SALA DE DEBATE. Um mix com cultura (e a influência do pacote de Sartori), política e a situação do Inter-PA
![Ricardo Blattes e Orlando Fonseca, com mediação do editor (D), debaterem temas que foram da cultura ao esporte (foto Gabriel Cervi Prado)](https://claudemirpereira.com.br/wp-content/uploads/2016/12/sala-1.jpg)
Sim, o “Sala de Debate” desta sexta-feira, entre meio dia e 1 e meia da tarde, na Rádio Antena 1, com a mediação deste editor, foi um verdadeiro mix de temas que, de alguma maneira, acabaram se entrelaçando.
Os convidados do dia, Ricardo Blattes e Orlando Fonseca, passearam por assuntos como literatura e a importância da leitura, para a extinção das fundações, uma proposta constante do pacote enviado por José Ivo Sartori para a Assembleia. Aqui, a Fundação Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore, acabou ganhando espaço na discussão. Ah, os participantes, unanimemente, fizeram críticas a essa medida.
Houve também espaço para discutir o drama colorado e, sobretudo, as últimas manifestações de seus dirigentes, que não ajudam em nada (foi consenso) à imagem do Inter-PA.
PARA OUVIR O “SALA” DE HOJE, BLOCO POR BLOCO, CLIQUE NOS LINQUES ABAIXO!!!
No caso do Inter não adiantaria contratar RP. Não seria ouvido e, se ouvido, não seria levado em conta. Já aconteceu com outras pessoas e inclusive em governos. Alguém com juízo, depois do episódio Carvalho, deveria ter dito: “até quarta-feira (a temperatura estaria mais baixa) que vem todo mundo quieto, só o assessor de comunicação fala”. Iria ouvir um “sou presidente, falo quando quiser, sei o que estou fazendo”.
Petistas sem esperança é boa notícia. Sinal de que estão longe de voltar ao poder e fazer lambança com a economia novamente.
Falando em economia, recuperação séria, jogando muito por baixo, vai levar uns 10 anos. Sempre existe a possibilidade de um populista criar uma bolha e piorar as coisas. Também existe a possibilidade de um banzé mundial, economico ou militar.
Brasil conseguiu. Classe política com incompetentes e corruptos que só pensam na próxima eleição (os “reservas” não são muito melhores). País sem rumo (fora as alucinações de sempre, “país do futuro” ou “exemplo para a humanidade”; este último é para dar muita risada). Colocaram a crise institucional de novo no menu. Possibilidade de impugnação da chapa e eleição de outro presidente pelo Congresso (e uns maníacos querendo eleições diretas, além do problema jurídico desta vez morre gente). Só bons augúrios.
Óbvio que petices e vermelhices (e palestras intermináveis) não são passíveis de comentário. Ouvir já é perda de tempo. Única coisa a dizer é que corruptos ainda estão por lá, mas os mais incompetentes, os sem nenhuma capacidade, saíram.
Dito isto sobra pouco. Falaram nas pessoas que não lêem tudo o que está escrito nos posts do Facebook. Para criticar o governo atual largam um “vejam bem, aumento o número de famílias na miséria, nós avisamos, golpe, golpe, golpe, Temer, Temer, Temer”. Parece um disco de vinil riscado. Pois bem, “esqueceram” de dizer que a variação foi entre 2014 e 2015.
Em seguida foram discutir o algoritmo. Reclamam das propagandas. Procuram creme para hemorróidas e não param de receber ofertas. Simples. Depois de procurar pelo creme para hemorróidas basta fazer uma busca por praias no Hawaii. Também existe o recurso “não quero ver isto”, ajusta o que é visto.
Depois o problema de ver “mais do mesmo” na linha do tempo. Sempre foi assim. Poucas pessoas lêem o jornal inteiro de ponta a ponta. Uma criatura se vangloriou outro dia que tinha coluna no jornal há vinte e tantos anos. Escrevi que tinha o espaço, não quer dizer que era muito lido ou pouco lido. Na versão online seria fácil de aferir. Não foram as redes sociais que inventaram o “confirmation bias”, o viés de confirmação.