Alianças. Pudores se perderam no caminho, também, de Alckmin. Após Garotinho, Jefferson
Não há dúvida: não se escolhe quem vai votar na gente, no caso de qualquer eleição. Imagine-se, então, num pleito presidencial. Mas há alguns limites, dizem os, talvez, mais pudicos – que condenam por exemplo o fato de Luiz Inácio Lula da Silva manter o apoio dos congressistas sanguessugas e do defenestrado (pelo povo e pelo Congresso, em 1992) Fernando Collor de Mello.
Geraldo Alckmin manteve, durante toda a campanha no primeiro turno, o discurso da ética, e evitou as más-companhias. Pelo menos publicamente. E, com isso, somado a outros detalhes não menos importantes, granjeou simpatias aqui e ali, e conquistou o direito de disputar a rodada final contra Lula.
Pois é. Mas agora, à beira da decisão definitiva, o candidato tucano resolveu mandar às favas o comportamento inicial. E partiu para o mais difícil: além da tática de não escolher, foi ao encontro de um grupo de eleitores muito especiais. Tanto que se deixou fotografar com eles, no caso específico, o ex-governador carioca Anthony Garotinho, pra lá de enrolado, junto com sua mulher, e atual governadora do Rio de Janeiro, Dona Rosinha.
Não satisfeito, agora tem o apoio também do réu confesso de corrupção, e cassado pelo Congresso Nacional, o ex-deputado Mas ainda presidente do PTB, Roberto Jefferson. Gente, na guerra da falta de pudores, parece que não existem mais vitoriosos. Sou eu quem pensa assim? Claro. Mas não sou o único. Leia o que escreve o jornalista Josias de Souza, da Folha de São Paulo, em sua página na internet:
Alckmin recebe agora o apoio de Roberto Jefferson
Deus fez o mundo em sete dias. No oitavo, quando se preparava para esboçar as regras que regulariam a vida em sociedade dos ascendentes do primeiro casal, Ele cansou. O Diabo assumiu. E fez a política à sua imagem e semelhança.
Neste segundo turno, os desígnios do Tinhoso vêm sendo levados às últimas conseqüências. Lula, alinhado à ala barbalha do PMDB de Jader, é brincado com declarações de apoio de Maluf e Collor. Alckmin, atrelado ao PMDB molequinho do casal Garotinho, recebe agora o suporte de Roberto Jefferson.
Nesta quinta, Jefferson informou que 90% dos filiados do PTB, inclusive ele próprio, estão fechados com o presidenciável tucano. “A maioria do partido é Alckmin, disse o deputado cassado. Mas lideranças de alguns Estados como Pernambuco, Piauí, Sergipe e Amazonas estão com Lula. Como estamos num momento de unir o PTB preferimos não fechar questão para evitar fraturas”.
Jefferson informou que o PTB subirá no palanque de Alckmin em pelo menos sete Estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás e Mato Grosso. É no mínimo curioso que Minas conste da lista. É de lá o ministro Walfrido Mares Guia (Turismo), que integra o naco do PTB alinhado a Lula.
Para desassossego do prefeito carioca César Maia (PFL), Anthony Garotinho reuniu os seus próceres nesta quinta para informar que está assumindo o comando da campanha de Alckmin no Rio. Numa…
SE DESEJAR ler a íntegra do artigo, pode fazê-lo acessando a página do jornalista na internet, no endereço http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/.
ATENÇÃO
1) Sua opinião é importante. Opine! Mas, atenção: respeite as opiniões dos outros, quaisquer que sejam.
2) Fique no tema proposto pelo post, e argumente em torno dele.
3) Ofensas são terminantemente proibidas. Inclusive em relação aos autores do texto comentado, o que inclui o editor.
4) Não se utilize de letras maiúsculas (CAIXA ALTA). No mundo virtual, isso é grito. E grito não é argumento. Nunca.
5) Não esqueça: você tem responsabilidade legal pelo que escrever. Mesmo anônimo (o que o editor aceita), seu IP é identificado. E, portanto, uma ordem JUDICIAL pode obrigar o editor a divulgá-lo. Assim, comentários considerados inadequados serão vetados.
OBSERVAÇÃO FINAL:
A CP & S Comunicações Ltda é a proprietária do site. É uma empresa privada. Não é, portanto, concessão pública e, assim, tem direito legal e absoluto para aceitar ou rejeitar comentários.