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Mundo fashion nada supérfluo – por Luciana Manica

Ao se falar em moda achamos que estamos num mundo de menininhas bobas, filhinhas do papai e com a única preocupação de atentar para o próximo look. Ledo engano. O mercado da moda é o que mais cresce no Brasil.

Saltamos da sétima para a quinta posição no ranking dos maiores consumidores mundiais de roupas. A perspectiva para este ano, segundo a ABIT (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção), era que o faturamento do setor têxtil e de confecção brasileiro seja de R$ 127 bi (US$ 30,9 bi), o que significa um aumento de 4,9% em relação a 2015.

Esse ramo abarca inúmeros aspectos dos mais variados, formando uma cadeia muito complexa, seja com estilistas, modelos, fotógrafos, setor de criação, e-commerce, fabricação nas diversas facções (fábricas), blogs, marketing, etc. Isso tudo gera uma gama de relações contratuais, trabalhistas e de propriedade intelectual, sendo importante atentar para questões tributárias e aduaneiras.

O comércio online da moda já chegava, em 2015, a R$ 15 bilhões de negociações. Esses números colocam a categoria no topo das mais vendidas no e-commerce nacional e internacional. Não bastasse isso, os homens adentraram no negócio, seja como atores, produzindo moda ou consumindo, o que certamente, tornou o ramo mais atrativo.

E não para por aí. Diversas fusões de empresas passaram a ganhar terreno no Brasil. Grandes grupos nacionais começam a se formar, como a Inbrands (que reúne marcas como VR, Richards, Salinas, Bobstore, Ellus, entre outros), Restoque (Bo.bo, Le lis Blanc Deux, John John) e o Grupo Sacada, que abarca empresas como Oh, Boy! e Addict, ajudam a movimentar o setor.

Mais, não só de direito, economia, tributação, criação e produção vive a moda. Ela se torna especial porque é imprescindível tentar compreender as questões culturais, o consumo, que atualmente é tentado por lojas como a Zara que de 15 em 15 dias lança uma nova coleção, representando o chamado fast fashion. Imaginem o quão árdua é essa logística, pois os estabelecimentos estão nos mais variados locais do mundo?!

Mais, como que num período tão pequeno conseguem atingir o mercado consumidor, de modo a fazê-lo consumir? Nesse aspecto, as blogueiras entram na jogada! Umas chegam a ganhar R$450.000,00 por evento, como o SPFW. Vamos combinar, de bobinhas elas não têm nada!

Falando em consumo, não se pode esquecer que devemos destacar a importância de um consumo consciente. Mas o que seria isso? Atentar para não incentivar (e literalmente não comprar) produtos de empresas que são coniventes com o trabalho escravo (ou análogo) ou que não dão a mínima para o meio ambiente. Aí surge o slow fashion, moda que representa todas as coisas “eco”, “ética” e “verdes” em um movimento unificado.

Em resposta a esses absurdos, foi criado um aplicativo que indica quais marcas estariam vinculadas a atitudes como essas ou que nada fazem para se certificar se as facções fazem uso de trabalho escravo (baixe aí: Moda Livre)! Ainda, o mercado é cada vez mais promissor para quem fabrica e comercializa produtos sustentáveis, pois o consumidor passou a selecionar e repugnar condutas contra o meio ambiente.

Mas o que há de novo? Afora termos como slow fashion, fast fashion, se você é empreendedor, o segredo continua o mesmo, é diversificar e, acima de tudo, oferecer o melhor atendimento ao cliente, seja ao estilo slow ou fast, se você for fashion, ele será seu!

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