CÂMARA. Schirmer tende a repetir Valdeci e nomear líder que não é de seu partido
Em boa parte do seu segundo mandato, o prefeito Valdeci Oliveira teve, como líder do governo na Câmara de Vereadores, o petebista Ovídio Mayer – que viria a ser candidato a vice-prefeito na chapa governista comandada por Paulo Pimenta. Havia, se o bestunto não falha, grandes dificuldades de relacionamento entre Valdeci e a bancada petista. Esta, não raro, votava contra propostas do governo. Com uma exceção: Vilmar Galvão. Que, porém, virou secretário e levou o prefeito a escolher Mayer. Ok, ok, ok. Não foi só isso. Também havia interesse em estreitar relações com o PTB, um aliado que se aproximava.
Feita essa digressão, chegamos ao presente. Cezar Schirmer está em vias de repetir seu antecessor. No primeiro ano, tudo ok. O prefeito encontrou no suplente (que virou titular pois Tubias Calil era secretário) Cláudio Rosa o nome ideal para defender os projetos do Executivo. Inclusive um de inequívoco desgosto popular – a “taxa da luz”. Até como prêmio ao seu desempenho, com a volta de Calil, candidato à Assembléia Legislativa, ao parlamento, Rosa virou secretário de Ações Comunitárias – onde, aliás, apresenta bom desempenho.
Como Calil é candidato, e portanto não pode ficar exatamente atento às questões mais locais, e João Carlos Maciel não é considerado “confiável” pelo prefeito, dado o seu comportamento mercurial – tanto pode ser visto fazendo elogios rasgados à prefeitura quanto proferindo candentes protestos por não ser atendidos pleitos que encaminha – restava a Schirmer um nome de qualidade política, a vereadora em primeiro mandato, Maria de Lourdes Castro.
Mas eis que senão quando, a edil resolveu pedir as contas, alegando questões de natureza pessoal. É? É. Mas não apenas. Segundo fontes próximas à bancada peemedebista (e confirmada junto a gente nas redondezas do sétimo andar da prefeitura), um fator preponderante para a decisão de Maria de Lourdes seria o fato de o prefeito não dar a mínima pelota para sua (e dos aliados) bancada. Passa por cima do líder com grande facilidade – a mesma de que é acusado, bem baixinho, no próprio Centro Administrativo. Vai direto, não discute e simplesmente entrega pronto. Maria de Lourdes não está aí pra isso. Inclusive porque gostaria de ter o direito de ser ouvida e dar opinião. Coisa de quem sabe o que pensa, claro.
Resumo da ópera: o governo está sem líder formal no parlamento. Faz diferença? Sim. No mínimo para mostrar respeito à instituição. E o prefeito sabe disso. Então, quem? Boooa pergunta. Ontem, firmava-se a convicção de que já nesta terça-feira alguém será anunciado. O nome mais citado era o de Manoel Badke, do DEM, que tem sido um grande defensor do governo, mesmo sem o cargo. E pode ser ele, por que não, o Ovídio do Schirmer. A conferir!
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mas o PMDB não tem tres vereadores, concordo com Sr:Copetti são IMCOMPETENTES será??abraços
Ou MELHOR para não dizer que são IMCOMPETENTES para tal função,pois é.