Ferst relata a Marcelo, por telefone, o que teria dito à governadora e como ela teria regido. “Olha governadora, vai ocorrer um escândalo no seu governo, se a senhora não agir rapidamente isso vai se tornar público, o que tá acontecendo é irregular… tão sacando dinheiro vivo da boca do caixa, em quantidades. … alarmantes”, diz Ferst no trecho da gravação apresentado na CPI  (O aúdio refere-se a uma conversa gravada entre Lair Ferst e Marcelo Cavalcante).  

Também foram analisados trechos de conversas que tratam sobre a CPI do Detran. Num deles, Flávio Vaz Neto comenta a atuação da CPI: “É…eles estão chegando perto, hein! Chegando nos caras aí, que mexeram com o dinheiro da campanha dela”. Em outro momento, o mesmo Vaz Netto conversa com um assessor e pede favores ao mesmo: “Eu (Vaz Netto) queria que tu dissesse pra ele (deputado Adilson Troca), na orelhinha dele: – Olha o Flávio tá pedindo um contato contigo…porque ele vai pedir para retornar à CPI…”. 

PARA LER A ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI.

PARA OUVIR OS ÁUDIOS, CONFIRA REPORTAGEM PUBLICADA NA VERSÃO ONLINE DE ZH (lá você encontrará os links)

SUGESTÃO ADICIONAL – confira aqui, se desejar, também outras reportagens produzidas e distribuídas pela Agência de Notícias da Assembléia Legislativa.

Artigos relacionados

ATENÇÃO


1) Sua opinião é importante. Opine! Mas, atenção: respeite as opiniões dos outros, quaisquer que sejam.

2) Fique no tema proposto pelo post, e argumente em torno dele.

3) Ofensas são terminantemente proibidas. Inclusive em relação aos autores do texto comentado, o que inclui o editor.

4) Não se utilize de letras maiúsculas (CAIXA ALTA). No mundo virtual, isso é grito. E grito não é argumento. Nunca.

5) Não esqueça: você tem responsabilidade legal pelo que escrever. Mesmo anônimo (o que o editor aceita), seu IP é identificado. E, portanto, uma ordem JUDICIAL pode obrigar o editor a divulgá-lo. Assim, comentários considerados inadequados serão vetados.


OBSERVAÇÃO FINAL:


A CP & S Comunicações Ltda é a proprietária do site. É uma empresa privada. Não é, portanto, concessão pública e, assim, tem direito legal e absoluto para aceitar ou rejeitar comentários.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo