CIDADE. Santa Maria corre atrás de 70 hectares da Fepagro, que foi extinta como fundação estadual
Por MAIQUEL ROSAURO (com foto de Divulgação/Secretaria de Agricultura), da Equipe do Site
O vice-prefeito de Santa Maria, Sergio Cechin (PP), esteve em Porto Alegre nessa quarta-feira (24) para tratar da doação de uma área de 70 hectares do Centro de Pesquisa em Florestas da Fepagro ao Município. O pepista debateu o tema com o secretário de Agricultura, Pecuária e Irrigação, Ernani Polo.
“Na área educacional, já temos uma escola municipal infantil funcionando neste espaço. Poderemos construir mais outra. Queremos também conduzir projetos de preservação ambiental e de desenvolvimento à agroindústria. Além disso, por ser uma área verde distante quatro quilômetros da cidade, poderá ser um importante espaço de lazer para o público”, declarou Cechin à assessoria de imprensa da Secretaria de Agricultura.
Em seu perfil no Facebook, o vice-prefeito demonstrou otimismo quanto ao pedido entregue a Polo.
“Em resposta, o secretário afirmou que, até que o processo de doação da área seja concluído, o Município irá receber um termo de cessão de uso imediato do local”, publicou Cechin.
Também estaria em discussão entre Secretaria e Prefeitura, parcerias nas áreas de pesquisa e reflorestamento. A unidade está localizada no Distrito de Boca do Monte.
No final do ano passado, a Assembleia Legislativa aprovou o pacote de austeridade do governo Sartori que extinguiu diversos órgãos. A Fepagro deixou de ser fundação para se tornar Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária da Secretaria de Agricultura. Como todos os seus servidores são estatutários, ninguém foi demitido, embora o futuro das pesquisas realizadas em suas unidades pelo Estado seja incerto.
A doação da área ao Município não chega a ser uma novidade, já que desde o ano passado se discute a criação de um parque de eventos ao lado da unidade. A iniciativa é criticada pelos pesquisadores. Em março, o site publicou uma matéria sobre o tema. CLIQUE AQUI) para ler.
Doação? Que mamata. O Estado precisa de dinheiro para pagar as contas. Precisa ser vendido.
Ou que a prefeitura compre, pagando um preço justo. Mas para fazer o que ali? Mais um parque que nunca vai sair do papel porque não tem dinheiro? Tem cinco parques no papel que não saíram do chão. Mais um? E as praças, que continuam sem assistência pública? Vamos colocar a cabeça no lugar?
Fica em Boca do Monte, não é? A 40 mil o hectare, dois milhões e oitocentos pagam.